Metereologia 24 h

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segunda-feira, 16 de julho de 2018

São duas


São duas raparigas que vêm ocupar os quartos que vão vagar nesta casa.
Uma já conheci e pareceu-me uma pessoa "às direitas". É uma mulher madura, passou-me a sensação de que é capaz de respeitar os outros e entende o que é viver num espaço partilhado. Pelo menos assim o espero.


A outra não vou conhecer sem ser no dia em que se mudar. É a que me deixa temerosa. É jovem e tem uma relação de amizade com uma das raparigas da casa ao lado onde tudo é grito e festa. Por vezes somente isto quer também dizer barulhenta, egoísta, faz o que quer quando bem lhe apetece. Espero que não seja um presente grego. 

Talvez porque ontem ao final do dia consegui escutar a voz e conversa da tal amiga na casa ao lado e não fiquei bem impressionada. Um quarto também vagou lá porque será que não o obteve? Mesmo entre ocasionais festas e convívios ainda se tem sossego nesta casa. Por vezes até é possível ficar umas horas com a casa só para ti. Mesmo com alguém dentro. E isso é bom, numa casa partilhada. 

Porém, há quem não perceba isso e todos os dias decida usufruir do espaço como se fosse só seu. É o que temo.

Espero ficar agradavelmente surpreendida.
O inconveniente destas novas entradas é que são pessoas com a mesma profissão. Uma que lhes permite longos periodos em casa, mais dias de folga e durante mais horas. Muito diferente dos empregos por turnos em horários diurnos e noturnos, com um ou dois dias de folga por semana. 

Esta adição pode significar que a casa deixará de ficar ocasionalmente disponível para aquele que calhar ficar de folga num dia em que mais ninguém a em.

Vamos a ver. 
Pode ser que esteja a colocar o carro à frente dos bóis mas, a verdade é que se deve pensar nestas coisas. Deixar tudo ao acaso e esperar pelo melhor não tem resultado.

Mas o que fazer se não isso?
É esperar pelo melhor!

E quando o Natal chegar, esperar que seja pacífico e tranquilo.
Sim, já estou a pensar - ou melhor - a desejar paz e sossego para esse dia, pois não vou poder ir para Portugal. Os «vizinhos», esses sei que nunca querem por os pés no seu país nativo - querem mais é a liberdade e os luxos deste por cá. Por essa razão, que todo o "barulho" que a quadra possa trazer, fique restrito àqueles muros e que neste não haja invasões.

Boa semana!
Apareçam mais vezes, actualizem vossos blogues. Espero que ande tudo bem com os mais assíduos. Não vos tenho lido mas... esqueci que entramos num periodo de férias. Se for essa a razão da ausência, tenham uns dias fantásticos e maravilhosos!

Portuguesinha



quarta-feira, 4 de julho de 2018

Maus vizinhos


Imaginem este cenário:

Finalmente consegui ficar no sofá a ver televisão. Coloquei um filme que tinha gravado faz uma semana e pensei: agora, sozinha em casa, vou poder relaxar.


Corri as cortinas, fechei portas e janelas. Queria uma atmosfera de cinema. Escolhi um filme de terror: Alien. Na cena em que o "bicho" está a sair das entranhas do hospedeiro, o som dos gritos e risadas dos vizinhos se sobrepõe aos diálogos e a toda a atmosfera do filme. 

Porra para eles que não são normais! Tentei abstrair-me de ruídos externos. E concentrar-me no filme. Mas fica difícil quando numa cena de tensão, de medo, só oiço risos e gritos. Estridentes, contínuos. Opá, se alguém precisar de efeitos sonoros de histerismo, só tem de bater na porta ao lado. 

Tenho trauma deste tipo de som. Adquiri-o quando vivi três semanas com eles. Quem não se lembra, tive de ficar esse tempo a morar noutro quarto, até o meu definitivo vagar. E foi um pesadelo. Todos sabiam que eu tinha de acordar às 3 da manhã e ficavam aos gritos até à meia noite. Faziam barulho constante. Nunca havia silêncio e tranquilidade naquela casa. No meu último dia fui desperta à meia noite e meia com o uso do aspirador e pelos sons agudos das suas estridentes e ruidosas conversas. 

E depois foram estúpidos comigo. Como crianças vis. 
Também não agi da melhor maneira. Devia ter imposto limites de imediato. Mas devido à minha curta estada, optei por não ter confrontos e aguentar as provocações infantis e o ruído constante. 

Até que saí e vim morar onde estou agora.
Uma casa mais tranquila.

Mas havia um risco que sempre esteve presente na minha mente: a possibilidade dos da outra casa se infiltrarem nesta. É que muitos jovens aqui trabalham na mesma empresa. E eu sabia que era o caso do novo inquilino. A possibilidade de o quererem usar para se infiltrarem era bem real.


VAI QUE HOJE estou em casa com esse rapaz quando oiço alguém abrir a porta da rua, entrar pela casa a dentro e chamar por ele. Uma voz estridente, que entrou sem bater na porta, sem que alguém a abrisse. Simplesmente rodou a maçaneta e entrou. (a porta devia estar trancada, mas pelos vistos, não a trancam). Uma mulher entrou pela casa a dentro, como se fosse sua, com um à vontade descarado!

Adivinhem quem era? Pela voz estridente de volume alto e pelo histerismo, era a rapariga da casa ao lado. Já se infiltrou. Infantil como é bem sei que era uma perspectiva que lhe agradava. Vir para aqui continuar a impor a sua presença, que adivinha não ser bem vinda aos meus olhos.

Entrou já a comer e pronta para engolir o que o outro estava a preparar. A usar a sua infantilidade jovem e risinhos parvos para seduzir o rapaz, que, já deve estar calejado de tanto flirt que recebe. 

Ainda tem o descaramento de começar a gritar pelo "amigo" desta casa para a outra. E pergunta - sabendo muito bem a resposta, se os escutamos aqui. O rapaz deu a resposta educada: «não, nem por isso, não incomoda nada». Uma mentira gigante. Basta recordar a minha tarde na véspera, com portas e janelas fechadas a tentar ver o filme de terror, embalado com risadas e gritos estridentes. Claro que se escuta. São gritos! Iguais aos que seriam de esperar de uma ala num hospício do século XIX.

Saiu daqui toda lambosa, a dizer ao rapaz que na próxima semana é ela que lhe faz a comida...

Só espero que não aqui. 

Resta-me esperar que o rapaz tenha dois dedos de testa para entender no que se está a meter se conceder demasiado espaço a uma pessoa que se sente à vontade para entrar num espaço pessoal dividido por outros que não conhece e invadi-lo sem mais nem menos. 

domingo, 1 de janeiro de 2017

Passagem de ano... pois sim!


Então,como foi a vossa passagem de ano?

2017 começou comigo a desejar muita diarreia e danos materiais aos barulhentos dos vizinhos. 
Não, não tive «boas entradas», nem sequer boas saídas, já que os vizinhos colocam «música» num volume acima do aceitável por volta das 20h do dia 31 de Dezembro de 2016, são 1.50 da madrugada do dia 1 e os parvalhões não diminuíram o volume dos batuques. Para piorar, escuto também o som de pancadas.

Quando vi o anúncio de aluguer desta casa, vinha em destaque que ficava numa rua «sossegada». E de facto foi sossegada, nas primeiras semanas, até estes putos barulhentos se mudarem para a casa ao lado. De todas as casas desabitadas que a rua tem- que são quase todas, foram logo escolher aquela ao lado da minha!

E tinham de ser pessoas egoístas e barulhentas. Pestes que se criam como ervas daninhas por todo o lado! Só pensam em si, os outros que se lixem. Têm para aí 4 carros estacionados á porta, gostam de os ligar e deixar o motor a trabalhar, adoram ter os carros parados com a porta aberta e música a tocar, que nem autênticos bimbos, gostam de ir à noite para a entrada da casa falar alto e apreciam sentar-se na ombreira que separa ambas as casas para fumar, deitando de seguida as beatas para a minha entrada.

Hoje soube finalmente de que nacionalidade são. Na gritaria de celebração de «passagem de ano», um ritual que me é cada vez mais estranho, os parvalhões gritaram, entre muitos gritos dados apenas pelo prazer de gritar, que "ninguém se mete com Roménios e Bulgários!".

Pronto. Está tudo dito...
Bem que podiam voltar para a Roménia e Bulgária e ter este tipo de comportamentos por lá. 

Mas como aqui fazem o que bem lhes dá na gana, não devo ter essa sorte.
O meu ano começa comigo algo doente, com dores de cabeça, febre, tosse, a desejar descansar em total sossego e silêncio, mas a não conseguir devido ao som dos batuques da casa ao lado, que teimam em continuar. Acho que nas próximas 3 horas eles não vão parar. Prefazendo um total de 8h seguidas de «música» alta non-stop. Mas isto aqui ao lado é uma discoteca??

Esta gente não dorme? Se sim, digam-me o que posso fazer para retribuir... o barulho!


Como não sei mais o que fazer, resta-me desejar-lhe que tenham um ano de merda, que tudo em que se metam dê errado, que um meteorito caia do céu direitinho aos seus carros, que um dia queimem a casa de tanto que gostam de queimar porcaria no quintal, etc, etc.

Imagino os meus colegas de casa que têm de ir trabalhar às 6 da manhã...
Horário que eu andei uma semana também a fazer. Tive sorte em estar de folga, pois já não folgava fazia 2 semanas. Mas de quê serve as folgas se não se consegue sossego?

Que o novo ano lhes seja uma merda e desapareçam daqui!!





domingo, 21 de agosto de 2016

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Desinteria é um bom castigo?


Chegou o Verão. O prédio onde habito fica mais sossegado -pelo menos é o que se espera - já que muitos vizinhos vão de férias. O prédio é antigo e por isso não tão mau quanto isso em termos acústicos. Embora se escute toda e qualquer coisinha mais significativa: conversas aos gritos, saltos altos, coisas a cair, água a correr no WC, etc. Mas se os vizinhos fizerem a sua vida normal, os ruídos de cada qual ficam restritos às suas áreas privadas. Sei, pelas construções mais recentes em que entrei, que nessas até um peido do vizinho se escuta com total nitidez. 

É Agosto. Conto sempre com sossego nesta cidade e neste prédio quando chegam os meses de férias. Menos trânsito, menos vizinhos a entrar e a sair constantemente. Mas é um equívoco. No verão alguém sempre decide fazer obras. De Junho a Setembro haverá provavelmente sempre alguém a trabalhar com berbequim, martelos, serras eletricas, durante 8 a 12 horas. Depois tem o vizinho que ganha um cão durante o mês de Verão. Cão que fica a chorar e a latir 24/7.E agora tem algo pior: alguém decidiu ir de férias mas deixar um despertador que soa a uma buzina sempre a funcionar.

Eu acho que há vizinhos muito sem-noção! Para eles desejo umas férias com muita desinteria. Acham que é mauzinho? É que já ando há uns bons dias privada de um bom sono!!!


terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Sossego, tranquilidade e filhos


Não tenho filhos.
Não por não os ter desejado mas por não ter tido oportunidade. Não por ter ficado eternamente à espera de um "príncipe encantado", porque não fiquei. Esperei, somente, uma coisa que é essencial a todos nós e até hoje não a tenho.

Hoje acordo todos os dias muito cedo porque os putos já estão de pé a fazer barulho. Não durmo durante a noite porque um acorda com pesadelos e chora ou chama pela mãe. Quando penso que vou ter sossego, isto já quase às 23h da noite, os putos começam a gritar e a correr pela casa inteira, deixando cair coisas ao chão e fazendo a festa. E quando estão no banho? Que algazarra!

Então, esperem aí... Como pode ser isto possível? Sem filhos e com todas estas coisas a acontecerem? "São os filhos do companheiro" - pensam vocês.

Não. Não são.
São os filhos da vizinhança.

Leram bem. Da vizinhança. Tenho olheiras, ando cansada, acordo cedo demais, quando não queria acordar, não descanso quando queria descansar. É terrível. Preferia ter tido filhos. Sempre os desejei, apenas não os tive. Preferia e teria sido mais justo. Porque além de ter ficado para "tia" - o que, na prática significa ter de cuidar dos filhos dos outros muitas e muitas vezes, também sou privada do descanso por causa dos filhos dos vizinhos!

Pelas minhas mãos já «passaram» três crianças, de quem cuidei ou tomei conta. Agora "sofro" as privações do sono com origem nos comportamentos e hábitos de outras cinco. Se tivesse tido um filho tudo isto teria sido diferente. Teria sido menos laboroso e cansativo também! Em princípio, só teria cuidado de UM e passado por isto porque assim o desejei, não porque não tive escolha!!!

Acreditem, não vão querer conhecer o meu rosto com estas olheiras que tenho...


domingo, 21 de dezembro de 2014

Vizinhos Novos

Tenho novos vizinhos, com três crianças. Em poucas horas já sabia o nome de cada uma delas, por os escutar a chamar uns aos outros entre risadinhas, brigas e brincadeiras. A voz do homem também é raro não se fazer escutar. Quase sempre a tentar disciplinar os miúdos aos gritos. 

Quando saio do trabalho e me imagino a chegar a casa não é nada disto que idealizo. Penso, ingénua, que finalmente me vou afastar do ruído, do barulho, da música alta e de tudo o que já "encheu" o meu dia, acabando por atormentar as últimas horas. Penso que vou ter silêncio, só mesmo interrompido se o desejar. Mas essa "casa" que idealizo nunca a tive realmente. O estranho é que, se um dia a vier a ter, já não será na juventude mas no meio da velhice. Julgo que por essa altura ou precisamente nessa altura, é que ia apreciar um pouco mais de vida e dinâmica à minha volta. E não a vou ter.

A vida está toda lixada!