sábado, 30 de março de 2024

A saúde a melhorar com regras implementadas

 

A Irlanda foi o primeiro país a proibir que se fumasse em lugares públicos e no local de trabalho. Em 20 anos desta medida, os resultados são óbvios: 


Nos primeiros TRES ANOS de implementação desta lei, existiu uma redução imediata de 26% nas doenças cardíacas isquémicas. No início dos anos 90, a Irlanda tinha a percentagem mais elevada de jovens entre os 13 e os 18 anos que fumavam. Hoje essa percentagem diminuiu cerca de 70%. Estima-se que se tenham salvo 3700 vidas, numa média de 2.7 por dia.

Quando se lêm estimativas como esta, então é que se percebe a IMPORTÂNCIA de evitar respirar fumos a todo o custo. 

Lembro-me de estar no Centro Comercial Colombo - que não é tão antigo assim, na zona da restauração (ou então foi no Centro Comercial das Amoreiras mas julgo que não), sentada a almoçar, e ao lado, o senhor que já tinha terminado a sua refeição, acender um cigarro e fumar. Incomoda logo. Já não dava prazer estar a comer e só pretendia me despachar rapidamente, para me levantar e fugir dali. O homem teve o cuidado de desviar o cigarro depois de o levar à boca, esticando o braço para baixo, mas quem é que controla o fumo? Este vinha todo em direcção à minha mesa. Nada impede as partículas de ficarem no ar. E elas ficam. Estudos antigos já revelavam que, ao contrário do que se supunha, o fumo não sobe e fica lá no alto. Ele permanece, invisível no local onde foi largado, expandindo-se. 

A mim qualquer tipo de fumo ou cheiro químico incomoda sempre. É, para mim um desconsolo sair do trabalho ou do autocarro, principalmente numa noite fresca, ansiosa por respirar fundo o ar puro (está abafado no bus e no trabalho também ou são ambientes com muitos odores agressivos) e o que respiro de imediato é: cigarro ou tubo de escape de carro. Ter alguém a caminhar à minha frente e esse alguém ir o tempo todo a fumar é horrível e faço para sair da trajectória, porém é sem sucesso. Dou por mim, algumas vezes, a fazer um pequeno sprint. Assim o indivíduo fica para trás e o fumo não me chega aos pulmões. Se a pessoa me ultrapassar, geralmente faço outro sprint. Não interessa se a pessoa estranha ou desconfia do intuito - acho que não tem mal algum. Não o/a estou a proibir de fumar, apenas não me quero sujeitar a respirar o que ele fuma. A escolha de fumar foi dele, não minha. Porquê haveria de fumar em segunda mão?

A pessoa que fuma nem sabe se alguém por perto pode ter uma condição que a torna vulnerável ou muito sensível a fumos. Depois do Covid a ameaça até nem é só o fumo, mas os germes internos que quem expira o fumo de cigarro - de queima ou eletrico - pode largar e espalhar. Virus que estão "fechados" dentro dos seus pulmões são libertados para atmosfera pela boca ou nariz com o hábito de fumar e ficam a flutuar em nuvens invisíveis...

Sem saber - fui agora pesquisar sobre quando a lei do tabaco alterou em Portugal, fiquei a saber que existiram NOVAS MUDANÇAS desde 23 de Outubro de 2023.


 Não é mais permitido fumar fora de estabelecimentos públicos com salvas excepções. Será que é desta que vou deixar de levar com uma tonelada de fumo quando me aproximo da porta do Shopping? É que não consigo prender a respiração pelo tempo que preciso para ser bem sucedida... Acabo sempre a respirar um pouquinho. Se estiver de estômago quase vazio, sinto mesmo o fumo como um veneno que ficou colado na tranqueia.

Acho que fumar devia ser um ato privado. Feito numa área para esse fim, fumar só quando se chega em casa. Tal como tantas outras coisas que só se faz em casa... Fumar em áreas para esse fim, com excelente ventilação que erradique o fumo e entregue oxigénio. Quem quer manter o vício - porque É um vício, é livre de o fazer mas, tal como sexo ou outras drogas proibidas, não devia ser uma prática a coexistir com o público. Devia ser... privado. 

Ainda me lembro de viajar de comboio e metade da carruagem era para fumadores.... De que andiantava se ir fumar para o fundo, se toda a carruagem era um tubo metálico? Todos espirávamos o mesmo ar. Ao final de três horas e meia de viagem, quando pisava a rua e respirava outro ar, até parecia que nem conhecia mais o que ar era suposto ser. 

E quando trabalhei num escritório? Entrava às 9 da manhã e antes do meio-dia já não via os rostos a poucos metros de distância, só uma imensa fumarada branca ou cinza. E isto foi pouco depois do ano 2000, não foi algo do século passado. 

Com a implementação de medidas para eliminar os automóveis movidos a gasolina - começo a achar que podemos ter um futuro mais risonho - pelo menos no que diz respeito à poluição por químicos e gases. 

Quanto à poluição de ondas radio magnéticas, isso é outra coisa. 


sexta-feira, 29 de março de 2024

Bottega de limão é uma bodega

 O tipo de bebida alcóolica que toca os meus lábios ocasionalmente, são os licores e vinhos. Como o vinho do porto, a ginja, anis, creme de wisky e pouco mais que isso.

Nas últimas viagens que fiz a sair de Portugal, deu-me para adquirir, no duty-free(?) do aeroporto, bebidas espirituosas. Quem é emigrante sabe que, a coisa que mais se deseja trazer na bagagem é o gostinho do nosso país: chouriços, queijos, compotas, etc. Vinhos, sendo líquidos, só podem ser transportados no porão e nem sempre me dou ao luxo de viajar com outra mala sem ser a de cabine. Além de que vinhos, em garrafas de vidro, são altamente prováveis de se partir. 

Mas a aviação, quando se trata de fazer dinheiro, abre excepções que, de outra forma, poderiam ser encaradas como riscos de segurança. De modo que transportar um enorme pedaço de vidro contendo um líquido inflamável para dentro de uma cabine não é proibido na forma de bebida alcóolica comprada nas lojas pós-segurança.

Tudo começou com esta garrafa aqui:

Aguardente ou cachaça - era uma bebida que me despertava imensa curiosidade. Nunca tendo provado, cansei de ouvir "piadas" de que estava a beber "pinga" quando ingeria água de garrafa. Depois encontrei receitas de vários tipos que incluiam um pouco de aguardente. E fiquei com curiosidade. Mas a principal razão que me levou a adquirir esta menina aqui foi emotiva. 

"Aldeia Velha" não sei se é uma marca conhecida ou não, se é ou não um bom produto. Lembro-me de ouvir falar do nome, talvez num anúncio de TV lá nas antiguidades. Custou. no aeroporto, 22 euros. Achei um pouco caro mas, pensei que era a marca e o estar num aeroporto. 

A razão pela qual a comprei foi por me lembrar do aroma delicioso da "garrafeira" do meu avô. Não passava de um pequeno armário de arrumos onde ele depositava as suas coisas: ferramentas, utilidades e algumas garrafas. Chamavam aquilo de "garrafeira" e, como era onde guardavam os bancos extras da casa, era lá que ia sempre os buscar, quando no Natal nos juntávamos todos e era preciso lugar à mesa. Existindo seis cadeiras, o resto tinha de se sentar nos bancos de madeira. Aliás: uns tantos eram todos de madeira, outros dois eram pés metálicos pretos com um tampo de madeira coberto com um acrílico. 

O PERFUME adocicado que se fazia sentir quando se abria a porta da "garrafeira" foi algo que meus sentidos recentemente recordaram saudosamente. Sabia que meu avô gostava de aguardente e bagaço. E tinha disso em casa - embora nunca tivesse visto. Mesmo existindo uma garrafeira daquelas embutidas nos armários da sala - nunca que a curiosidade me levou a ir provar fosse o que fosse. Gostava sim, era de olhar. De imaginar quantos anos teriam certas garrafas, gostava das que tinham um formato diferente, em forma de toureiro ou outra forma criativa de trabalhar o vidro. 

Comprei a aguardente para a cheirar. Para ver se ia reproduzir o aroma da minha memória. Para trazer um pouco mais para perto de mim aquele tempo, aquele convívio familiar, meus avós. 

Cheirei e, embora tenha sim uma semelhança, não é a mesma coisa. Falta talvez a combinação que só meu avô tinha lá naquele armário onde guardava tudo e mais alguma coisa. 

Da última vez que regressei de Portugal, queria trazer algo novamente. Mas não sabia o quê. Não entendo de vinhos ou licores. Só os sei apreciar :) Sei que adoro sabores citrinos e, vendo esta garrafa de um produto italiano feito de limão, acabei por o escolher. Um pouco reticente, por ser italiano. Mas era de limão! Onde é que o limão não cai bem?  


Pois. Aqui não cai bem. Nem sei bem o que isto é. Não me soube particularmente a nada. Pareceu-me, inclusive, ser muito artificial. 

Lamentei não ter trazido um vinho do porto - mesmo um transparente que lá havia. Ou uma ginga, ou, finalmente, arriscar e provar o tão impingido licor de pastel-de-nata. 

Compro as garrafas, provo e depois acabam por ficar por aí. Até que um dia encontre uma receita para lhes dar melhor uso. 

O Bottega de limoncino é uma bodega. 
O formato da garrafa foi útil. Sendo "achatado" coube na mala de ombro mesmo esta estando cheia. Acabou por servir para acomodar meus pés sem danificar os pastéis de nata e outros snaks sensíveis. Custou 16 euros no aeroporto. Nos sites vejo mais. É no mínimo, estranho. 

adenda: Entretanto fui pesquisar e este é tido como um licor feito de forma natural e tradicional. Mas... é líquido como água. E o gosto.. nem é dos mais fortes. Embora deva, para ser justa, provar novamente para perceber melhor. Acho que deve ser bom para fazer tipo "Balleys": uma bebida de natas com umas gotas deste licor e a consistência cremosa deve conceder-lhe um paladar especial. 


quarta-feira, 27 de março de 2024

Os Santos não querem dinheiro (bom título para livro)

 

Os Santos não querem dinheiro em troca de pedidos concedidos.

Faz mais de um ano que, na igreja de Sto António, em Lisboa, pedi junto à imagem de uns tantos santos que me concedessem rapidamente a graça de ver a M. fora desta casa. Para que a harmonia e o bem estar, a normalidade, pudesse tomar o seu lugar. 

Prometi, após a graça concedida, regressar grata e colocar 10€ na caixinha de esmolas de cada um daqueles santos.

A graça nunca foi concedida. Mesmo entre envios de cartas de tribunal para que saísse daqui, mesmo com dívidas de renda para pagar, a M. permanece. E daqui não sai. Tão persistente e malévola quanto um cancro. 

Concluí então que os Santos não querem dinheiro. 
De fato, pensando bem, que bem lhes faz? Nenhum! É a PIOR coisa que se pode oferecer a um santo. Os homens da igreja é que querem dinheiro. Os santos só querem fiéis. O que o Santo quer é a bondade, a paz, e, acima de tudo, a dedicação à mensagem. Se entrasse num convento para me dedicar ao senhor, provavelmente a graça pedida seria concedida de imediato. Eu é que não ia usufruir dela. Que é o que tanto desejo. 

terça-feira, 19 de março de 2024

E no mês dos óscAres...

 Os melhores filmes que vi esta semana na vasta oferta de canais de TV foram MULHER MARAVILHA 84 - surpreendente cativante e com excelentes atuações e história e MR. BEAN DE FÉRIAS. 

Dois estilos que não são usuais de me cativar mas, diante do que tem aparecido - foi o melhor entretinimento. Soube bem! 


Melhor ponto de Mr. Bean: Quando estão a fazer chamadas para números de telefone ao calhas para ver se atende o pai do rapaz estrangeiro que Bean encontrou. Um homem transtornado atende o telefone a tocar e diz: "Beatrice é melhor dizeres que me amas ou é o fim". Bean desliga o telefone porque não entende a língua mas sabe que não é quem procura. O homem então atira-se para o rio saltando de uma ponte. 

domingo, 17 de março de 2024

Viagem pelo meu calçado

A vontade era de criar um vídeo para mostrar o calçado que guardo no armário. Mas depois desisti dessa ideia e limitei-me à foto, que passo a comentar.

Hoje fui fazer uma arrumação e acabei por espreitar o calçado guardado, aquele que nao é tão facilmente para o dia a dia ou então deu lugar a outros mais práticos.


Guardo tudo em caixas, pois acho mais prático. Talvez por isso, alguns acabaram por não serem tão usados. Mas geralmente, sapato que não magoa está sempre a uso. Se começar a ser pouco confortável ou não tão necessário, uso menos vezes. E guarda-se no armário.

A bota acima tem uns anos. De borracha, para a chuva. Porquê não uso? Porque, se bem me lembro, magoa o calcanhar e faz o pé suar. Só apetece descalçar. 



Quando abri a caixa e os vi, até perdi o fôlego por uns instantes. São lindos!!! Fazem lembrar um rendilhado delicado. São de borracha mas a delicadeza e originalidade do formato supera o que geralmente se pensa da borracha. Seria algo para usar num casamento, numa festa... com um vestido simples de renda de algodão, a condizer.

Só que não. Quando enfio o meu pé neles, transforma-se no pé das filhas da madrasta da Gata Borralheira. Uma monstruosidade enorme, volumosa, que não combina com a delicadeza do sapato "de cristal".

Com muita pena minha, até nos pés não posso usar aquilo que realmente me aprás.

Foram comprados por mim talvez à 11 anos. Na altura em que estavam a surgir muitos sapatos de borracha perfurada em padrões- a maioria até feinhos - o material gerando uma certa reprovação geral.

Estes porém, fazem boa figura e não acusam logo o material à vista. Parece renda delicada.


Sou muito difícil para deitar coisas fora. Mas quando notei que estas "sabrinas" se desfaziam, ia deitá-las no lixo. Até que as coloquei no pé só para relembrar o quanto apertavam. 

ENTRARAM QUE NEM UMA LUVA.

De um conforto que não estava à espera. Recordo-me de uns castanhos que apertavam tanto desde os dedos dos pés ao topo do calcanhar e a cada passo esentia cada pedra no asfalto.... que coloquei de lado.
A desfazerem-se ao toque - lembrei-me que deviam de ser de pele genuína. Ia deitar fora mas depois de senti-os tão confortáveis no pé, o que é tão raro, já não fui capaz. Voltaram para a caixa. A ideia é, um dia, ansiosa por satisfazer a minha veia para transformar, reaproveitar e criar, possa aplicar um material por cima deste e transformar os "chanatos" para os voltar a usar.


De seguida surgiram uns vermelhos.


Pouco usados, mais recentes, não recordo como me tratam os pés. Mas lembro-me de os ter comprado por insistência de minha mãe, que me dizia que eram de pele, por isso eram bons.

 

A primeira coisa que me saltou à vista foram os rasgões na lateral. Devem mesmo ser de pele, porque a falta de cera ou da aplicação de qualquer produto para os manter resultou na secura e craquelar do couro.


Uma pena, porque praticamente não têm uso.

Depois surgiram uns ténis que tenho mesmo de voltar a tentar usar.

São de "pele falsa", não são de tecido denim como aparentam ser. Os atacadores não são de atar. São elásticos e expandem. Os ténis calçam-se como sapatos. 


Devo tê-los comprado por volta de 2008... 2010. Acho.  Ainda tenho mais calçado que guardo noutro guarda-vestidos. Umas botas a que chamo "a cowboy" que lembro de ter comprado por volta dos 16 anos na sapataria local do bairro onde deixei de morar aos 17.  Uns sapatos de pele com atacador e sola "à antiga", daquelas de couro, que costumáva-mos ver os sapateiros preparar numa máquina e pregar debaixo do sapato. O cheirinho bom da oficina do sapateiro.... até mesmo quando aplicava cola. Saudade! 

Uma profissão que espero que ainda exista nos moldes tradicionais, ricos de tanto saber e conhecimento.



Tenho mais calçado. Nestas caixas, também estão uns chinelos e umas pantufas daquelas com a figura de um animal. Originárias do início, quando viraram moda. Anos 90? Nunca usadas a pesar de adoradas. Porque assim que as vi percebi que nâo eram para se usar numa casa com carpete, tijoleira e pequenos pêlos ou migalhas. Senti que eram para quando tivesse a minha própria casa. Onde o chão só seria pisado por elas se livre de qualquer cabelo caído, etc.  Até escrevi isso na caixa.

Não sou fanática por calçado, roupas, jóias... nunca fui. Nem nunca tive muito. Parece que sim, porque quase tudo o que possuí que ainda esteja em bom estado é para guardar.  Sou pessoa para usar. Não vou por modas. Não descarto sem mais nem menos para comprar novo. Não compro a cada estação do ano nem deito fora o comprado na anterior. Não faz sentido isso. Gosto de verdade das coisas. Se as compro é para as usar. Toda a vida, não apenas por uma temporada. Aprecio cada uma pela história. Se possuirem caracteristicas que nao encontro em mais lugar algum, acho-as ainda mais valiosas por agora serem também um testemunho de outros tempos. O chamado agora de Vintage e que é re-etiquetado por um valor de alta classe priveligiada, .a condizer com o novo status.

E vocês, o que acham disto?






quinta-feira, 7 de março de 2024

As fotos de Instagram

 

Se as fotos do instragam falassem, iam contar histórias bem opostas daquilo que mostram. 

Iam contar, por exemplo, como os intervenientes "enxotam" as pessoas que estão por perto, para poderem tirar a foto "perfeita". A foto que, segundo a turista (?) brasileira que me abordou hoje, é só "uma foto rapidinho e você pode ficar à vontade".

Cinco minutos depois, a UMA foto ainda continuava. E eu, que saí do enquadramento sem terminar meu vídeo porque ela e amiga estavam dizendo "Saiu uma senhora aí detrás". Ao que a outra respondeu "Quer que eu faça cara feia?". A outra diz, para me pressionar: "Vamos esperar a senhora sair aí detrás". Eu, que estava encurralada por elas que naquela imensidão de espaço lindo com tanto ângulo para se tirar foto, foram exatamente vincar raiz onde eu estava, respondi: "Não vou sair não. Tou esperando vocês saírem" - risos. "Tou fazendo um vídeo e quero gravar" - disse, sem acrescentar que o que se estava a escutar ao invés do som ambiente, era as vozes delas. Mas ao mesmo tempo que digo isto, já estou a sair. A que segura o celular e tira retrato, me diz que é rapidinho, "uma foto só". "Depois você pode ficar com tudo à vontade". Apesar de já terem tirado umas 10 fotos, com pose bonitinha - que eu vi, ainda assim cedi. Fiz a gentileza de me afastar da zona onde cheguei dois minutos antes delas e estava a fazer um vídeo para que pudessem tirar a sua UMA foto. Era só uma, certo? E "rapidinho". 


Me afastei, afastei, fui para a esquerda, para a direita, para o cantinho... Tinham passados cinco minutos e as duas ainda estavam tirando a sua "UMA" foto. A tal que era "rapidinho". Olhei à volta. Um espaço tão amplo. Com um idêntico cenário no lado oposto. Só lá estava eu até elas aparecerem. Porquê tinham de ir tirar retrato exatamente onde eu estava? Caramba. Parece encosto. Quero estar sossegada e aparece gente grudenta. 😄😄 Podiam ter ido tirar os retratos noutros cantos primeiro, ou esperassem eu sair e depois seria sua vez de tirar as fotos que quisessem. Quem chegasse depois teria de esperar também. É simples cortesia. 

Mas esta moda das fotos do instagram terem de ser perfeitas... Com a luz, a posição do corpo, cada fio de cabelo e sabe-se lá mais o quê, as duas me enxotaram dali para fora e demoraram para tirar UMA foto. Aquilo que antigamente seria um "click" seguido de um "obrigado", agora é uma imposição que mais parece uma mini produção de moda. 

Fui embora, não sem antes declamar, à distância, para o meu vídeo, o tão de espaço que existe ali e elas tinham de ir as duas se colar a mim. Acho que, à distância, a "fotógrafa" ouviu ou estava a prestar atenção, porque começou a barafustar. Ficaram sozinhas com o espaço todo para elas, para tirarem todas as fotos que quisessem. 

E assim percebi que o meu estado ZEN - alcançado neste primeiro dia de férias, seria facilmente perturbado por mesquinharias. Ainda não é a altura certa de sair para a rua. Também com este tempo... não tive muita sorte com as temperaturas. Esta vinda a Portugal - é algo que sabe sempre bem. Mas também me esgota bastante. Preciso me isolar para ter a paz e sossego que necessito e o ambiente familiar não providencia. Tenho três dias para isso. O resto, não vai ser pacífico. Não faz parte do ADN relacional familiar. 

terça-feira, 5 de março de 2024

DILEMA: Em quem votar?

 

É que só sei em quem NÃO votar.

Opiniões, sff.