Ultimamente novas colegas de trabalho falam-me dos filhos e quando lhes pergunto que idade têm, respondem todas:
- "Dois anos".
Mal sabem elas que é a idade mais incomodativa para eu ouvir.
Se fosse três, quatro, um... mas é DOIS.
Podia ter acontecido comigo. Exatamente à dois anos. A acontecer teria sido então - a última oportunidade. Não que o quisesse na altura, mas certamente teria acontecido se a coisa seguisse o rumo que estava a tomar.
Como sempre, algo abrupto interrompe algo que ainda está a brotar. E aquilo que percebi poder vir a caminho, parece que EXPLODE na estratosfera antes de me alcançar, dividindo-se em milhares de pedacinhos, e vai cair em pessoas alheias que mais tarde aproximam-se de mim.
Tem sido assim. Destino interrompido. Na altura reflecti sobre essa possibilidade. Nenhum de nós queria filhos (ele perguntou-me várias vezes, porque será?). Percebi que, ao contrário do que acreditava e na altura queria, teria ficado inundada em felicidade. Porque gerar um filho fruto de um amor ia ser demais. Descobri que é assim que se descobre que se ama alguém.
Nessa altura, inesperadamente, a filha de uma amiga que supostamente não devia ter filhos, ficou - sem o desejar, grávida. São os tais pedacinhos da explosão a atingir outros...
Não queria, não contava, não esperava, temia - foi um choque. A mãe ficou furiosa. Eu achei que ia ser a melhor coisa que estava para acontecer na vida daquela família. Dois anos volvidos, ao que saiba, está tudo bem e todos adoram a criança, que é linda e saudável.
A rapariga que cá apareceu em casa com um filho... adivinhem lá a idade que a criança tem.
Venham até mim, então, as crias alheias com dois anos, ahah.
O Amor é lindo. Saber vivê-lo é sublime. Belo poema de amor. Votos de um FELIZ NATAL, extensivo à família e amigos/as.
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Cumprimentos natalícios.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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