Metereologia 24 h

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quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Há quanto tempo é que o teu marido te come a Pitada?


- Já come e muito bem há 10 anos.

Risos total entre os convidados: Marco Paulo quase se mija a rir - se é que não urinou mesmo. E Herman José, autor da "piada" autocongratula-se:

"Foi a melhor tirada de sempre".

Porquê a "plateia" em palco riu não sei. Certamente não foi por causa da ORIGINALIDADE ou IMPREVISIBILIDADE da suposta "piada". Que piada não teve. É só mais uma vulgaridade, esperada e típica do referido humorística. Isto é como tudo: quando é demais, enjoa. Herman José e o seu humor deixou de ser fresco lá em 1999... Mas ele ainda não descobriu isso.





Sintonizei eu a RTP de tão longe para isto...
Escusado dizer que voei fora no mesmo segundo.

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Na RTP Memória...


Reencontrei alguns programas que fizeram sucesso mundial em décadas passadas. Sitcoms como Alf, Chefe mas Pouco e Os três Dukes. Por nostalgia, comecei a revê-las.

O sabor é que já não foi o mesmo.

1 - A.L.F. (1986-1990)
Alf foi um grande sucesso. Um extraterrestre tem de viver com uma família humana. Como um boneco que era visivelmente uma marioneta reles pôde ter sucesso, não é mesmo? Mas o sucesso de ALF está na personalidade sarcástica, pungente, ativa e ávida por diversão que conferiram ao boneco. Porém, ao revê-la, por vezes, nos monólogos longos, não suporto nem escutar a voz. E lembro-me que esta foi uma das razões apontadas para o sucesso da personagem. E já nesse assunto, como era muito comum na época, as restantes são pessoas muito íntegras, calmas, bondosas. Não gostam de fazer nada errado, têm uma noção de bem e de mal bem definida e não apreciam um menor desvio à integridade. Coisas como roubar um lápis da mesa da secretária de um escritório... é melhor colocar o lápis no lugar. Este género de personagem era muito comum na década de 70/80.

As histórias inventadas também não se sustentam bem pelo tempo. A maioria mostra conflitos básicos e são bem superficiais. Mais fabricadas para gerar gargalhadas fáceis do que apostar no crescimento das personagens. Quase todos ali são coadjuvantes para o boneco. 

Os cenários são horríveis, visivelmente falsos. Cenas de exterior no "deserto" não passam de cenas de estúdio com um cenário em papel, de cactos e montanhas. Muuuuito mau. Seria de esperar que, após o sucesso obtido, o maior número de receitas servisse para melhorar o produto. Não.


2 - CHEFE MAS POUCO (1984-1992)

Esta é a sitcom que mais me surpreendeu pela positiva. A que me souber melhor. Embora muito datada, nas atitudes e comportamentos da personagem Ângela em particular (logo a que devia ser independente e modernaça) mas principalmente datada na indumentária, aborda temas que ainda são transversais no tempo. Com duas crianças fazendo parte do elenco (a talentosa Alisa Milano e um rapaz que nunca mais ouvi falar e que nunca achei natural com a câmara) claro que temas como a sua educação, a passagem pela puberdade e todos os muitos conflitos que surgem em vidas tão jovens, confere um ar fresco à história e dá-lhe um pouco mais de durabilidade.

Personagens: Feita no final da década de 80, início da de 90, "Chefe mas Pouco" inverteu os papéis comuns na sociedade: aqui era a mulher que trabalhava fora de casa, auferindo um salário elevado e sendo responsável pela presidência de uma agência de publicidade. Ela também era mãe «solteira» de um menino. Papel que nunca achei ser bem defendido pela atriz que lhe deu vida - e essa impressão fica mais vincada agora, passados 30 anos. Obviamente sem tempo para as lidas da casa, a executiva decide contratar uma governanta. E quem lhe bate à porta é um ex-desportista de futebol, também ele com uma jovem filha e também ele solteiro. Tony Danza dá vida a este empregado doméstico e é muito credível. Claro que, entre os dois, vai existir alguma tensão de atracção, mas está sempre bem definido que o que os une é uma relação de patrão-empregado amigos e cúmplices. "Ângela" como executiva, não convence. Mas Tony como empregado doméstico convence-me que sabe tudo sobre como cozinhar um bolo, fazer qualquer prato, limpar o fogão, manter a casa um brinco. E isto sendo másculo o tempo todo. O seu lado doce de pai preocupado e empenhado em dar uma vida melhor à filha também se reflete na sua dedicação à nova profissão. Salve salve para o ator. Isto tudo ele consegue passar para nós, espectadores. «Ângela», a executiva, é que não convence mesmo. Mas adiante... até MONA! A personagem mais acutilante e bem construída dentro do seu género. Mona é a mãe de Ângela. Ela não vive na mesma casa (até uma certa altura em que se muda para a loft na garagem) mas visita a família e leva o neto e a filha de Tony a passear com frequência. Mona é o oposto de Ãngela em tudo. Ela gosta de divertir-se, de mostrar os seus atributos físicos e da sua boca saem as frases mais causticas e bem atiradas que jamais vi numa série. Mona tem uma atitude descontraída na vida e está sempre à procura de aventuras.


 3- OS TRÊS DUKES (1979-1984)
Até à pouco tempo ainda me divertia a ver esta série, que tem passado ocasionalmente pela televisão ao longo dos anos. Mas revê-la agora tornou-se, por vezes, monótono. Já sabia que aquilo não tinha grande história - basicamente passa-se sempre o mesmo: A família Duke adora carros velozes e é perseguida pelo xerife e deputado locais, que estão em conluio com Boss Hogg (brilhantemente interpretado por Sorrel Boke), um ricaço corrupto «dono» de todo o condado de Hazzard. Todas as histórias resumem-se em ver os primos Bo e Luke a conduzir o carro laranja, sendo perseguidos pelo xerife Rosco P. Coltrane (brilhantemente interpretado por James Best). Tudo isto em pura comédia circense. Automóveis a saltar, a pular por cima de ribeiros, tiros que nunca acertam o alvo, e murros que mal tocam o rosto do "bandido" já os põe a todos K.O.  Mas existe bons momentos de diversão, principalmente por parte das personagens "bandidas" e cómicas do xerife e de Boss Hogg. Pura escola, em termos de atuação. Eles caem com o carro no lago, emergindo encharcados e com vegetação agarrada ao corpo, enfiam-se em pilhas de feno, escorregam para dentro de poças de lama, levam com comida na cara, latas de tinta que lhes são derramadas.... muito empenhados e profissionais estes atores, pois a cada episódio... tinham de tomar um bom banho. E por isso a série deu resultado e ainda diverte, embora não mude em nada a sua essência. É como ver os desenhos animados do coiote e papaléguas: é sempre a mesma coisa e o coiote jamais consegue alcançar o seu alvo. Este é inteligente, o outro um idiota que se coloca em situações caricatas, e está sempre a cair em precipícios, a ter bombas a explodir-lhe à frente... Assim é Os três Dukes.  


segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Jornalismo que é uma seca


Quando cheguei a Portugal contaram-me que a seca fez com que ficasse a descoberto uma ponte do tempo dos romanos, em Alcácer do Sal, que ninguém punha a vista em cima fazia séculos. A minha curiosidade ficou ao rubro. E eis que encontrei na internet essa notícia, em duas fontes audio-visuais diferentes: TVI e RTP.


Para meu (pouco) espanto, ambas as notícias, sobre a mesma ponte, contam histórias diferentes
Afinal, como suspeitei, a história que me foi contada não é autêntica (a fonte deve ter sido a TVI).
A realidade é que a existência da ponte, normalmente submersa pelas águas da barragem do Pego do Altar, no rio Mourinho, era do conhecimento da gente local. Um miúdo mais novo que eu lembra-se de, em menino, ir para lá pescar com o pai. Ora, sendo assim, a reportagem da TVI, intitulada "Seca mostra ponte que não se via há 60 anos"  já começa no erro. 


No meu entender a TVI apresentou uma notícia muito mal construída, vergonhosa, com factos errados, superficiais e nada fundamentados. Datada do dia 28 de Setembro, devia fundamentar-se em factos conhecidos e já divulgados na véspera pela imprensa escrita, que suspeito ser onde os jornalistas das TVs vão todas as manhãs para obter fontes. O jornal Diário de Notícias, ao abordar o assunto no dia 27, facultou dados que contradizem os da TVI no dia seguinte. Em que ficamos? 

Foi TENDENCIOSA e superficial a forma como a TVi reportou esta notícia da descoberta da ponte em Alcácer do Sal, colocando unicamente o depoimento de pessoas que diziam nunca ter conhecimento da mesma. O «jornalista» repete que a ponte nunca foi vista por "esta geração" (e qual é "esta"? A do jornalista? A das pessoas de mais idade que entrevistou? Ou qualquer outra que ignorou?) e acrescenta «diz-se ser do tempo de napoleão». . 


Diz-se... "pode ser e pode não ser". Como não sabe, diz que «pode ser». E quem é que diz isso? Tudo bem se, de facto, fosse impossível saber-se quando a ponte foi feita, porquê e por quem. É esse o caso?

Não. Porque outros jornalistas, de outras fontes que encontrei, souberam responder a estas questões. Penso que até um idiota sabe que o «quem, quando, como, onde, porquê, o quê» são a base das notícias, tal como sempre foram a primeira coisa a ser contada em qualquer cusquice. E se outros descobriram esse facto, então foi preguiça do jornalista que não fez o trabalho de investigação que toda a peça - mesmo estas com este teor light- precisam. Não contente com o superficial trabalho, ainda aparece na própria peça, para repetir a rala e duvidosa informação que disponibiliza: a ponte não era vista «nesta geração» - informação repetitiva, por isso mesmo desnecessária e dispensável. Mesmo que não fosse, podia muito bem (e devia) continuar a ser contada com imagens locais. Mas não. O experiente jornalista teve de meter a sua cara junto com a notícia, para, suspeito, satisfazer o curriculo da vaidade... 


 Comparativamente, a jornalista da RTP fez o trabalho de casa e pelos vistos, encontrou informação sobre a ponte. Informa que a última vez que ficou à vista foi em 1999 (e não há 60 anos), entrevistou pessoas que assim o atestam e mais: sabe QUANDO a ponte foi construída: 1815. Ao entrevistar o presidente da união de freguesias de Alcácer do Sal (alguém com credenciais), ficou a saber que a maior ameaça à ponte são os turistas que aparecem e levam uma pedra para "recordação" e mostrou o acesso à mesma a ser vedado. Achei bem mais interessante falarem da ponte e não dos peixes que ficam nas poças... Que é o que acontece nas secas e não acrescenta novidade nem é sobre a ponte em si.

Dois jornalistas televisivos, duas formas tão diferentes de dar uma notícia. Um muito experiente, outra desconheço, mas vou deduzir menos experiente. 

Isto de se ser bom naquilo que se faz tem muito pouco a ver com os anos de experiência. Descobri este facto há pouco tempo, apenas. Uma pessoa pode ter fama, reputação e assim a manter por anos até a sua morte. Sem que a mesma corresponda à verdade. É comum todos os outros serem capazes de fazer o mesmo, mas cinco vezes melhor. Porém, por vezes quem já apanhou com luzes de estrelato, continua debaixo delas, sem mérito para tal.


Vejam ambas e digam-me o que acham destes dois exemplos de trabalho jornalístico.

TVI 

domingo, 31 de janeiro de 2016

Informação com gosto

Faz muito tempo que não via telejornais, menos ainda mantendo um interesse contínuo. Desde que comecei a sintonizar nos noticiários da RTP, isso mudou. O alinhamento, o tempo do bloco noticiário e a informação em si agrada-me. Estou equivocada ou, finalmente, a RTP deu um passo qualitativo gigante??

E a mesma impressão surge ao apanhar troca de ideias e programação de forma geral. Se assim for, nem imaginam o quanto isso me deixa feliz. Já era tempo da TV estatal abandonar as esbatidas pegadas das privadas, que na última década (e meia) só têm afundado.