domingo, 26 de julho de 2015

Sete e meia da manhã...


Abro totalmente a janela, para que o ar fresco deste dia de domingo invada o quanto antes a casa. Um pássaro passa rapidamente a voar e a piar. Oiço somente um barulho, ligeiro, ritmado... perto. É o som do vento a passar nas folhas da grande árvore do outro lado da avenida.

Que privilegiada me sinto! É raro viver no meio de uma movimentada cidade e apanhar um instante como este.

Apuro os meus sentidos. Adoro sentir o silêncio. O som da vida e mais nada. Sei que é uma quietude rara e que em instantes será rapidamente interrompida pelo rugir dos barulhos da cidade: automóveis. E me espanto. Como pode estar tão silencioso? Nem um som mecânico ao longe, vindo da rotunda, do túnel, trazidos pelo vento... nada. 

Quinze minutos se passam e enquanto escrevo este relato, os sons que chegam pela janela são mais agressivos e distintos: são os de automóveis. Um instinto levou-me a levantar e espreitar. Já existiam carros estacionados à beira da estrada e cheguei à janela mesmo a tempo de ver o primeiro condutor que gosta de estacionar no passeio. Lá ficou o automóvel, na calçada. Em breve, toda ela vai estar repleta. Mas mais para o final da tarde, talvez, quem sabe, todos se vão embora e os pássaros e o vento voltem a ser os sons que predominantemente se escutam lá fora. 

A cidade a um Domingo, é o paraíso!
A um domingo de um mês de férias, costumava ser quase um deserto.

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