Deram-me 20 e poucos anos.
Antes os tivesse.
Por nenhum outro motivo que não o poder aproveitar certas regalias facultadas aos que são jovens. Se tivesse tomado conhecimento das mesmas na minha juventude, teria tirado melhor proveito da vida e talvez chegado aos dias de hoje em melhor situação socio-económica e pessoal.
E por isso não me importava de ter 20 e poucos anos.
Mas as rugas estão cá e mostram pressa em ter companhia.
Embora algumas pessoas ainda pensem que a ausência de uma testa enrugada é sinal de 20 e poucos anos, o fenómeno deveu-se mais ao efeito das luzes combinado com o branco do céu, só pode.
Não me sinto com 20 e poucos anos, tenho mais experiência de vida que isso. Tem alturas em que o peso das coisas parece conferir-me uma idade sexagenária. Outras alturas há em que se regride a episódios de infantilidade. Mas acho mesmo que algo deve ter parado lá nos 20 e poucos anos.
É como se alguém tivesse pressionado o botão de «pausa» mas esqueceu que o filme continuou a passar... chegou ao fim e outro programa já está no ar.
E sempre tão bom aparentar menos idade e acumular experiência. Eu cá adoro :)
ResponderEliminarPor desconhecimento absoluto, não tenho capacidade de aferir a jovialidade da Portuguesinha.
ResponderEliminarContudo, pela qualidade e elegância das linhas com que nos brindou neste texto, a beleza será algo que a irá acompanhar para a eternidade.
Excelente!