Metereologia 24 h

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quarta-feira, 4 de dezembro de 2019

Leituras adiadas por causas maiores


Ainda não retomei o hábito da leitura de livros.
Andava a ler um seguido de outro desde o início deste ano. Numa média, suponho, de um por mês. Parei, quando se deu o desastre do "Titanic". Não conseguia. Não tinha ânimo, não tinha como me concentrar. As letras juntavam-se e formavam palavras, que o meu cérebro lia, página após página, sem nada interiorizar, por estar mergulhado em sofrimento e buscas por entendimento. 

Quase quatro meses... sem ler livros.
Tentei. Tenho uns quatro iniciados.
Só um, recentemente, pareceu-me bom o suficiente para me devolver a vontade de ler mais.
Mas ainda não lhe toquei.
É preciso disponibilidade para ler livros. Não só de tempo, mas de tranquilidade interior.

Quando esta foi violentamente atacada, não houve nada a fazer. Provavelmente aparentava estar bem. Lembro-me de conversar ao telefone sem nada dar a entender, de ser cortejada sem nada dar a entender, de até falar como se estivesse bem.

Mas chorava. E por dentro, desesperava. Até a vontade de comer desapareceu.  
Lembro-me de ter um pacote de bolachas cracker no quarto e forçar-me a ingerir ao menos aquilo, por uma noção ténue de necessidade. Ia trabalhar sem nada no estômago e voltava sem nada no estômago. Foi assim por cerca de uma semana, até que forcei um hamburguer a descer pela boca.

Foi mesmo mau.
(Não merecia).

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Tatuagens Brancas


Aqui há  uns meses deixei entusiasmar-me no blogue de uma pimenta qualquer-coisa sobre um tema relacionado com tatuagens. Disse, na altura, que sou algo vanguardista no que respeita à arte de enfeitar o corpo. E mencionei as tatuagens brancas.

O que são? Já lá vou.
Para já, na minha opinião, são mais elegantes. E discretas. O meu «problema» com as tatuagens convencionais, na realidade são DOIS «problemas». Primeiro: é permanente. Não gosto de rabiscos permanentes porque os gostos alteram-se com o tempo e por mais que um tatuado pretenda convencer-se de que se sente bem com algo que fez há muito tempo, a percentagem dos que procuram cobrir velhas tatuagens com novas, imagino que seja elevada. Só não é mais porque o processo é caro e nem todos podem ir já a correr disfarçar o rabisco.

O segundo «problema», é que o que ficou convencionado como tatuagem, a técnica e o resultado, não me atrai. Desenhos, ora pintados a cor ora a preto e branco. Acabam por se tornar grafittis na pele. Acho giro com caracter temporário. Uma brincadeira, algo para combinar com um estado de alma, com uma estação do ano, com umas peças de roupa ou evento. Mas uma coisa destas permanente? Enjoa.


No meu entender, são poucas as pessoas que ganharam direito a marcar o seu corpo de forma permanente. Claro, todos têm esse direito. Mas refiro-me a algo conquistado a nível espiritual. Vejo pessoas a se tatuarem por tudo e por nada, achando sempre que terem tido um filho é motivo, como se a humanidade não existisse há milénios porque todas as mulheres antes fizeram o mesmo. Ou terem perdido um parente é motivo, como se a humanidade não convivesse há milénios com a perda de entes queridos. Ou tatuam-se porque estão extremamente apaixonados, como se Romeu e Juliena ou Adão e Eva já não lhes tivesse ensinado uma lição... 

Que interesse pode existir (no meu entender) em marcar o corpo, se a alma não estiver a transbordar de marcas dolorosas? De suplantações? No meu sentir, faz sentido marcar o corpo num acto de sobrevivência extrema. "Sobrevivi" a uma penosa batalha de vida... Ou destrui muitas vidas e vou marcar-me...  Uma espécie de penalização por o mal praticado. (Não dizem que as tatus se popularizaram na prisão? Pois. Faz sentido que um assassino queira tatuar-se). Acho que se fazem tatuagens hoje em dia com demasiada banalidade. Só porque sim.

Nada contra - repito. Mas no meu entender nenhuma banalidade ou evento corriqueiro natural do ciclo da vida me levaria ao acto. Acho que qualquer marca no corpo tem de ser GANHA. Entendo os guerreiros, antigamente. A sobrevivência deles e do seu povo dependia de diversas batalhas.  A vida não era uma coisa garantida, como é hoje. Entendo essas marcas, esse lado espiritual. Hoje não entendo. Trabalha-se numa secretária num escritório... as «batalhas» são outras e a vida é garantida, até o factor «morte» surpreender.



Se o objectivo é estético, então eu optaria sempre por outro tipo de marca que não a tatuagem convencional. Como por exemplo o corte para deixar cicatriz ou tatuagem com tinta provisória ou de decalque.

Bom, a «tatuagem branca» ainda não é muito divulgada e varia. Mas, pelo menos nas peles brancas e não negras, ficam, no meu entender, melhor que as outras, sempre com contornos pretos. Deixo-vos aqui uns exemplos bem diferentes. Ah, e afinal, podem brilhar sob a luz ultra-violeta...