sexta-feira, 19 de abril de 2013

Malícia gratuíta


Já vos aconteceu de estar a falar com alguém que não conhecem usando de toda a educação e subitamente a resposta chegar agressiva? Pois comigo aconteceu, numa conversava online. Fiz um comentário totalmente inofensivo. Sem qualquer ponta por onde se «embirrasse». Recebo uma resposta dúbia. Diria que o tom usado era de ofensa e agressividade, mas não sendo assim eu mesma, decidi dar o benefício da dúvida e pensar que a pessoa foi infeliz e se expressou mal. Vai que o comentário seguinte reforça a insinuação do primeiro. Aí senti necessidade de corrigir. O que havia escrito só mencionava uma opinião pessoal (na realidade, partilhava apenas um gosto) e não visava nada com sentido oculto. Como resposta obtenho algo do género: "Sabe muito bem o que fez! Não brinque comigo!".


Como se diz em bom americano: 
WTF??
Mas caí na quinta-dimensão?



É muito triste (eu pelo menos sinto-me assim) quando lidamos com pessoas ávidas para ver maldade na inocência dos outros. Desaponta-me realmente que existam pessoas destas do mundo. São aquelas para quem a bondade da Madre Teresa de Calcutá é sinónimo de pessoa sonsa. E vão para o universo Online talvez até porque lhes facilita o insulto e a provocação como nenhum outro meio de comunicação. E também permite a IMPUNIDADE.


Ora, boa pessoa como (sei que) sou, continuei a troca de impressões naquela do entendimento. Reforcei as palavras que escrevi apontando-lhes a total inocência em relação ao acto que agressivamente me acusavam de estar a cometer. Claro que a resposta não foi "peço desculpa, interpretei mal" - resposta que alguém como eu teria dado sem grandes hesitações. Foi mais uma enxurrada de ofensas. Ás quais ainda me dei ao trabalho de responder! Respondi... Com seriedade, tentando passar alguma correcção para aquela mente claramente retorcida que num simples e inocente frase dirigida a uma variante de um produto, decide ver implicância e responder com malícia, arrogância e acusações. Acabei por desistir. Mas fiquei incomodada. Não por mim, que nada fiz de mal e fiquei na boa, mas por existirem pessoas assim. 

Fico a pensar nos PAIS destas pessoas. Que desilusão devem ter! Eu não ia gostar de ser mãe de uma criatura destas... Anda uma pessoa a tentar passar boa educação e bons valores (so they say...) para cair em saco roto. E o pior é que estas «crianças mimadas» crescem e já não são mais crianças e sim adultos ácidos e maliciosos. Falta-lhes no entanto, capacidade argumentativa. Porém, de que adianta debater conceitos com quem sempre responderá com malícia e sairá em desvantagem se a pessoa nem tem capacidade para entender seja o que for?


Tenho pena. Muita pena. É gente desta estirpe que anda a colocar bombas explosivas em locais públicos porque não têm capacidade de discernimento, de entendimento e gostam de actos vis de maliciosos. Ofensas online ou agressões pessoais, a distância não é assim tão curta quanto isso. É mais uma questão circunstancial que é a barreira. Não a moral nem o carácter, e isso é que é perigoso.

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