Metereologia 24 h

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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Faz alguns dias que estou para vos contar...


...Que, por aqui, as lojas JÁ exibem artigos de Natal nas suas prateleiras.



E como estão as coisas aí em Portugal?
A loucura do consumismo já atingiu as superfícies comerciais?


Ainda não inventaram outra celebração entre o final do verão, início da escola e o Natal!

Os comerciantes sentem-se desesperados, vão ao fundo dos armazéns buscar restos de artigos deixados pela anterior época natalícia. A preços mais inflaccionados. Porém, aqui no UK o comércio tem mais sorte: entre o início do ano escolar e o Natal, têm que celebrar o Halloween. Nas prateleiras, entre pais natais, saquinhos, embrulhos e coisas foleiras, aparecem máscaras de terror, gazes ensaguentadas e outras "maravilhas" imprescindíveis neste mundo tão ávido pelo consumo de plásticas trivialidades.

quarta-feira, 14 de março de 2018

Diferenças entre Portugal / Inglaterra


Um dos costumes britânicos que mais me tira do sério é a falta de noções básicas de como se caminha em espaços públicos. Se andar no passeio e nos corredores dos supermercados ou lojas fosse comparável a conduzir um automóvel na estrada, eu seria aquela condutora que chega em casa exausta de tantas travagens bruscas que tem de fazer e de tantos obstáculos que teve de contornar.

Aqui não parecem existir comportamentos que os portugueses tomam por adquiridos. Nós temo-los tão assimilados, que nem pensamos neles, só os reproduzimos. Vou dar exemplos:

NO SUPERMERCADO

1) Estás a ver uma produto numa prateleira, a dois passos de distância do mesmo. Vem alguém que quer algo do mesmo sítio. O que acontece?

Em Portugal: A pessoa tira o que lhe interessa e vai-se embora.
Em Inglaterra: A pessoa põe-se entre a tua visão e os produtos e fica ali parada.

2) Queres alcançar um produto numa prateleira mas umas pessoas estão a bloquear parcialmente o produto. Esticas-te para o alcançar. O que acontece?

Em Portugal: As pessoas que estão a estorvar desviam-se, sem ser preciso dizer algo ou pedir que o façam.
Em Inglaterra: As pessoas que estão a estorvar não se desviam, ignoram-te e se tentares alcançar o produto elas sentem-se incomodadas, lançam-te um olhar de reprovação e são capazes de atirar para o ar que faltou pedir-lhes para que se desviassem "por favor". 

3) Estás a caminhar com o teu carrinho de compras em linha recta no corredor principal do supermercado, na faixa da esquerda. Aproximas-te de um cruzamento com um corredor secundário. Nisto surge a ponta de um carrinho, vindo da esquerda. O que acontece?

Em PortugalA pessoa que vai entrar no corredor principal com o seu carrinho de compras, para e não avança até perceber que pode virar para o corredor central.
Em Inglaterra: A pessoa que vai entrar no corredor principal com o seu carrinho de compras não pára antes de virar para o corredor principal e sem hesitações vira na direcção que bem que apetece, não se importando se vem alguém ou não. 

4) Estás a meio de um corredor de compras, quase a chegar ao fim. Nisto entram três pessoas, na direcção oposta, cada qual com o seu carrinho de compras e cada uma paralela à outra. O que acontece?

Em PortugalUma das pessoas que percebe que outra vem na direcção oposta e não tem espaço para passar, escolhe encostar-se atrás de outra, deixando assim o caminho livre para quem surge na direcção oposta.
Em Inglaterra: As três pessoas que acabaram de fazer uma curva para entrar num corredor avançam com os seus carrinhos, achando-se com prioridade sobre a pessoa que vem na direcção oposta e que está quase a chegar ao fim do corredor. Não se desviam, continuam a avançar, como que à espera que outro tome uma atitude.


Podia dar mais exemplos de comportamentos em supermercados que acho aberrantes. Mas fico por aqui. Há coisas enervantes que nem têm a ver com o civismo dos fregueses, mas com o supermercado em si. Uma dessas é o deixarem carrinhos e trolleys de material por arrumar por toda a parte. Seja a que hora for - não precisa ser no fecho nem na abertura. É muito comum os supermercados deixarem, por longos minutos, uma gaiola metálica de dois metros de altura por um de largura, cheia de caixão de cartão vazias, ou com material para colocar nas prateleiras. No meio dos corredores ou encostadas junto a prateleiras com produtos que podem interessar a freguesia, mas que ficam tapados e inacessíveis. Os empregados, nem vê-los. Supostamente não podem deixar o material ao abandono. É também comum eles reservarem uma parte do supermercado para atolarem produtos ou caixas vazias. E se um dia calhares espreitares para o armazém, até te assustas. É "tudo ao molhe e fé em Deus". Uma coisa pavorosa, que em Portugal não é vista com bom olhos e uma maravilhosa instituição chamada ASAE certamente reprovaria.

Só para fechar com chave de ouro, aqui fica outra situação:

5) Estás a relaxar em casa quando subitamente percebes que precisas de ir ao supermercado comprar uma coisa. O que é que acontece? 


Em PortugalA pessoa sai de casa e dirige-se ao supermercado - vestida com roupas para ir à rua. 
Em Inglaterra: A pessoa sai de casa e dirige-se ao supermercado - veste pijama e pantufas, não está para se dar ao trabalho de trocar de roupa. 

Para descrever num futuro post fica o comportamento cívico dos britânicos na rua ou nas lojas. Spoiller: não difere muito do aqui descrito. São uns self centered




quinta-feira, 20 de julho de 2017

Coisas que me causam impressão - 02


A limpeza VIRTUAL da «nova» inquilina.
Ainda me faz espécie.


Faz dois dias que estou de folga e ela, pelo que percebi, também está. 
Fica enfiada no quarto o tempo todo, só saindo da toca para meter os «corninhos» ao sol quando me sabe mais ocupada ou ausente.


Hoje saí de casa por volta da hora de almoço mais por a saber dentro do quarto e provavelmente a desejar sair sem encontrar ninguém. Por imaginar que gostaria de ter uns momentos para si... saí, para que, se desejasse, fosse almoçar tranquilamente à cozinha. Então almocei primeiro e saí de seguida.

Faço isso amiúde, sou assim. 


Saí e fui ver a grande «superfície comercial» da zona... Um local sem quaisquer atrativos, no máximo mantinha 10 lojas das quais quase todas também existem no centro da cidade. Foi aqui que voltei a ver o «futuro» do consumismo. E é este:


Uma loja onde estão sempre a dizer-me para ir toda a vez que penso em comprar um qualquer electrodoméstico dizem: Vai à Argus!

Só que a argus é um espaço físico para compras virtuais. O que as lojas Argus têm são catálogos. Vejam só a grossura dos mesmos nas fotos em baixo!! E com fotografias muito pequeninas dos artigos, sem grandes descrições.

Ora, se eu quisesse uma loja virtual, não me deslocava fisicamente a uma. Ficava em casa, sossegadinha, em frente ao meu computador, que ia dar no mesmo. Melhor ainda: ia encontrar outros sites a vender o mesmo produto, mas com valores mais baixos.

Tirei estas fotos para mostrar a tristeza do que nos espera no futuro do consumismo. Esta «loja» de fato tem de TUDO. São infinitos os artigos - desde sofás, a telemóveis, a... joalharia. Mas na foto de cima podem ver que existe um balcão, com três empregados. Então temos uma mega-estrutura que disponibiliza infinitos equipamentos e emprega um número reduzido de pessoas.

O cliente chega e é logo confrontado, ao centro da loja, com três ou mais «caixas multibanco» que permitem o pagamento imediato. Ao lado estão as mesas com os computadores onde o cliente antes de pagar, pode achar o que quer e a facilidade do pagamento é imediato e sem intervenção humana com um vendedor.

Faz-me impressão onde recai a escolha para o uso do VIRTUAL.


Nos filmes futuristas, o virtual é usado para o «bem», para criar cenários virtuais de natureza e deslumbrar o humano. Ou para lhe criar uma companhia com quem pode interagir e dialogar. Não me parece que seja essa a utilização real que o mundo virtual vai trazer para o real. 

sábado, 29 de março de 2014

Decorar prateleiras

Fui «visitar» lojas de roupa. Achei tudo desinteressante. Linhas sem interesse algum, lojas "pintadas" de roupas pretas e brancas, quase que a tornar deprimente a chegada da Primavera.

E os preços? Até as mais «baratuchas» tinham peças absurdamente caras para o seu desinteresse. Muito sinceramente achei que mais valia pagar os preços das roupas das lojas dos chineses de qualidade apenas ligeiramente inferior do que muita daquela que vi nos cabides de lojas mais conceituadas. A diferença nas etiquetas é maior do que a diferença nos tecidos.

Eu até sou daquelas pessoas que acha que faz muito tempo que as lojas dos chineses deixaram de ser baratas e acessíveis e tenta por tudo não dar mais dinheiro a quem não precisa. Nada ali é barato como tinha obrigação de ser. Mas mesmo assim os preços que vi nas etiquetas alheias versus originalidade e qualidade fizeram-me concluir que o lugar daquela roupa sem atractivo algum é a prateleira mesmo. A decorar.