Metereologia 24 h

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terça-feira, 24 de setembro de 2019

O segredo do sucesso


Ela era a melhor aluna do colégio. Tirava as melhores notas, excedia-se nas actividades físicas e a minha irmã, que era sua colega de turma, sentia muita inveja. Dizia que ela era a preferida das professoras (o que podia bem ser o caso) e que recebia tratamento preferencial.


Hoje soube o paradeiro desta miúda, agora nos seus 40. Teve um filho, separou-se, praticamente cria o filho sozinha. Como trabalho dedica-se "ao que aparecer". A irmã dela, mais velha, nem emprego consegue. Entrou por isso em depressão e anda a ser medicada.


O QUE FAZ UMA PESSOA TER SUCESSO NA VIDA?

Não são as boas notas, nem a inteligência académica ou uma boa performance em actividades desportivas. É o quão segura de si consegue ser. Tem de ser forte e extremamente ambiciosa. Capaz de pensar em sim em primeiro lugar, sempre. Achar-se melhor que as restantes e acreditar realmente nisso. Porque se duvidar... os outros vão perceber.

E será "comida viva".




Acredito piamente nisto. Meus pais diziam que as minhas boas notas eram um excelente sinal de que ia facilmente obter um bom emprego e ser alguém na vida. Mas eu sentia que não era assim. Um outro lado de mim estava a ser negligenciado. Sentia-o e precisava urgentemente de encontrar-me. Ter liberdade, descobrir, decidir, achar-me como pessoa neste mundo. E isso não me foi permitido fazer porque existiu uma fixação pouco saudável no lado académico. Hoje em dia, nem esse me vale, porque parou de evoluir e foi mirrando.

Minha irmã, ao contrário de mim, não tinha boas notas. Estava quase sempre para chumbar e chegou a repetir um ano. Vivia frustrada, irada, revoltada. Isso fez com que os nossos pais a tratassem com paninhos quentes e, por a verem assim, faziam-lhe as vontades. Ela aprendeu a manipulá-los era ainda uma criança. Bastava-lhe mostrar-se doce, simpática, querida e obtinha o que desejava. E foi assim que conseguiu fazer coisas que, por mais perplexa que me sentisse, a mim não me era permitido fazê-las. 

De todas as pessoas da nossa infância, ela, assim como uma ou outra - aquelas que se mostravam mais egoístas e até invejosas, são as que hoje estão melhor na vida. Talvez existam excepções mas a realidade é que, ser-se uma criança boazinha e com boas notas não é sinónimo de nada. A vida está cheia de tubarões. Se não se mostrarem os dentes bem cedo e se começar a morder, é-se mordido.





sábado, 15 de dezembro de 2018

To be or not to be...


LEGENDS: You have to die young.
IDOLS: You have to make it young.
FOLLOWERS AND DEFENDERS: You have to make money young.


segunda-feira, 1 de julho de 2013

Homenagem aos meus avós

Ultimamente tenho pensado no que consiste em criar 
uma família com sucesso.

Meus avós maternos, com quem privei com proximidade, como grande parte de outras famílias portuguesas tinham uma história bem comum: filhos de gente humilde, filhos de lavradores rurais de várias gerações a viver principalmente da lavoura do seu pedaço de chão, descendentes de faz-tudo e capazes também eles de serem faz-tudo, aprenderam a se "virar" e agarrar as oportunidades que lhes surgissem para facultar algum sustento. Começaram a trabalhar em meninos e não tiveram muitos estudos. Quando atingiram a maioridade acabaram a emigrar para a capital, tal como tantos outros - parentes inclusive, não tivessem como tantos outros, esse instinto simples e claro de que se deve fazer frente à adversidade com mais trabalho, fugir da pobreza dura e cada vez mais difícil e ir para onde se diz que existem melhores oportunidades de sustento.


Acabaram por constituir uma família numerosa de filhos - tendo perdido dois ainda em tenra idade para um acidente evitável e uma doença que facilmente teria cura.


E é aqui que queria chegar. Naturalmente, não foi tudo um mar de rosas. Existiram problemas que devem ser transversais a qualquer família. Cometeram erros como pais, certamente. Mas acredito que os ACERTOS superaram os erros. E agora que se foram isso fica mais claro. Pelo menos para mim. Os seus filhos não podiam ser mais diferentes uns dos outros. Personalidades distintas, formas de estar distintas, opiniões distintas. Não devem ter sido pera doce de criar eheh! E embora cada um seja capaz de apresentar uma lista de acontecimentos familiares infelizes hoje continuam cada qual na sua vida, mas sempre a querer saber uns dos outros.


Meus avós conseguiram sim, criar uma família. Porque souberam realmente fazer com que aquelas pessoas tão diferentes se sentissem unidas umas às outras, se preocupem, se auxiliem. E é POR ISSO, que vejo com muito orgulho que meus avós são um caso superado de duas pessoas que conseguiram criar uma família com sucesso.

E só de imaginar o quão pouco tinham à partida a favor deles... A falta de dinheiro, a falta de instrução, a falta da presença de um dos progenitores (nenhum dos dois teve um dos pais). Existiu, por comparação à maioria dos pais de hoje, uma diferença quase abismal de recursos. No entanto, tomara que os pais de hoje consigam para os filhos o que meus humildes avós conseguiram.