A notícia voltou a bater dolorosamente. O senhorio voltou a dizer que a Câmara local vem inspeccionar a casa para verificar se tudo está nas conformidades da nova lei de arrendamento. Acontece que o quarto que ocupo é pequeno e não corresponde aos parâmetros mínimos. Se a câmara o reprovar vou ter de abandonar esta casa. Corrida, como uma indesejada.
Terei "pré-aviso", claro. Como se isso adiantasse alguma coisa. Não quero sair, não estou preparada para sair e não quero abandonar o meu quartinho pequeno e bem localizado na casa. Não quero mudanças. Não quero isso tudo outra vez. Aqui já não se encontra nenhum quarto ao preço que eu pago por este. Simplesmente não quero continuar nessa luta do alojamento, não quero ajustar-me novamente a novas pessoas, a um novo espaço, descobrir novamente como é a acústica da casa, se afecta o meu repouso, as rotinas, os hábitos de cada um, como funcionam os electrodomésticos, a máquina de lavar roupa em particular, o aquecimento, os truques dos autoclismos ingleses, onde secar a roupa e se há espaço, o que se deve e não se deve fazer e se terei um jardim do qual posso usufruir ou apenas um monte de relva selvagem. Estou cansada! Quero só o meu cantinho e não ser incomodada. Não é pedir muito, porra.
Ou é?
Posso pedir para que rezem por mim? Enviem-me boas energias, que bem preciso. Não me importava que me acontecesse o mesmo que na história da nova série da Sic: um golpe de sorte.
Assim que recebi essa má notícia, parece que as coisas acontecem seguidas, desequilibrei-me e quem pagou foi o portátil, que ao ser pisado quando subi à cama para eliminar uma aranha, avariou-se. Estou a escrever no meu amado notebook de 2008. Recuperei-o da "morte" por ser o meu aparelho favorito, mas não tem capacidade para uma série de coisas que também são necessárias hoje em dia numa máquina destas. Ver vídeos e coisas assim, é difícil.
O senhorio tinha-me dito que era muito provável que eles não fossem embirrar com o tamanho do quarto, porque iam saber ver que a casa é bem cuidada, que tudo está nos conformes e que o interesse deles era apanhar os reais infractores, não pessoas como ele. O senhorio tranquilizou-me. Quando o último quarto ficou vago, chamei-o para lhe dizer que, se existisse a possibilidade de eu ser metida na rua por estar a dormir no quarto menor, então preferia mudar-me para o quarto grande e deixar o pequeno desocupado. Ele assegurou-me que a Câmara não devia levantar problemas.
Seis meses depois...
Mas há outra coisa que me está a soprar ao ouvido. Um "diabinho" receia que isto não passe de um estratagema para me tirar da casa. A decisão já está tomada, entendem? O pretexto? Encontrado! É a Câmara que não quer... Tenho receio que os daqui tenham "soprado" nos ouvidos do senhorio coisas pouco agradáveis e totalmente inventadas. Já que são tão unidos e ardilosos, com tendência para praticar queixinhas. E este então, use o estratagema da vistoria para me remover da casa. Posso estar enganada. Rezo a Deus para que esteja! Acho este tipo de joguinhos do mais feio que existe. Prefiro pessoas que enfrentam os touros pela frente, dizem o que têm a dizer, procuram dialogar. Não gosto quando vão por detrás das costas meter veneno.
Desde que a "visita" inventou que lhe roubaram dinheiro da mala que "convenientemente" deixou na sala que temo que, além dos que cá estão, eles procurem também ter um backup de terceiros. Ou que entrem pela mentira "desapareceu-me isto e só ela estava na casa". Mas quero acreditar que isso não passam de receios meus, de pessoa que já passou por traições e desilusões q.b. quando menos merecia e menos precisava. Afinal, o que é que uma pessoa mentirosa e maliciosa faz senão garantir que a mentira tem aspecto de verdade? Não basta a palavra de um, nem do grupo, tem também de existir umas de fora para solidificar a invenção. Essa é a natureza traiçoeira do mentiroso.
Na conversa que teve comigo o senhorio disse: "Há outras casas. O que não faltam são casas com quartos pequenos" - o que não é muito simpático porque já indica um confortável desapego.
Desta vez não mencionou que me arranja outro quarto noutra das suas casas. A ideia de me perder como inquilina não me pareceu que o afectasse. Se acontecer, dá-me "tempo" para sair. Como se isso o ilibasse ou invalidasse que qualquer saída precipitada e involuntária é dolorosa e desgastante. Se a Câmara disser que este quarto é impróprio, obras terão de ser feitas para o expandir. Uma parte de uma parede tem de ir abaixo. Não são nem 10 cm de espessura de parede por 50 cm de largura! Um despropósito, impor uma obra com estes encargos fazendo ela pouca diferença no usufruto do espaço.
Também temo que ele prefira fazer isso - ou dizer que vai fazer isso, para de seguida cá enfiar outra pessoa, cobrando mais renda. Ou então terá mesmo de fazer as obras e, claro, obra feita, sobe a renda. Em qualquer cenário, a longo prazo, para qualquer senhorio é sempre mais vantajoso ter um inquilino por pouco tempo, porque assim que outro aparecer pode subir o preço. Não que não o possa comigo cá, mas se calhar fica mal ou melhor: refazer o contrato não é algo viável. Quando há seis meses mencionou que tinha outro quarto noutra casa, disse-me que este era mais barato. Há um mês esse quarto vagou novamente mas o renda já era superior. O preço aumentou 20 libras.
Também temo que ele prefira fazer isso - ou dizer que vai fazer isso, para de seguida cá enfiar outra pessoa, cobrando mais renda. Ou então terá mesmo de fazer as obras e, claro, obra feita, sobe a renda. Em qualquer cenário, a longo prazo, para qualquer senhorio é sempre mais vantajoso ter um inquilino por pouco tempo, porque assim que outro aparecer pode subir o preço. Não que não o possa comigo cá, mas se calhar fica mal ou melhor: refazer o contrato não é algo viável. Quando há seis meses mencionou que tinha outro quarto noutra casa, disse-me que este era mais barato. Há um mês esse quarto vagou novamente mas o renda já era superior. O preço aumentou 20 libras.
Fala muito que o pai era um homem às direitas, correcto, bondoso. Espero que ele não seja só mais um interessado no próprio bolso. Tenho receio. Só receios.
Rezem por mim, sim?
Quanto mais velha, menos tenho uma vida estável. Menos pessoas bondosas me cercam. Diziam que ia ser o inverso... mas não! E isso é muito cansativo.
Quanto mais velha, menos tenho uma vida estável. Menos pessoas bondosas me cercam. Diziam que ia ser o inverso... mas não! E isso é muito cansativo.
Para vocês todos, boas energias!!
Embora sem muita esperança de ser ouvida, (que a minha vida de há um ano para cá, vai de mal a pior,com a minha saúde e a da família) vou rezar por si.
ResponderEliminarAbraço e bom fim de semana
Elvira, é por isso que agora peço que rezem por mim, pois as minhas próprias preces parecem não terem a força necessária. Acredito nas correntes e se muitas pessoas de boa fé rezarem por algo ou alguém, só coisas boas podem acontecer.
EliminarEu vou pedir por si. Também por uma amiga que vai ser operada. E vou fazê-lo no Santuário de Fátima, pois amanhã rumo a portugal por uns dias. E vou para ver se encontro serenidade, clareza, rumo. Procuro sempre ter uns instantes em Fátima, crente ou não, é um lugar com energia onde muitos depositam esperanças.
Tudo de bom para si e para os seus.
Oremos uns pelos outros.
Beijos.
Olha que coisa mais chata :( boa sorte para ti.
ResponderEliminarBeijinhos
Vou estar a torcer para que corra pelo melhor
ResponderEliminarQue situação chata =/
ResponderEliminarEspero que corra tudo pelo melhor e força!
Beijocas