Metereologia 24 h

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sexta-feira, 27 de março de 2020

A minha Rebecca portou-se mal!


Devem estar lembrados de um post onde mencionei que uma forma de ultrapassar a dor que sentia pela ausência de uma certa pessoa era dedicar-me mais a ser amiga de outras. Nesse texto mencionei uma nova colega de trabalho, que se «grudou» a mim como se fossemos muito íntimas. Senti-a sozinha, mas também mencionei que ela chamava a atenção dos homens e flirtava com eles.

Isso foi o quê? Há duas, três semanas no máximo!

Pois a rapariga, casada, quarentona, já mergulhou de cabeça, corpo e membros em problemas, por ter tido sexo com um homem que conheceu lá. Não me quis contar detalhes - quer fazê-lo pessoalmente, mas nesta altura do Corona e sabendo eu que qualquer um pode ser transmissor, eu quero escutar a sua história, mas sem os abraços e proximidades que ela gosta de demonstrar. 

Perguntou-me à pouco se, por tudo o que me contou, eu tinha mudado de ideias sobre ela. Ideia... Mas a ideia com que fiquei é que ela gostava de seduzir todos os homens. E foi o que ela fez. Não sei bem o que aconteceu porque, pelos vistos, ela tem um pouco de paranóia e recusa-se a falar das coisas com detalhes ao telemóvel. Ou então teme que o marido lhe tenha colocado aqueles dispositivos que espiam os aparelhos e, inclusive, deixam escutar as conversas.

Ela conta-me que receia estar grávida, todos os problemas matrimoniais que a assolam naquela semana e na próxima, problemas laborais e, agora, este mais específico.

Não me custa emprestar os meus ouvidos e tentar, dentro das minhas muitas limitações, aliviar um pouco o sofrimento em que se enfiou. Mas fico a matutar se é sensato de minha parte deixar os dramas dos outros fazerem parte das minhas rotinas. 

É um defeito que tenho, estar ali para escutar e tentar ajudar pessoas que desabafam os seus problemas comigo. Muitas vezes elas fazem isso mesmo e, depois, é como se não me conhecessem mais. Por vezes devia deixá-las lá com os seus problemas e ficar só com os meus. Parece que essa não é a minha natureza. O que pode trazer-me muito sofrimento. Ele começou assim. Surgiu todo "torcido", mudo e calado, depois foi ficando querido, atencioso, acessível e eu apaixonei-me. Subitamente ele regressou à forma original. Não quero mais disso.


Update: Entretanto, esta madrugada os nossos turnos cruzaram-se e enquanto nós as duas falávamos no meio do armazém, um colega com quem nunca falei chama-me pelo nome. Ele ainda trás a roupa de rua vestida, um longo casaco preto, o que me indica que chamar-me é das primeiras coisas que fez. Diz-me, num tom de ordem: "Dá-me o teu número de telemóvel antes de te ires embora". Senti-me confusa. E perguntei-lhe: "mas... o que fazes tu aqui dentro?". Porque sei que ele não é gerente nem ninguém com autoridade para decidir quem vai chamar para trabalhar mais horas e é para isso que nos pedem o número de contacto. Ele repete a frase e fala com autoridade. Não faço qualquer intenção de lho facultar, mas aquilo fez-me suspeitar que era ele o tipo com quem ela anda a ter sexo. A sua intenção ao chamar-me até perto dele, foi só enviar uma «mensagem» indirecta à pessoa com quem eu estava a falar. Ao invés de a chamar a ela, chamou-me a mim, para quebrar a interacção que estavamos a ter, para se certificar que ela não abre a boca a ninguém e fazê-la recear o seu "poder". Chantagem, coacção... LOL.

Sinceramente, não sei como uma mulher daquela idade pode meter-se em tantos sarilhos num tão curto espaço de tempo. O problema é que chegou ali e andou a "oferecer-se". Muitos devem ter ficado com essa percepção e, claro, aos que lhes falta bom carácter vêm ali uma oportunidade a agarrar. Será que ela não percebe realmente que tem essa atitude? Vai trabalhar para um local cheio de homens, muitos deles básicos que dá dó, vestindo roupas justas que lhe salientam as formas femininas para onde os gajos gostam de olhar (e eles olham e ela percebe) com todos sem excepção inicia conversas sempre a ostentar um sorriso de 25 quilates, nunca a vi prender o cabelo, trabalha sempre com ele solto e a todos sem critério algum, pergunta como pode ter "mais horas", porque precisa, porque está desesperada, porque tem problemas em casa e quer mesmo muito trabalhar... Pessoalmente eu não sou de ir chorar as minhas tormentas e tragédias como meio de mendigar favores. Acho que não resulta, não é forma de se conseguir coisas. Primeiro mostra-se trabalho, capacidade, depois vê-se no que pode dar. Achava exagerado da parte dela fazer isso com praticamente tudo o que era colega ali dentro - mesmo os que em nada a podiam ajudar. Mas cada qual é como é.

Ela diz-me que nunca fez isto na vida, nem quando era adolescente. Eu não acredito. Acho que já o fez muitas e muitas vezes. E não entendo porquê se sente entre a espada e a parede com o gajo. Jamais ia ceder às vontades de um tipo por quem não me sinto apaixonada, ao ponto de deixar de ter autonomia, só porque dormimos juntos. Bem que ela me disse: "Portuguesinha, tu não sabes o que eu tive de fazer para conseguir este trabalho". Se calhar até faço uma boa ideia.


Eu não me prostituo por trabalho. O meu número de telemóvel não o dou a ninguém. São poucos os que o têm e aqueles que o têm, são apenas três pessoas nestes quase dois anos e são as pessoas certas. Ainda assim, ainda não o dei ao gerente principal, com quem simpatizo e com quem troquei poucas palavras humorísticas. Ontem ele chamou-me e colocou-me a executar uma nova função, no departamento dele. Ainda assim, ainda não lhe fui pedir mais horas. Tinha intenções disso, caso regressasse a uma situação precária em que aquele voltava a ser o emprego que me daria o único rendimento. Mas na altura estava também noutro a tempo inteiro. Agora com o CORONA VIRUS, a realidade é que a carga laboral AUMENTOU. Esta madrugada mandaram-me para casa mais cedo, porque perceberam que acumulava dois turnos e não é permitido fazer mais que 13h seguidas. A semana passada fiz algumas horas acima do habitual e percebi que ganhei praticamente o mesmo valor que estava a receber no meu full time de 40h.



Acho que vale a pena aproveitar que nos facultam turnos de 8h ao invés dos habituais três. Sim, o Corona está lá fora, ameaçador. Tenho muito receio - mais porque vejo as pessoas a passear quando lhes pagam para ficar em casa de quarentena - do que pelo virus em si. Saio à rua toda equipada, da cabeça aos pés. Quando regresso, lavo a máscara de rosto que é reutilizável (mas penso que não em situação de virus porém... quem pode usar uma máscara por dia???), toda a roupa, desinfecto todos os lugares onde as mãos enluvadas tocaram, tento limpar até o saco em plástico que levei para transportar alimentos e guardar o casaco após o despir.

Tudo isto dá uma carga de trabalhos...
Por isso, não quero mais pegar os turnos pequenos. Muito risco apenas por trocados. Quero resguardar-me o máximo que conseguir. Estou sozinha neste país. Ninguém para me acudir caso a coisa dê para o torto. Ainda assim vou, com coragem e equipada o melhor que conseguir, trabalhar. Prefiro assim, faz-me bem. E é bem melhor do que estar a "brincar à quarentena". É dessa gente que tenho medo. E é só com esse tipo de gente com que me posso cruzar ao sair de casa a caminho do trabalho quando foi decretada a obrigação de Ficar Em Casa. Gente que não se rala, que provavelmente já tem outras doenças e mais uma não as atemoriza, gente que contagia outra gente.


E lá estavam quatro homens feitos, todos juntinhos na avenida principal, deitados na relva, a fumar e a apanhar sol. E o grupo de ciclistas todos vestidos com roupas desportivas e mochila às costas, que decidiram ir dar uma voltinha pela cidade? Ah, ingleses... cumpridores dos seus deveres! (Not!).

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Ir de boleia para o emprego


Queria apanhar a boleia com o cabelo solto. É tão rara a oportunidade de andar com ele dessa forma. Mas não vou. Porque ele gostou de me ver assim e já me enviou uma mensagem a dizer que sou engraçada e o faço rir.

Não vou cair nessa novamente. Nem dá.
Ele não é o outro e, se alguém mais aparecesse, tinha de possuir algumas características que todos os que me apanharam o coração tiveram em comum. O que é raro de aparecer. E mais raro ainda, encontrar quem tenha esse denominador comum e não seja cruel na sua natureza.


quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Experiências no OLX - parte 1


Estava a recordar...

No passado cheguei a anunciar em sites de compra e venda produtos para os quais não tinha serventia. Nunca usei perfumes, por exemplo. Por isso tinha alguns no armário, novos, por abrir. E pensei: 'porque não'? 

Como era inexperiente como uma pedra quando fui experimentar isto, acabei por colocar um user name. Gostei e deixei ficar. Aliás, acho que é sempre a melhor opção para o universo online- já agora. Gostei e mantive-me fiel a ele. O nome de user é uma sigla, portanto, não tem género. 

Quando alguém me contacta, às tantas percebo que desconhece o meu género. E isso me agrada. Confere à comunicação um tom neutro e verdadeiro. Mas quando chega o momento de combinar o encontro ao vivo para se trocar os artigos, quem sou e o nome que tenho acaba por ser revelado.

Pela reação de algumas pessoas, percebo que isso faz diferença. E fico... não digo possessa, mas incomodada, sem dúvida. Já não é um, nem dois, nem três. Quando quem me contacta é homem, enquanto não sabe que não está a falar com outro igual, é uma coisa. Assim que sabe que do outro lado está uma 'menina', muda o discurso escrito como se de repente existisse alguma intimidade. Antes direto ao ponto e sem rodeios. Depois, com elogios e pedidos de número de telefone, junto com algumas piadas.

Eu sei... Eu sei... O género masculino não pode ver um par de pernas mas.... Neste contexto é um pouco louco, não?? Só podem estar a fabricar uma fantasia. A imaginação deve estar a idealizar do outro lado uma rapariga sexy, jovem, e pronta a flirtar. Imagino que estejam a torcer por uma Pamela Anderson com 20 anos, uma Sharon Stone. Será que nunca pensam que pode ser uma avózinha??

-fim da parte 01-




segunda-feira, 16 de março de 2009

Homens: a verdade

Crueldade não é nome de mulher. É nome de homem.


Agora que convivo num meio de trabalho pequeno, sexualmente igualitário, cheguei à conclusão que tudo o que a ficção projecta para a sociedade sobre as características dos géneros, é, há semelhança de tudo o mais, uma miragem.


É mentira que as mulheres aproveitam a hora do almoço para falar de homens ou falar mal de quem invejam. Já os homens, só sabem falar de mulheres. E não necessariamente bem. Falam delas como coisas para usufruir. Pedaços de carne, que comparam e analizam in loco, tal como a exterminador, do filme com esse nome. Máquinas, computadores, que fazem um "scanner" com o olhar e tiram as suas maliciosas conclusões.


No ambiente de trabalho, são uns grande "cabrões". Além de trabalharem pouco, embora aqui não possa generalizar, generalizar posso ao dizer que fazem de tudo para atrapalhar o trabalho alheio. Ou seja: sabotagem. Fazem sabotagem e guerras psicológicas. São agressivos e fazem ofenças verbais. Também são maus a trabalhar em equipa. Existe sim, um laço entre o género, mas este não significa que não descaquem uns nos outros na ausência de um deles. Portanto, não generalizem estas características como sendo femininas!


Mulheres: não permitam os ataques ao nosso género. Não aceitem que se generalizem coisas. Somos mães, somos generosas, somos maternais. Somos fortes e ao mesmo tempo queremos ser protegidas e amadas. Adoramos ser respeitadas. Não somos "cabras" nem "oferecidas". Não deixem, novamente, que os Homens nos difamem, dizendo o que lhes convém e nos reduzam à maldizente vulgaridade!