Metereologia 24 h

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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Junto por Todos - concerto solidário angariou 115300000


Bem, acabei por não assistir adequadamente à prestação de Salvador Sobral no concerto solidário de ajuda às vítimas e região de Pedrogão Grande. Isto porque, quando Pedro Abrunhosa ia para dizer algo "muito importante" na TSF, a emissão começa a ter problemas e fica... muda. E muda está até agora, que o concerto já terminou mas a emissão de rádio continua.


Lamento imenso que tenha ficado muda... Porque queria escutar as opiniões dos radialistas após esta afirmação de Salvador Sobral durante o concerto: «Eu sinto que posso fazer qualquer coisa que vocês aplaudem. Vou mandar um peido e ver o que acontece».


É que consegui sintonizar a RTP e a TVI uns instantes antes dele dizer isto. Vi o final da prestação. Primeiro quero dizer que esperava e preferia que ele tivesse levado para este concerto outra música que não a do festival da Canção. Entendo mas esperava algo mais «do coração» dele, algo mais emotivo e mais singular. Depois, acho que lhe faltou um tadinho da emotividade que ele já demonstrou saber sentir. E quando ia lá, subitamente descia novamente «à terra». 

Por fim, tenho de «responder» ao Salvador que ele está muito enganado. Nenhum «herói» ou santo atinge o topo e fica lá para sempre. Ele que «apronte» muitas para ver se não cai... De herói Nacional a pessoa detestada pode ser um caminho feito num ápice.


Entendo-o. Entendo que perturbe e incomode tanta celebridade e tanta adolação. Eu também sou um pouco assim. E até aprecio a forma como ele diz o que pensa. Mas tem de se ter um pouco de mais controlo e sentido de oportunidade. Dizer isto num concerto de solidariedade não é o melhor local, digamos assim. 



E se não me enganei, o concerto angariou 1153 mais CINCO zeros!!
Aqui volto a relembrar as palavras de Carlos do Carmo: o importante está em saber como e para onde vai o dinheiro angariado. Que os portugueses são solidários - acho que este tragédia define bem a questão. E de que maneira!!

Se pedissem dinheiro para acabar a crise da mesma forma, acho que Portugal saia do buraco sem que fossem necessários aqueles terríveis anos de governo de Passos Coelho, com tantos cortes e tantos impostos.


1h03m: Sintonizo a Rádio Comercial. Gosto do que oiço. Falam da cooperação entre as rádios, do grande momento que foi este concerto e do quanto gostaram de se juntar, gostaram desta cooperação entre rádios e que foi uma experiência que querem repetir. Frisam novamente que a rádio é o meio mais democrático que existe. Todas as rádios juntas por todos. Dezenas de técnicos e produtores... Adoro isto. Adoro esta solidariedade, esta união. 

É aqui na rádio Comercial, às 1h03m, que fico a saber que este concerto Vai dar disco - diz o locutor, apontado como fonte Maria Liz.

E imediatamente pensei: «Se vai dar disco, aposto que "vou dar um peido a ver o que acontece» será excluído» Kkkk.


1.153.000.00´

Um milhão e 53 mil euros, é o valor angariado no concerto desta noite - esclarece a Rádio Comercial. 

terça-feira, 27 de junho de 2017

EM direto, do Meo Arena - concerto solitário


Curiosa e com vontade de ver o concerto solitário realizado para angariar fundos para ajudar a região de Pedrógão, que há uma semana sofreu um forte incêndio que ceifou de forma dantesca 64 vidas humanas, procurei a transmissão do mesmo online.

em direto: «Luis Represas e João Gil»

Alegremente surpreendida com a quantidade de links online com transmissão em direto: TSF, RTP, SIC, TVI.

TSF: direto em formato rádio: entrevistados e muitos depoimentos. Mais uma vez, gostei de ouvir Carlos do Carmo - o entrevistado no momento em que sintonizei a TSF. 


em direto: «Jorge Palma e Sérgio Godinho» (Portugal, Portugal)

Ele não diz aquelas «balelas», aquelas ideias-chavões. Ele pensa e emite opiniões. Reflectidas e não gratuitas e que «ficam bem». O que não gostei: eu sei que tem de ser assim - ossos do ofício - mas não gostei da forma como tentaram lhe cortar o discurso. Lá conseguiram o interromper numa pausa da sua respiração e subitamente alguém lhe pergunta algo assim:
-"Então acha que se deve fazer, agir, e mudar alguma coisa?"

O que é que a maioria das pessoas responderia?
O standart. O que estamos habituados a ouvir e o que esperam que digamos:
-"Sim, tem de se fazer alguma coisa, alguma coisa tem de mudar"....


em direto: «Jorge Palma e Sérgio Godinho» (Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida)

O que é que Carlos do Carmo respondeu? Nada disso!
Ele assumiu-se como uma pessoa não qualificada para oferecer assim de forma imediata soluções. E disse algo muito importante: qualquer solução não vai ser encontrada de um dia para o outro. Leva tempo. 

Cortaram-lhe o «pio» de vez e a emissão da TSF continuou...

Mas GOSTEI do formato rádio, gosto do contributo dos artistas. Apenas os que estavam a fazer a ligação entre tudo aquilo usaram subterfúgios demasiado simplórios.

em direto: na TSF, vão tentar entrevistar Ricardo Araújo Pereira 
na TVI - Pedro Teixeira, emocionado, a transmitir COMO se deve transmitir - e ele não é jornalista nem entrevistador de TV, é ator em primeiro lugar. Está em direto de Pedrógão e está, no meu entender, a fazer a coisa como esta deve ser feita.

Depois tentei a SIC - não transmitiu nada. Fui para a RTP - funciona. Mas a qualidade de imagem é deficiente. Sintonizei a TVI - qualidade superior, mas transmite sem gelar a imagem apenas durante uns 30 segundos. Depois exige um refresh da página e «leva-se» com anúncios automáticos que duram outros 30 segundos. Totalmente impossível de digerir.

Ainda assim, deu para entender a transmissão de cada canal (excepção SIC). Não sei se é da distância... mas senti pouco prazer no modo superficial de «enche chouriços» e, por vezes, até inadequado (aquela tipa da TVI que parece uma miúda e é do Norte cujo nome não recordo e que fazia alguns diretos da Casa dos Segredos - Isabel qualquer-coisa - essa aí entrou em direto e teve uma prestação horrível! Perguntas de treta ao exponente máximo, comportamento condescendente com todos, demasiada ALEGRIA num momento que não deixa de ter algum toque de luto, com respeito e tristeza, e, no final do seu direto, a parvalhona (desculpem-me mas é) pediu PALMAS!! Aos pulinhos e de forma toda entusiasta. Palmas... às quase crianças que estavam à sua volta. Palmas num momento algo solene... que ela transmitiu como se estivesse numa festa de verão. Tão errado!!

em direto: Matias Damásio  -Loucos

Não conheço este artista mas quando a parvalhona da «Isabelinha» estava a entrevistar as miúdas com um entusiasmo de quem está a transmitir em direto da praia, este foi o nome mais mencionado pelos entrevistados como o artista mais esperado. Estou surpresa... não tem uma voz muito afinada. Deve ser um daqueles artistas que faz uma gravação de estúdio com tudo atinadinho e as rádios metem o batuque e «explode» um sucesso. Até porque é um artista com ar africano, um certo sotaque e a africanez (como é o termo musical para músicas africanas? Agora não recordo mas... caramba! Não recordo.) é desde há muitos anos um grande hit por tudo o que é discoteca, bar, etc... E se só metem batuques africanos (assim como fast-music americana) então os sucessos são sempre dentro dessas categorias.

Na RTP surge a Catarina Furtado a conduzir a emissão. Só enche-chouriços. Fiquei um pouco escandalizada com o alinhamento superficial e vazio. Não só da RTP mas como da TVI e vou presumir que a SIC não fugiu dessa linha. Tirando poucos profissionais que sabem, organicamente, como agir em cada situação, existem outros que têm sempre a mesma linha, sem sobriedade. Tentam passar esse respeito por palavras, mas é um tanto oco. Ainda que o sintam, o formato é sempre aquele que a SIC introduziu com programas como o "Muita-Louco". Ou o Big-Show-SIC - que é ideal para definir a forma de comunicar daquela Isabelinha da TVI.

em direto: Fim do espetáculo do pouco dotado em cordas vocais Matias Damásio. Surge uma voz a GRITAR "Matias Damásio" - em excesso de euforia. A sua voz surge logo depois do locutor da TSF, que diz "Matias Damásio" num tom de voz normal. Graças a Deus!

Mas que exagero, que euforia desnecessária - a destas apresentadoras/res das nossas estações de televisão/rádio. Não que eu diga que alegria tem de ser excluída. Não é isso. Mas a falta de sobriedade... O excesso de «alegria», de euforia. Tão errado como modelo de comunicação televisiva. Já cansou. Tudo virou "Big Show SIc".

Conclusão sobre as emissões:
Ganha quem acompanha a rádio. Neste caso em particular, acompanhei a TSF.
Televisões: É para excluir tudo, excepto as partes em que deixam os artistas atuar. 

PS: Exemplo de um fraco momento televisivo entre repórter e entrevistados. Já não recordo quem (talvez TVI) mas alguém perguntou a um bando de crianças se sabia porquê estavam a fazer o concerto. Além destas não conseguirem se explicar bem, uma delas afirma que é para ajudar as pessoas que morreram no incêndio.

em direto: «Anda comigo ver os aviões»

Ora, as que faleceram, infelizmente, já não precisam de ajuda. O repórter não corrigiu a criança - perdendo assim uma oportunidade para transmitir corretamente a informação ao mesmo tempo que ajuda um grupo de crianças a compreender adequadamente a quem se destina o apoio solidário. E isso, é uma grande falha para um repórter-jornalista. Não lhe ficava nada mal, com tacto, emendar e corrigir. Mas se calhar, ele nem percebeu!

Até agora e desde que comecei a ver este concerto, quem mais gostei de ver em cima do palco foi o Palma e o Sérgio Godinho. Que além de emotividade, escolheram temas que achei ajustados ao momento. 

Aguardo o Salvador Sobral - apenas porque o tenho como um intérprete, alguém que canta com emoção. E é só isso que espero e mais aprecio em musicos e cantores. Que cantem com sentimento. E se existe causa que pede sentimento, esta é uma destas.



23h56: Democratico e que não banaliza - diz António, na TSF, fala sobre a sua emissão de rádio. Concordo. 



domingo, 4 de junho de 2017

O hábito da numismática e como me ensinou a conhecer as pessoas


Trabalho com uma caixa registadora cheia de moedas, onde sempre tenho mais possibilidades de encontrar moedas para a minha colecção. Mas tem sido diretamente pelas mãos dos clientes que tenho apanhado quase todas. 

Num aglomerado de 200 moedas... a que tem uma cunhagem diferente vem quase sempre parar às minhas mãos por intermédio de um cliente simpático - às vezes na forma de gorjeta (que não posso aceitar). Acho isto muito curioso :) 

Digo que são os clientes simpáticos, porque os menos simpáticos e sovinas não costumam dar essa sorte. Numa ocasião uma mulher de origem oriental (nossa, como eles são forretas! Sem querer ofender mas existem traços que definem certas origens geográficas) espalhou um monte de moedas em cima do balcão e disse que queria o produto X (a coisa mais barata que temos no menu - uma espécie de bolo com chá). 


Tendo à minha frente cerca de duas dúzias de moedas, comecei a selecionar as de maior valor para chegar Às 3 libras e picos... A mulher tinha duas moedas de 2 libras com ela, três de 1 libra e muitas de outros valores. Reparei de imediato que tinha o suficiente para o mais barato que existe no menu - e então disse-lhe que tinha o suficiente. Uma moeda de 2 libras estava com o rosto ao contrário então por instinto virei-a e mirei-a, porque era diferente mas no fundo estava a tentar perceber se era uma moeda inglesa ou de outra nacionalidade. A mulher vai com a mão À moeda, pega nela, e mete-a no bolso. Todas as outras deixou ali em cima do balcão, como quem despeja um fardo e que seja a outra pessoa a encarregar-se de descobrir ali a quantia necessária. Foi a forma como meteu de imediato a moeda ao bolso, tentando disfarçar... Tornou-a mesquinha aos meus olhos.

A moeda que a mulher levou ao bolso

E depois tem os generosos. Hoje não foi dia de clientes generosos, mas de clientes que querem pagar tudo com moedas do mais baixo valor. Querem pagar 15 euros com moedas de 10, 5, 1 centimo, uma ou outra de 1 euro... Estão a ver a cena??

Raramente aparece um generoso. E quando aparece... Bom, hoje apareceu um. Devia ser americana, pois esses têm o hábito da gorjeta no recibo. Ficam bem aliviados e contentes quando percebem que neste país não são obrigados a isso. Ficam mesmo contentes em não deixar tusto. Mas uns poucos ainda «agarrados ao vício» do julgamento social costumam deixar uns trocos em cima da bancada - pensando eles que as moedas vão para um recipiente de gorjetas e são divididas entre todos. O "chefe" do dia viu 3 libras abandonadas no balcão, perguntou a todos se eram de alguém e ao ver que não, acho que as meteu ao bolso. Logo a seguir apareceram uns refrescos que ele foi comprar...


O problema de certos superiores é que eles tiram proveito da posição para serem... mesquinhos. Este não meteu as moedas na caixa da caridade - é para lá que vão todas as gorjetas deixadas pelos clientes. É uma maneira bem típica dos ingleses, fazer caridade sim - mas com o dinheiro dos outros. Este vai ser um tema para um próximo post...  E como o vejo sempre a comer os excedentários alimentícios e as bebidas que estão boas mas que são «sobra» (estamos proibidos de comer durante o expediente ou de levar comida excedentária para casa ou nos servirmos dela), deixa-me a impressão que é um indivíduo capaz de meter as gorjetas a seu uso pessoal.

Hoje foi também a primeira vez que respondi a um cliente que me estava a empatar o tempo de serviço com pedidos intermináveis e um pagamento por moedas cada vez de valor mais reduzido, que pode se ver "livre" das moedas - como estava a dizer - enfiando-as na caixa de caridade. Afinal... se as pessoas não querem as moedas, ao invés de tentarem pagar um hamburguer de 11 libras com esses trocos, porque não pagam com notas e metem as moedas na caridade? Ainda por cima estava a dar em direto na TV o concerto de caridade para as vítimas do atentado de Manchester (próximo post, estejam atentos!). E que tal deixarem-se contaminar um pouquito pelo«espírito da coisa» e deixar ali umas moedas??

Boa semana, pessoal!