Metereologia 24 h

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sexta-feira, 31 de maio de 2019

Um peso no coração


A notícia voltou a bater dolorosamente. O senhorio voltou a dizer que a Câmara local vem inspeccionar a casa para verificar se tudo está nas conformidades da nova lei de arrendamento. Acontece que o quarto que ocupo é pequeno e não corresponde aos parâmetros mínimos. Se a câmara o reprovar vou ter de abandonar esta casa. Corrida, como uma indesejada. 

Terei "pré-aviso", claro. Como se isso adiantasse alguma coisa. Não quero sair, não estou preparada para sair e não quero abandonar o meu quartinho pequeno e bem localizado na casa. Não quero mudanças. Não quero isso tudo outra vez. Aqui já não se encontra nenhum quarto ao preço que eu pago por este. Simplesmente não quero continuar nessa luta do alojamento, não quero ajustar-me novamente a novas pessoas, a um novo espaço, descobrir novamente como é a acústica da casa, se afecta o meu repouso, as rotinas, os hábitos de cada um, como funcionam os electrodomésticos, a máquina de lavar roupa em particular, o aquecimento, os truques dos autoclismos ingleses, onde secar a roupa e se há espaço, o que se deve e não se deve fazer e se terei um jardim do qual posso usufruir ou apenas um monte de relva selvagem. Estou cansada! Quero só o meu cantinho e não ser incomodada. Não é pedir muito, porra. 

Ou é?

Posso pedir para que rezem por mim? Enviem-me boas energias, que bem preciso. Não me importava que me acontecesse o mesmo que na história da nova série da Sic: um golpe de sorte. 

Assim que recebi essa má notícia, parece que as coisas acontecem seguidas, desequilibrei-me e quem pagou foi o portátil, que ao ser pisado quando subi à cama para eliminar uma aranha, avariou-se. Estou a escrever no meu amado notebook de 2008. Recuperei-o da "morte" por ser o meu aparelho favorito, mas não tem capacidade para uma série de coisas que também são necessárias hoje em dia numa máquina destas. Ver vídeos e coisas assim, é difícil. 

O senhorio tinha-me dito que era muito provável que eles não fossem embirrar com o tamanho do quarto, porque iam saber ver que a casa é bem cuidada, que tudo está nos conformes e que o interesse deles era apanhar os reais infractores, não pessoas como ele. O senhorio tranquilizou-me. Quando o último quarto ficou vago, chamei-o para lhe dizer que, se existisse a possibilidade de eu ser metida na rua por estar a dormir no quarto menor, então preferia mudar-me para o quarto grande e deixar o pequeno desocupado. Ele assegurou-me que a Câmara não devia levantar problemas.

Seis meses depois...

Mas há outra coisa que me está a soprar ao ouvido. Um "diabinho" receia que isto não passe de um estratagema para me tirar da casa. A decisão já está tomada, entendem? O pretexto? Encontrado! É a Câmara que não quer... Tenho receio que os daqui tenham "soprado" nos ouvidos do senhorio coisas pouco agradáveis e totalmente inventadas. Já que são tão unidos e ardilosos, com tendência para praticar queixinhas. E este então, use o estratagema da vistoria para me remover da casa. Posso estar enganada. Rezo a Deus para que esteja! Acho este tipo de joguinhos do mais feio que existe. Prefiro pessoas que enfrentam os touros pela frente, dizem o que têm a dizer, procuram dialogar. Não gosto quando vão por detrás das costas meter veneno. 

Desde que a "visita" inventou que lhe roubaram dinheiro da mala que "convenientemente" deixou na sala que temo que, além dos que cá estão, eles procurem também ter um backup de terceiros. Ou que entrem pela mentira "desapareceu-me isto e só ela estava na casa". Mas quero acreditar que isso não passam de receios meus, de pessoa que já passou por traições e desilusões q.b. quando menos merecia e menos precisava. Afinal, o que é que uma pessoa mentirosa e maliciosa faz senão garantir que a mentira tem aspecto de verdade? Não basta a palavra de um, nem do grupo, tem também de existir umas de fora para solidificar a invenção. Essa é a natureza traiçoeira do mentiroso. 

Na conversa que teve comigo o senhorio disse: "Há outras casas. O que não faltam são casas com quartos pequenos" -  o que não é muito simpático porque já indica um confortável desapego. 

Desta vez não mencionou que me arranja outro quarto noutra das suas casas. A ideia de me perder como inquilina não me pareceu que o afectasse. Se acontecer, dá-me "tempo" para sair. Como se isso o ilibasse ou invalidasse que qualquer saída precipitada e involuntária é dolorosa e desgastante. Se a Câmara disser que este quarto é impróprio, obras terão de ser feitas para o expandir. Uma parte de uma parede tem de ir abaixo. Não são nem 10 cm de espessura de parede por 50 cm de largura! Um despropósito, impor uma obra com estes encargos fazendo ela pouca diferença no usufruto do espaço.


Também temo que ele prefira fazer isso - ou dizer que vai fazer isso, para de seguida cá enfiar outra pessoa, cobrando mais renda. Ou então terá mesmo de fazer as obras e, claro, obra feita, sobe a renda. Em qualquer cenário, a longo prazo, para qualquer senhorio é sempre mais vantajoso ter um inquilino por pouco tempo, porque assim que outro aparecer pode subir o preço. Não que não o possa comigo cá, mas se calhar fica mal ou melhor: refazer o contrato não é algo viável. Quando há seis meses mencionou que tinha outro quarto noutra casa, disse-me que este era mais barato. Há um mês esse quarto vagou novamente mas o renda já era superior. O preço aumentou 20 libras. 

Fala muito que o pai era um homem às direitas, correcto, bondoso. Espero que ele não seja só mais um interessado no próprio bolso. Tenho receio. Só receios. 

Rezem por mim, sim?
Quanto mais velha, menos tenho uma vida estável. Menos pessoas bondosas me cercam. Diziam que ia ser o inverso... mas não! E isso é muito cansativo. 

Para vocês todos, boas energias!!


segunda-feira, 16 de abril de 2018

Centros históricos de Lisboa para habitar?

Peço a vossa atenção para esta informação da CML:


Segui este link por achar fantástico estarem a facilitar a habitação nos centros históricos de Lisboa. São zonas que estão a perder habitantes de bairro a grande velocidade e no seu lugar surgem condomínios para serem vendidos ou alugados a estrangeiros. É muito triste ver uma cidade a morrer desta forma. Com vida emprestada, vida provisória, vida de comércio apenas. Sem famílias com filhos a estudar nas escolas locais. Mas com turistas e estudantes vindos de fora. 


Porém quando li esta descrição a minha felicidade caiu por terra.
A minha interpretação da mesma é que famílias e idosos são despejados das suas casas de toda a vida, para que o ganancioso proprietário possa remodelar e adaptar a mesma ao turismo. A câmara tem estas casas fraquinhas que de outro modo acabariam em ruinas e por uma módica quantia disponibilizam-nas mas apenas a pessoas que já morem no bairro e que façam parte dos infortunados. 

Então não se está na realidade a combater nenhum ciclo de desertificação, não é verdade?
Pelo contrário. Os miseráveis continuam miseráveis e provavelmente terão de pagar mais por isso. E os ricos vão virar milionários. Quanto ao centro histórico, vai perdendo as famílias e transforma-se num misto de escritórios com casas para alugar não a trabalhadores com filhos, mas a estudantes de outras partes do país e do mundo e a pessoas com um bom nível de vida que ali querem ter um espaço para esporadicamente visitar. 

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Também passaram por isso?


Tenho tanta coisa para uma casa, só me falta a casa.
Tenho copos, louça, alguns texteis para o lar, decoração diversa e abdiquei de ter mobiliário que gostaria de preservar para uma futura casa, por não ter onde o enfiar. 

Entretanto os anos passam, e tenho tudo em pacotes.
Não comprei nada daquilo para manter em caixas. Mas para usufruir da sua energia, da sua utilidade. 
Aguardam...

O quê aguardam mesmo??


sexta-feira, 19 de maio de 2017

Mas quem é que limpa a casa, afinal?


A "nova" inquilina cá de casa já chegou faz um mês. Ainda não pagou um penny pela eletricidade, água e gás que consome e ainda não limpou a casa. A vez que lhe cabe já chegou e já se foi. Ela, inclusive, esteve em casa três ou quatro dias durante esse periodo. Não entendo porquê não limpou a casa de banho, a cozinha, aspirou os corredores, tirou o lixo dos cestos, etc, etc. 


Será que quem lhe explicou o funcionamento da casa deixou de parte este detalhe??
Seja como for, a rota (horário de limpeza) está afixada numa folha gigante no armário da cozinha. E lá surge as datas e o nome da pessoa a quem compete fazer a limpeza geral à casa, em determinada semana. 


Eu fiz a limpeza, um pouco zangada, porque sempre que eu sinto vontade de a fazer, faz apenas um ou dois dias que a pessoa anterior a fez. Logo, se quiser fazer a limpeza quando a casa estiver mais necessitada, tenho de esperar até o final da semana. E isso quase sempre significa que estou a trabalhar e mal tenho tempo. Para além de estar exausta. Mas as pessoas antes de mim só limpam mesmo no final ou já depois do dia... 

A rapariga que me segue nas limpezas, fez a parte dela 4 dias depois de mim. Achei bem. Até porque em 12h vi o chão tão porco que nem parecia que eu havia feito a limpeza que fiz. No momento já se passaram 15 dias desde a última limpeza e, por alguma razão (acho que sei qual), a casa parece mais suja e porca do que o habitual. É que o colega anda a fazer limpezas a arrumaçoes no seu quarto. E isso nota-se pela quantidade de «porcaria» que ele vai deixando cair pelo chão da casa.

A «nova» inquilina é que... parece estar convenientemente despreocupada com estes factos que, a mim me preocupariam. Quando cheguei a esta casa fiz imensas perguntas sobre o funcionamento da mesma. Queria saber como pagavam as contas, como tudo funcionava, se podia usar um tacho em particular, que utensílios eram da casa, quais eram de uso pessoal das pessoas que cá moravam... Acho normal. Não me parece tão normal é só usufruir e não querer saber quem paga e limpa.