terça-feira, 25 de junho de 2019

Canalha, pulha



Vejam só a cara-de-pau.


Ontem a mais-nova enviou uma mensagem pelo chat, a perguntar quem estaria em casa para receber uma encomenda registada durante hoje de manhã. O rapaz disse que estava. E ela respondeu-lhe: "muito obrigada!".

Agora vou ao chat e leio o seguinte:
-"Vou ter de sair por uma hora, mas a Portuguesinha deve estar em casa para receber a tua encomenda".

Olhem a lata!
Atirou a bola para o meu campo.

O descaramento desta gente. Não me perguntou nada. Se também eu tinha de ir a algum lado e por isso não me disponibilizei. E que tal usar de um comportamento chamado de... educação e tivesse me perguntado antes? 

Não me veio bater à porta para explicar: olha, eu vou sair, tu não tens nada importante e podes ficar aqui à espera da encomenda da mais-nova?

Não veio nem nunca viria. Não fala comigo, com que lata um gajo que não me dirige a palavra a menos que eu tente extorquir um som dele, "oferece-me" assim? Agora estou "presa" a casa, sem poder sair e ele pirou-se, há duas horas.

Foi atrás de um rabo de saia e depois sou eu que levo com as críticas "porque é que não estavas em casa quando vieram entregar a encomenda?" "Podias ter avisado no chat".

Disse-me ela na ocasião em que tivemos a conversa, que ficou amiga dos outros. Gostava de saber porque é aqui a não-amiga com quem ela sempre pode contar.  Pediu um favor a um deles. Não a mim. Gozam comigo quando me julgam incapaz de o perceber ou ouvir. Mas depois quando precisam, lembram-se que existo. 

Só gente canalha, pulha, inferior. 
Esta é a forma de pensar e de agir de uma geração que partilha um traço em comum: falta de muita coisa! 


2 comentários:

  1. Portuguesinha, os outros só fazem aquilos que permitimos que eles façam!
    Vai comer um geladinho, dar um passeio e manda-os dar uma valente curva.
    Ou então fica em casa, põe uma musiquinha e quando forem aí tocar à campainha fazes "ouvidos de mercador".
    Há um ditado muito sábio que diz: "Quanto mais te baixas, mais se vê o c*".

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  2. O triste é ter de viver na mesma casa.
    Abraço

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