sábado, 21 de novembro de 2015

Desaparecer sem deixar rasto - quando a natureza camufla


Esta é uma notícia curiosa. Graças ao google maps, foi possível localizar o paradeiro de uma pessoa desaparecida. Ha quase 10 anos o homem saiu de carro para ir até o bar e nunca mais foi visto. Afinal estava no fundo de um lago. Ele e o carro.



Achei curioso porque me fez lembrar duas outras histórias de pessoas desaparecidas enquanto guiavam os seus veículos. Uma ficou desaparecida durante mais de 25 anos. Só quando drenaram a água do pântano que ficava mesmo ao lado de sua casa, é que encontraram o automóvel e os restos mortais. Até descobriram que a pessoa foi assassinada e lançada ali. 

No outro caso, a pessoa ficou desaparecida por mais de uma semana. Era uma mulher, saiu do segundo emprego e nunca mais foi vista. O marido tornou-se o primeiro suspeito do seu possível assassinato. A policia submeteu-o a um autêntico pesadelo. Principalmente por ignorar os seus apelos para a encontrarem. Mesmo tendo procurado inúmeras vezes pelas redondezas e pela estrada onde posteriormente a esposa foi encontrada dentro do veículo que se despistou, ninguém deu por ela. Foi quando, finalmente, colocaram helicópteros nas buscas, que o mesmo avistou uma carrinha capotada. A mulher, imobilizada, ferida, sem ingerir água, ou comida por mais de uma semana, durante o inverno, com noites de temperaturas negativas e com sérios danos corporais, a entrar e sair de consciência e totalmente sozinha, viveu. Ambos decidiram conduzir suas vidas, até então totalmente dedicadas ao trabalho, de forma a terem tempo um para o outro.

Mas isto para dizer que: se pessoas desaparecem de carro e nunca mais são vistas em parte alguma, o mais provável é que ainda estejam nele. Ou no fundo de um lago - e aí só com muita sorte ou tecnologia é que será possível descobrir o paradeiro - ou no fundo de uma ravina. Não parece ser tão incomum assim. 

11 comentários:

  1. Tem lógica.
    Um abraço e bom fim de semana

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    1. Então não tem?
      Eu até diria mais: Quando de noite, nunca saiam de casa sozinhos no carro para irem ao bar! Parece que os copitos que já possam ter tomado os impede de, no escuro, perceber que dirigem para o lago, não para a estrada :P

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  2. Estamos mal habituados porque nos filmes os heróis da fita consegurm sempre saír dos carros, nas calmas.

    Num registo sério, direi que é natural que as pessoas fiquem dentro das viaturas e só com o recurso à tecnologia se consegue descobrir onde e como estão.

    E já que aqui estou, desejo um bom fim de semana.

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    1. Desejo retornado :D
      Só não desejo já um Feliz Natal porque... lol. Ainda é cedo.

      (PS: estou a recorrer ao humor, pois no facebook já encontro pequenas enchurradas de posts natalícios, com renas, bonecos de neve, pais natais... )

      Tem razão no que respeita aos filmes. Mesmo no fundo do lago há já 1 minutos, têm sempre bons pulmões e conseguem se libertar e retornar ao de cima. O pior é quando conseguem FALAR ao mesmo tempo ou se assustam e libertam ar dos pulmões, mas ainda guardam o suficiente para mais dois minutos de submersão. Ou então sou eu que tenho uns pulmões muito fracos!

      Mas já que entrei no tópico, o pior dos filmes e da TV é quando querem por uma pessoa inconsciente e batem-lhe no crânio com um objecto pesado. Isso nunca conduz à morte. Oh, não, não! Nem tão pouco as fere seriamente. Nem sangue jorram. E logo na primeira pancada, caem adormecidas. Como se ficassem a dormir.

      Na realidade acho que para as colocar inconscientes tinham de a meter em coma com várias pancadas onde o sangue ia jorrar para todo o lado.

      Filmes... :D

      Bom fim de semana!

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  3. Que horror :\... imagino o terror destas pessoas e a aflição das famílias!

    PS: não sei se viste a minha resposta sobre as luvas :P mas sim, deveriam ser usadas!

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    1. Oh, pensei ter comentado para perceberes que li sim!
      Mas mesmo com luvas, o paciente pode ficar contaminado. Não estou a ver o profissional de saúde a mudar de luvas a cada paciente. Só este é que fica protegido. Até porque lhe cabe também colectar a urina, rotulá-la e identificá-la. Eu sou privilegiada: mesmo naqueles frascos da espessura de um dedo, não salta uma gota para fora. Mas vejo outras pessoas que fornecem a urina ali mesmo a sair do WC ainda a limpar o frasco. Com ou sem luva... não faz diferença. Se ao menos os visse a limpar as mãos com uma solução com álcool, mas deixei de ver.

      Mas esta é outra conversa :D
      Sim, imagino bem o terror das famílias porque já vi inúmeros programas policiais sobre crimes e desaparecimentos. O sofrimento das famílias nunca acaba. Se não existir um corpo a esperança de vida nunca desaparece, passem os anos que passarem. Todos os cenários lhes passam pela cabeça. Basta recordar o caso mediático que tivemos por cá do Rui Pedro.

      No exemplo que dei do desaparecido durante 25 anos, quando o encontraram (o que restava dele e do carro) a mãe não se cansou de repetir que passava por aquele local todos os dias. Ele ali tão perto e ela a procurá-lo por todos os cantos do planeta. Ele estava a usar a sua camisa favorita e a maior alegria daquela mãe foi quando lhe mostraram um retalho apodrecido da camisa. Guarda-o como se fosse um tesouro.

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    2. PS: Muito me agrada que tenhas sido logo tu a comentar o tema por essa perspectiva - a do sofrimento. Estás na área certa!

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  4. As surpresas que as novas tecnologias nos reservam!!
    Boa semana

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    1. Neste caso Pedro, ajudou a colocar um ponto final numa angonia familiar que já durava 10 anos. Se ao menos todos os que procuram o paradeiro de alguém tivessem sempre uma resposta... É bom saber que este recurso pode ajudar.

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  5. Acredito que na maioria dos casos seja assim e hoje, com tanta tecnologia disponível, creio que seja mais rápida a resolução destes casos. Depois tens aqueles casos mais esquisitos como no filme «Em Parte Incerta»...

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