Metereologia 24 h

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sexta-feira, 13 de março de 2020

Medidas de precaução com o Corona e a ausência das mesmas


Gostei de ler aqui nos comentários gerais que vocês são da opinião que se deve ter cuidado e adoptar um comportamento de precaução em relação à pandemia do Corona.


Vir a Portugal tornou-se necessário. Mas já estou de saída.
Antes de entrar no autocarro que me levou para o aeroporto, mantive-me de luvas calçadas e coloquei a máscara FFP 3 RD no rosto. Não é das cirúrgicas, nem das que não têm válvula. Supostamente é a única capaz de impedir a passagem das partículas realmente perigosas, onde se incluí o vírus Corona.

Fui o caminho todo com luvas. Coloquei o passaporte aberto na página de identidade dentro de um saquinho transparente com selagem. Porque o fiz? Simplesmente porque me lembrei de o fazer. Quantas mãos tocam naquele passaporte?  Achei uma boa ideia e verifiquei que era prático. Quando isto passar, vou continuar a fazê-lo. 


Escrevo sobre isto não para falar das precauções que tomei (e fi-lo a pensar nas pessoas à minha volta e nas que ia visitar, não em mim) mas para contar o que observei e também o que senti por parte dos outros por estar a usar uma máscara. 

Foi muito estranho, estar num dos principais aeroportos de Londres e não ver uma única outra pessoa com máscara no rosto. Desde o chegar, entrar, ficar na fila da companhia aérea para ser atendida, ir para a segurança, passar pela segurança, atravessar o duty free e sentar na área de espera a aguardar a indicação do Portão de partida, não vi uma única alma de máscara que, como eu, usasse uma máscara. Telefonei a uma pessoa e perguntei:

-"Sabes quem é a única pessoa no aeroporto inteiro a usar máscara?"
- "Tu".

Até aquele instante, fui mesmo.
Depois, ao me dirigir para a porta de embarque, dobrei uma esquina e vi um rapaz sentado, usando uma. Fiquei grata, já não era a única. Chegando à porta de embarque em si e ficando na fila onde estávamos todos coladinhos uns aos outros, a rapariga atrás de mim também apareceu de máscara mas o rapaz à minha frente, que vinha a falar ao telemóvel, não. Sabem que idioma falava? Querem avançar com um palpite?

Acertaram. Italiano. Pensei cá com os meus botões: não me livro de italianos onde quer que vá. Até no natal, nas duas vezes que andei no metro em Lisboa, foi italiano que escutei na pessoa sentada à minha frente e no casal atrás de mim. 

O rapaz disse a palavra "Portugal" e aí pareceu-me escutar uma entoação diferente. Nisto ele faz outra chamada e começa a falar português fluente. Mas na versão português-brasil. Portanto, estava diante de uma pessoa provavelmente com pais de nacionalidades diferentes. Um brasileiro e uma italiana? Ele estava a falar com alguém sobre família em itália. 

Depois de terminar de falar ao telemóvel, ele coloca uma máscara no rosto. Um homem à frente dele também havia colocado uma daquelas máscaras cirúrgicas. Uma vez dentro do avião, ele removeu a máscara algumas vezes. Mantive a minha durante a viagem inteira e até o momento de entrar no carro, já no destino. Não ia arriscar nada, removendo a dita por um motivo qualquer. Nem para comer.

Quando precisei ser informada sobre as regras da Easyjet no balcão, o rapaz que me atendeu foi um tanto antipático. A minha pergunta era específica e a resposta que me deu, generalista. Quando perguntei novamente tentando fazer-me entender, ele recusa-se a explicar-me de outra forma, repete-se como um disco riscado e dispensou-me com um "próximo!" - acompanhado da total ausência de contacto visual.

Não tive direito a um "adeus", "faça uma boa viagem", nada. Foi mesmo "vai-te embora".
Achei que essa antipatia deve ter sido efeito da máscara no rosto. Da estranheza e desconforto que causa nas pessoas. Era a única viajante em todo o aeroporto com uma.

Segui para a porta de embarque. Lembrei-me que, para sair no meu destino em Lisboa, tenho de fazer a leitura aos olhos/rosto pelas máquinas de scanner. Uma funcionária da segurança estava mesmo ali, não havia nenhum outro passageiro por perto, então aproximei-me dizendo-lhe que estava a usar a máscara a pensar na minha família e perguntei-lhe se, com ela posta, seria possível fazer a leitura de scanner nas máquinas, visto que os olhos continuavam à vista. Ela quis saber qual o meu destino e respondeu-me que só os vôos domésticos (dentro do Reino Unido) usam scanner. Uma nulidade informativa - foi o que pensei. Mas também ela já estava a mover os braços sinalizando para que continuasse viagem e quando avanço, escuto uma gargalhada de uma viajante que entretanto aproximava-se. Não sei se relacionada mas, seja como for, não caiu bem.

Durante o processo de remover a roupa e colocar os pertences no tabuleiro da máquina de raio-x, tudo foi normal. Nada a relatar. Excepto uma mulher ao meu lado que se virou para mim e disse algo numa língua estrangeira que não entendi e quando lhe respondi: "Desculpe??" ela ficou a olhar para mim uns segundos e foi embora, sem nada dizer. Mas não creio que esse comportamento estivesse relacionado com a máscara.

Uma vez colocando uma, não se nota que a tens. Eu pelo menos, não sinto qualquer incómodo. Vou confessar que até é agradável. Esteticamente pode parecer horrível mas usar uma é melhor do que imaginava. Permite um respirar mais dinâmico. Não sei se melhor ou pior, mas quando a usei de casa para o emprego para me proteger da poluição, foi quando descobri que chegava ao destino com mais energia do que quando não a colocava.

Outras pessoas que não revelaram qualquer problema com o uso da máscara foi uma senhora no duty free a vender perfurmes de marca "compre dois leve um terceiro grátis", pela módica quantia de 65 libras cada. Mas não gostei do aroma. Um horror!

Uma das mulheres que estava a lançar para o ar um brinquedo boomerang que voltava para as suas mãos, a quem me dirigi interessada em saber sobre o mesmo, também falou comigo com naturalidade.

Mas tirando isso, foram os próprios funcionários da companhia aérea da Easyjet os únicos a causar desconforto à minha viagem. Uma vez dentro do avião, desconhecendo que o uso do telemóvel para gravar vídeo era proibido, achei curioso um detalhe e filmei um bocado do corredor. Não aparece nenhum rosto de passageiro (tenho esse cuidado) e a tripulação só apareceu ao longe. Subitamente uma delas aproxima-se e pergunta: está a filmar? Sim - respondi. Posso ver? Acho que me vi no vídeo.

Mostrei-lhe, ela "pediu" com autoridade, como se eu fosse uma criminosa que tinha acabado de cometer um delito terrível. "Basicamente é isto" - surgia apenas o meu rosto, parte do corredor... e parei o vídeo. Ela ordenou: "não desligue, mostre-me o resto". E lá mostrei. Enquanto isto acontece, chamando as atenções, ela pergunta-me, sempre num tom agressivo, se sei que é proibido filmar a bordo. Respondi que não sabia. (e não, não é coisa que informem na mensagem audio, não se vêm símbolos informativos antes do embarque, etc, etc). Achei que era bom senso apenas. No youtube encontram-se centenas de vídeos domésticos dentro de aviões e eu, pessoalmente, fartei-me de filmar decolagens. Nunca nenhum assistente de bordo da easyjet mandou-me baixar o telemóvel, exigindo que parasse de fazer um filme.

Ela mandou-me apagar o vídeo, ordenou que baixasse o telemóvel para ouvir as instruções de segurança. Foi desnecessariamente agressiva no tom. Sabem a doçura, a gentileza que ainda existe na mítica ideia do início dos vôos, quando a Pan-Am era toda gentil com cada passageiro? Pois, isso não existe mais. É como querer ver um dinossauro de volta à vida. Está extinto.

Antes de ter feito aquele pequeno filme (pode-se fotografar mas não filmar? Estranho...) estava já em posição de descanso, de olhos fechados, pronta a relaxar. Reassumi essa posição e durante a hora seguinte permaneci assim. Geralmente, em todos os vôos que faço, é sempre assim que estou: sentada no meu banco, não me levanto, não chamo um assistente... faço a viagem toda sossegada e sem incomodar ninguém. Mas cada vez que acontece "qualquer interacção", parece que somos imediatamente assinalados como "passageiros problemáticos". A postura dos profissionais é passivo-agressiva por defeito. Em todos os vôos. A simpatia é falsa como Judas. O que lhes interessa é vender, e vender rápido. Têm um gravador que repetem até a exaustão, onde colam entoações de falsa simpatia para agradecer e desejar uma boa viagem ao passageiro que acabou de lhes dar uma comissãozinha por lhe comprar um perfume, uma sandes, uma bebida, etc, etc.

Eu como sou das quietas, que senta e levanta no final da viagem - não causa problemas mas também não se deixa levar pelas "fabulosas venda de produtos" a bordo, tornei-me o tipo de passageiro que não agrada ao tripulante. Aquele que só viaja. Não compra nada.

A única interacção que voltei a ter com a tripulante, foi quando passou com o saco para o lixo. Tinha um pequeno lenço de papel e decidi tirar proveito, visto que foi a primeira vez em todas as viagens que fiz com a easyjet, que eles realmente ESPERARAM com o saco aberto na mão, e não passaram a correr, sem dar tempo a ninguém para realmente dar uso ao mesmo. Deve ser por causa do Corona Virus, aposto!

Mas sabem o que ela fez? Ela estendeu o saco aos passageiros na fila da frente, impedindo assim que eu pudesse colocar o lixo se o saco ficasse ao centro. Eu já estava com o papel na mão erguida, bastava enfiar. Mas ela estendeu os braços com o saco perto do rosto das pessoas na fila da frente e também ao rapaz da mesma fila que eu, mas do lado oposto. Mas não estendeu o saco a mim, que estive o tempo todo de braço erguido. Podia ter atirado o papel para o interior da abertura, mas depois ainda falhava e ela aproveitava-se para me "acusar" de ser precipitada e não esperar. Tive de esperar e ela lá avançou um passo, sem grande vontade, lá colocou a abertura de forma a poder usá-la.

Achei mesquinho demais mas típico e de se esperar do que hoje em dia é a postura de uma "assistente de bordo". Para o final da viagem, notei que o papel publicitário do assento à minha frente era o único em todo o avião - que pudesse avistar, que estava dobrado. Sabem aqueles papeluchos de publicidade colados no encosto da cabeça? O meu estava todo dobrado para fora. Pode ser cá coisa minha, mas achei que era a forma deles assinalarem uns aos outros os "passageiros problemáticos".

"Fui marcada" - imaginei, sem me ralar muito.

Hoje em dia é o passageiro que tem motivos para querer "assinalar" os assistentes de bordo, por toda uma postura agressiva que assumem como piloto automático. A gentileza é tão falsa que causa impressão. O homem ao meu lado, achou que tinha alguma intimidade com a tripulação por trabalhar no aeroporto e disse à hospedeira. "Eu daqui a bocado vou já ter convosco para conversarmos um bocadinho". E eu pensei cá com os meus botões: «Ela deve estar mesmo ansiosa para conversar com um passageiro. Quer mais é ficar lá atrás sossegada. Na sua cabeça já te está a maldizer e já sabe como te despachar». E na verdade, o homem não saiu do seu assento por muito tempo.

Fiquei a pensar também se o uso da máscara facilitou este tipo de comportamento. Talvez não. Talvez sim. Máscara, luvas... as pessoas são mesmo estranhas. Aqui estávamos todos dentro de uma atmosfera fechada, impossível de controlar, num cenário de pandemia mundial. E era a pessoa a demonstrar mais consideração pelos outros aquela que estava a receber mais olhares.

  

sábado, 9 de julho de 2016

Futebol: sei quem vai ser o campeão


Hoje escutei a hino francês em quatro ocasiões enquanto a TV esteve ligada e passavam programas vários, desde história a humor. 

Recordei e foi mencionado, a invasão de Napoleão a Portugal.

Quer isto dizer alguma coisa?
Nada! Provavelmente.



Portugal nunca venceu a França numa final. Pode ser que todos estes "sinais" queiram dizer que é desta que o hino será outro. Mas se não for, também não vejo problema algum.

França tem uma comunidade de emigrantes Portugueses muito grande, que deve sentir-se triste por ter de optar. E é apenas um jogo. Vença quem vencer, que vença acima de tudo o desporto e a camaradagem.

No que me respeita, fico feliz por isto me proporcionar um convívio familiar. E como no jogo anterior isso parece ter trazido sorte, vamos  repetir o ritual. Amanhã come-se marisco. :)

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Celebrar o quê?

Estava a trabalhar ininterruptamente há quase oito horas em gestos que se exigem rápidos, repetitivos, profissionais, sem ter como fazer pausas, mexendo-me a correr, sentindo sede, cansaço, sendo impossível parar, nem para ir ao WC, quando subitamente oiço um coletivo grito de contentamento.

Não entendi a razão. Quando percebi que era por causa do resultado de um jogo de futebol achei despropositado e sem sentido. Fiquei irritada. Aquela euforia por causa de uma coisa que não influencia a vida de nenhuma daquelas pessoas. Que não faz diferença alguma, ninguém ganha mais ou vai viver melhor. Teriam feito melhor se gritassem pelo trabalho que estava a fazer ou se reagissem assim todos os dias ao fim de completarem bem as suas funções.

Cada qual no seu lugar, deve fazer o melhor que conseguir. Eu me esforço para isso todos os dias, tanto quanto cada jogador naquele campo. Porque é que as pessoas não aprendem que precisam de valorizar o que lhes é importante?

A minha «equipa» é aquelas pessoas com quem trabalho. E o trabalho bem feito é a excelência do resultado que procuro alcançar. Todos os dias. Tão simples. Não merece isso uma celebração? Acho que sim. E uma não, muitas. Já fiz "Hoo-hoo" quando terminei em cima do relógio uma tarefa dantesca. Decerto bati um record. Mais ninguém sentiu vontade e fiz questão de reforçar que sentia que merecia e me apetecia então lancei outro "Hoo-Hoo", levantando os braços ao céu. 

Foi um golada, terminar aquele trabalho. Um excelente resultado e uma excelente performance. As pessoas deviam centrar-se nas suas metas e não depositar nos outros os sonhos que não sabem ter ou perseguir para si. Percebi tanta coisa naquele instante de euforia que nem sei como especificar. Ali estava eu a trabalhar bem, a ganhar mal e talvez bem menos do que inicialmente pareceu ser o caso, rodeada de pessoas que na sua maioria maldizem o que fazem e criticam muito a vida e o desempenho dos outros mas desatam aos pulos e aos gritos de satisfação por causa de uma bola que entrou numa baliza num local que fica do outro lado do oceano. 

Não vejo realmente razão para as pessoas celebrarem a performance alheia como se fosse sua, não procurando para si o mesmo resultado através do esforço e empenho. Não entendo como podem não celebrar a própria performance quando merecido nem celebrarem a das pessoas mais próximas que geram bons resultados e esses sim, influenciam o todo das suas vidas.


terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

A culpa é do Bush!


Estamos a viver em recessão?
Pois a culpa é do Bush!
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Se já não compreendi como pode ele ter sido reeleito há quatro anos atrás, compreendo menos ainda como o permitiram. Estamos agora, o mundo todo, a sofrer esse acto. O homem, burro como ele só, nem escondia a sua incapacidade para ocupar aquele que, dizem, ser o maior cargo do mundo. No entanto, o povo Americano decidiu recolocá-lo na cadeira presidencial. Com isso decidiram também prolongar a guerra, as mortes e os custos de arcar com estas decisões.

Não acredito no sistema democrático dos EUA. Só pode ser tudo uma grande fantochada, uma grande performance, maior que todas as grandes produções de Hollywood juntas. Gaita! Basta ver um qualquer vídeo promocional de um candidato e aquilo até dá a volta ao estômago! Fazem das pessoas santas, heróicas, melhor que um filme e com a mesma produção e custos monetários exorbitantes!
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E onde anda o dinheiro?

Não derreteu, não ardeu... tem de estar nos bolsos de alguém.

Talvez tenha ido para as ilhas Palmeiras artificiais do Médio Oriente, ou para as megalómanas construções de engenharia na Índia. Se estão muitos a ficar na miséria, decerto que na outra extremidade estão uns poucos a ficar muito, mas estupidamente muito ricos.

Quem lhes deu o nosso dinheiro?
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Como vive Bush agora que não é presidente?

Por acaso vive com dificuldades? Ou está a viver no luxo, cheio de empregados para lhe lavarem as roupas, para conduzirem o carro, para lhe carregarem os tacos de golf...

Irlanda, Letónia, Ucrânea, Grécia e até a a Grã-Bretanha são países em risco de Banca-Rota. Atenção ao termo facultado pela comunicação Social, que fez questão de diferenciar Recessão de Banca Rota.
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Consequência: falta pão na mesa do mundo.
No meio disto, vem-me à lembrança uma profesia de NostraDamus.
Alguém a interpretou como um aviso de que a Europa ia tomar uma má decisão, que a colocaria na miséria, traria fome e sofrimento. E claro, a profesia é para estes tempos... alguns até consideraram o EURO o início dessa «catastrofe». Será? O que acham os crentes?