terça-feira, 18 de julho de 2023

Natureza que cura e regenera

 

Hoje "fugi" de casa. E das preocupações que têm me assolado. 

Tive uma situação estranha no trabalho. Estou a temer conspirações no emprego que visem a minha rejeição. E isto é o tipo de coisa que me corrói por dentro. Tento esquecer e focar-me noutra coisa. Mas na realidade nao tenho nada agradàvel na minha vida no que me possa refugiar dos pensamentos depressivos ou pessimistas.

Os genes de minhã mãe vão tomando mais espaço em mim à medida que vivo mais tempo.

Em casa não consigo ter um momento de descanso,  vivo numa espécie de prisão domiciliária, restrita ao meu quarto. É uma situação que também està a dar cabo de mim. Cada vez mais. Fico irritada a cada som, alerta aos da M, que persegue-me assim que abro a porta do quarto.  Todo o instante, é assim que vivo. 

Trabalhar para mim é tudo. É onde posso ser feliz. Enquanto outros anseiam pelo instante de voltar a casa, eu anseio por trabalho.

Para me ajudar psicologicamente, desabafo os meus problemas nos actuais substitutos de um diário: vídeo e som. O importante é registar e desabafar.

Depois não consigo me desfazer deles. Acabo por os guardar. Tenho tantos que nao ha telemovel, computador, disco rigido, sd card que nao esteja a explodir com eles. Estou permanente sem espaço. Não tenho espaço agora!

Vim refugiei-me na Natureza.

E logo isso me fez sentir melhor! Se Deus não existir como homem ou entidade, ele/a é vida. É a mãe natureza e este todo do qual fazemos parte.

Pelo caminho até um parque, quando ia para atravessar uma pequena estrada secundária até então sem movimento, um carro pára a minha frente bloqueando-me a passagem e, assim, quebrando a cadência e ritmo da minha passada. Sinto logo aquela "irritação". Ao volante, o homem faz contacto visual comigo, esboça um sorriso e faz um cumprimento movendo a cabeça para a frente.

De imediato sinto-me a mudar. Para algo que é como quero ser e me sentir sempre. Talvez a minha T-shirt a dizer "Tenha um.bom dia" tenha despoletado no senhor a impressão de que estava alegre. 

No local onde vivo as pessoas não mostram simpatia ou cordialidade desta maneira. Pelo contrário: são rudes, na sua grande maioria. 

Sinto falta de simpatia. Já não a demonstro a estranhos porque estes não a mostram a mim. Como tal "fugi" para uma cidade costeira. 

De imediato percebe-se que as pessoas sorriem à passagem de um estranho, são afáveis, simpáticas, descontraidas, felizes, passam o seu tempo de forma mais produtiva. 

Estou num parque onde adolescentes jogam basquet, ténis e fazem exercício.físico enquanto onde vivo só os vejo fumar e tomar drogas. 

Estou desalojada com o que me identifico mais. Em todos os sentidos. Não sei mais se sei me "comportar" entre os mais civilizados, os simpáticos, interessados, honestos, transparentes. 

Assim que cheguei, fui ao jardim das "rochas"..Jardim todo florido, com uma serpente de pequenas cascatas e um lago com nenufares e peixes. 

Depressa perdi o pouco espaço que tinha no telemovel. Tinha de apagar alguma coisa. Não hesitei: apaguei os meus "desabafos". Coisa que jamais conseguiria fazer mamtendo-me na atmosfera onde vivo. 

Mas aqui, no meio da natureza, entre gente respeitosa, sinto-me bem. Pertenço mais a ligares como este do que aos lugares onde fui parar.

Vejam esta natureza. Tem poder curativo.









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