sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Brincar às casinhas é a MAIOR ambição?

No fundo, no fundo, será que a maior ambição de uma mulher - aquela que a faz sentir realizada, é "brincar às casinhas"?

Por mais moderna que uma jovem rapariga seja acaba quase sempre, tenho observado, por seguir o caminho traçado décadas antes pela sua avó.

Arranja namorado. Junta-se ao namorado. Preocupa-se em cozinhar para o namorado e faz disso o centro do seu universo doméstico. Resigna-se em apanhar as cuecas do chão, a lavar e a passar-lhe a roupa. Passado uns meses começa a fazer pressão para ele "soltar" a pergunta: "Queres casar comigo?" O coitado, coagido e já sem ter como escapar porque se esgotou o tempo das borlas, faz a pergunta, sempre receoso de algo correr mal ou escutar um não - vai-se lá entender o eterno complexo masculino para com a rejeição. Ela diz logo: "sim! Sim! SIIIIIM!" e acabam abraçadinhos e aos beijinhos. Depois começa o frenesim e o stresse em torno dos preparativos para a cerimónia. Que vestido vou usar? Como escolher? Quanto gastar? Onde fazer o copo de água? Quem convidar e como dispor dos convidados que não se falam? Surgem os problemas com as pessoas que se metem a dar palpites e acham que sabem tudo. Finalmente o momento chega e passa. Estão casados e nada é realmente diferente, a não ser a sensação de posse. Poucos meses depois a etapa que se segue é: "e se tivéssemos um filho"? Amooor, vamos fazer um filho? Não seria bom ter uma criança nossa?" E vai o homem adia a assustadora ideia de ter de prover por uma boca extra receando falhar até que finamente se rende à ideia. Depois vêm os stresses da gravidez. Os problemas que as outras pessoas criam ao se intrometerem demais e os gastos. Ah, os gastos!! O lar como paraíso vira um lar com preocupações económias, monetárias e logísticas! O romance escasseia e existe muita cobrança. As ilusões de uma vida de "principe e princesa da Walt Disney" caem de vez por terra. A criança nasce e começa tudo de novo nos afazeres domésticos: cuidar do marido e da criança. Apanhar as cuecas de um, limpar a fralda de outro. Ao menos esta última é uma novidade.

Trata-se apenas de uma constatação. Nada contra este que julgo ser o percurso natural.
Mas está tão batido que me espanta que hoje existam tantas raparigas a segui-lo sem se darem conta que estão a segui-lo. As diferenças com o antigamente são na realidade poucas. E trata-se tão somente do casamento ter de existir antes da união e da consumação. Tem também outra diferença, que é o facto desta mulher de hoje ter de trabalhar o triplo, pois também tem ocupações FORA do lar.


Por vezes me interrogo se é assim que uma mulher quer viver a sua vida, ainda tão subserviente e serviçal ao homem e aos filhos. No entanto se vejo uma excepção que represente um pouco de abandono a alguns desses "deveres" como os de uma mãe para com um filho, detesto-o! Acho atroz. Mulheres que preferem ficar o dia todo no trabalho e não têm tempo para dar senão um beijo ao rebento enquanto este já vai para a cama de olhos fechados... também não acho correcto. Uns querem TUDO sem investir nada, outras dão tudo sem perceber nada. Perguntam-me então o que é correcto? Pois, não sei mas sei somente isto: a mulher tem de parar de fazer tudo. Dividam-se as tarefas. Eles precisam entender, até porque eles vêm de nós e não vamos querer ter filhos que um dia vão tratar as mulheres um tanto como suas criadas pessoais.

Não existe perfeição, não é?

2 comentários:

  1. O equilibrio é super dificil, impossível, até.

    Por isso cada uma deverá escolher em consciência e tentar ser fiel a si própria.

    Claro que os filhos são responsabilidade para a vida e nem todas conseguem suportar a carga.

    Beijinhos

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  2. eu ainda sou só e independente mas, acho que se não for para me dedicar o mais que possa à familia, principalmente aos filhos não vale a pena tê-los :)

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