terça-feira, 17 de setembro de 2013

Joaquim Mendes, 62 anos, falecido hoje no incêndio de 23 de Agosto


A comunicação social dá atenção às mortes mas não fala dos feridos. Os feridos só são mencionados e chorados quando viram mortos. Mais uma pessoa morreu em consequência de um incêndio a que foi prestar assistência. Um homem de 62 anos, autarca. Pena que não se presta homenagem e a mesma atenção aos muitos feridos com queimaduras que estão a tentar recuperar nos hospitais. Pena que é preciso morrerem para virar notícia e se saber que andaram num combate a um incêndio. Não acham?

3 comentários:

  1. eles bem que necessitavam de atenção, porque muitas vezes os seguros que as autarquias lhes asseguram são insuficientes para garantir o pagamento de todas as despesas hospitalares e as corporações de voluntários ficam com dividas elevadíssimas aos hospitais que não conseguem pagar sem comprometer o socorro que prestam durante todo o ano...
    as pessoas só se lembram dos bombeiros quando têm uma emergência

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    1. Sim, isso é mesmo verdade. E incluo-me no grupo de pessoas que provavelmente só se lembra dos bombeiros quando tem uma emergência. A "culpa" também é do facto de NUNCA ter tido essa emergência.

      Também não estou por dentro da realidade dos quarteis. Não sei qual o papel do Estado, qual a situação do bombeiro, como obtém o material para combate a incêndios, qual a durabilidade, etc

      Mas penso contribuir com alguma espécie de ajuda monetária até o final do ano. Pensei nisso porque um vizinho precisou de ajuda este inverno devido aos fortes ventos e os bombeiros apareceram (com a polícia) para tentar solucionar o caso. E foram embora sem "cobrar" nada. Pelo que achei que mereciam e aí tomei a decisão de serem eles os "ajudados" pela época dos peditórios de Natal. Até porque notei que eram eles que acudiam todas as urgências de rua devido à força destruidora do vento.

      A ideia que faço dos bombeiros nunca foi, até então, positiva. Isso de os ver cegamente como heróis não é para mim. Nenhuma pessoa que use farda tem a minha admiração cega. Fico sempre com um pé atrás e isso se deve a experiências que tive. Não sei explicar mas tudo advém da infância e da adolescência, pois os bombeiros eram sempre aqueles homens que não podiam ver um rabo de saia que começavam logo com piropos. Bombeiros, soldados e até polícias. Muitos deles estranhos, bastava-lhes um rabo feminino que nem tinha de estar de saia.

      Uma vez num simulacro numa escola os bombeiros mandaram piropos e elogios a umas umas miúdas parvinhas e menores de idade que por lá andavam. Achei de muito mau gosto. Outra vez ia com uma amiga que precisava de direcções e ela insistiu para as pedir a um soldado que estava a fazer a guarda. Quis dissuadi-la mas na ausência de transeuntes lá foi ela ao soldado. Ficou em choque por ele não se limitar a informar e estar a se fazer a ela. Noutra ocasião mais recente e comigo, foi um polícia aquando uma apresentação de queixa de furto! Além de me ter contado sem perceber a seriedade que praticava voyerismo electónico (que deve ser contra a lei) ainda foi inconveniente com um excesso de elogios e perguntas íntimas. Pelo que o tempo nada aconteceu para mudar esta minha impressão sobre algumas pessoas que vestem uniforme. Deve ser algo que desperta na testosterona deles assim que vestem uniformes. Pensam mais com a cabeça de baixo do que com a de cima. Viram semi-simios :P

      Enquanto não crescer em proporção aqueles que sabem honrar uniformes, julgo que ainda teremos umas temporadas deste género de exemplos.

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  2. Há tanta coisa errada neste país, que ás vezes já nem fico surpreendida :S O que é mau sinal...

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