Ainda não retomei o hábito da leitura de livros.
Andava a ler um seguido de outro desde o início deste ano. Numa média, suponho, de um por mês. Parei, quando se deu o desastre do "Titanic". Não conseguia. Não tinha ânimo, não tinha como me concentrar. As letras juntavam-se e formavam palavras, que o meu cérebro lia, página após página, sem nada interiorizar, por estar mergulhado em sofrimento e buscas por entendimento.
Quase quatro meses... sem ler livros.
Tentei. Tenho uns quatro iniciados.
Só um, recentemente, pareceu-me bom o suficiente para me devolver a vontade de ler mais.
Mas ainda não lhe toquei.
É preciso disponibilidade para ler livros. Não só de tempo, mas de tranquilidade interior.
Quando esta foi violentamente atacada, não houve nada a fazer. Provavelmente aparentava estar bem. Lembro-me de conversar ao telefone sem nada dar a entender, de ser cortejada sem nada dar a entender, de até falar como se estivesse bem.
Mas chorava. E por dentro, desesperava. Até a vontade de comer desapareceu.
Mas chorava. E por dentro, desesperava. Até a vontade de comer desapareceu.
Lembro-me de ter um pacote de bolachas cracker no quarto e forçar-me a ingerir ao menos aquilo, por uma noção ténue de necessidade. Ia trabalhar sem nada no estômago e voltava sem nada no estômago. Foi assim por cerca de uma semana, até que forcei um hamburguer a descer pela boca.
Foi mesmo mau.(Não merecia).
Mas a leitura ajuda a ultrapassar essas fases...
ResponderEliminarSou da opinião do Pedro. Pelo menos a mim sempre me ajudou muito. Ainda este verão quando o meu marido sofreu o AVC, a leitura foi uma companhia e um consolo.
ResponderEliminarAbraço