terça-feira, 6 de setembro de 2022

O que é obsoleto é bom!

 

Tal como tecnologia obsoleta, este blogue já viu melhores dias. Mas nao e por isso que gosto menos do blogger.

Talvez ate goste mais. E nao o abandono. Embora me pareça, realmente, que esta a entrar na fase do canto do cisne e, em breve, acabe extinto pelos seus criadores.

Ultimamente tem andado muito às moscas. Posts com dois dias, tiveram 10 acessos e zero comentários. Tenho a minha meia-dúzia (menos) de fiéis comentadores que não quero de todo desmerecer. Mas no geral, o blog, assim como o blogger em si, parece estar com os dias contados. Cada vez menos pessoas parecem utiliza-lo, acabando por migrar para outras plataformas, como o instagram ou o twitter.

Tal como uma velha tecnologia. Falando nisso, precisei rever velhos hábitos. Soube tao bem!

Liguei os aparelhos que mantenho em Lisboa, mas que deixaram de ser usados com a minha ida para Inglaterra. Voltar a po-los a funcionar deixou-me com um sorriso aberto de canto a canto da boca. Senti-me feliz.

Comecei pelas cassetes de audio. Nao me lembrei de ir buscar o walkman, mas usei o deck de cassetes da aparelhagem que ha uns tempos me recusei substituir por outra entao mais moderna. 


Saudade! Saudade deste simples gesto. Carregar nos botoes ate chegar a outra musica... que sensacao boa!

O som das teclas... um bálsamo. 

E o outro som? O de rebobinar manualmente uma fita com... um lápis? Quem se lembra? 


Quando a fita prendeu num outro deck com menos uso tive de o fazer! 


Esta tecnologia antiga nunca se estraga. Um dano era recuperavel. Uma fita mastigada era novamente enrolada e esticada. E dura anos. Decadas. Ao contrario dos CDs e DVDs que a substituiu.

Depois foi a vez de ligar o rádio. Funciona muito bem! 



Finalmente, os meus preciosos leitores/gravadores VHS. Aqui veio a decepção e a alegria em simultaneo. A funcionar, mas já com problemas mecânicos para ejectar ou receber a cassete. Fiquei que tempos de volta de um, depois de o abrir - como costume, para conseguir remover a cassete que parou depois de ter decidido andar para a frente com a fita.



Removi, limpei as cabeças, roldanas e todas as partes mecânicas. 


Poder tocar nos botões, tal e qual como me habituei no passado. Usar uma tecnologia mais tactil e mecânica... adorei! Adorei carregar no play da cassete, andar para a frente, parar, carregar no stop e play... até encontrar a parte da música que pretendia. Super simples! E tão gratificante.

Pelo caminho, uma outra recordação:
Conseguem identificar o objecto?

Adiada ficou a experiencia com o gira-discos. Visto que alguém decidiu CORTAR o cabo de alimentação! Porém, discos de vinil nunca se estragam. Podem ficar armazenados por décadas! Ao contrário dos DVDs e outros suportes digitais. 

Sim, sou uma apaixonada por equipamento mecânico não digital. O que fazer? Adoro uma bela fita!

7 comentários:

  1. Bom dia
    No meu carro ainda tenho cassetes e em casa pelo menos uma ou duas vezes por ano ponho o meu leitor a funcionar e também ainda tenho um rolo fotográfico pronta a funcionar na minha Yashica , o que já vai ser mais difícil de usar.
    Quanto ao blog vou passando sempre que algo me desperta a atenção .

    JR

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    1. O Joaquim é capaz de ser o meu leitor mais assíduo.
      Desde que se goste do que se tem e esteja satisfeito - qual a necessidade de mudar?
      A mudança foi imposta pelo comércio - que removeu antenas de TV dos telhados e substituiu tudo pelo mais lucrativo negócio da TV por subscrição. A desculpa? "cabos debaixo do chão, não vulneráveis a tempestades" etc. Mas a realidade? Acabar com um serviço pouco lucrativo (antena era despesa única) e substituir por um onde se paga uma choruda mensalidade.

      E assim desapareceram outras tecnologias, tudo para se vender produtos com um rendimento maior por volume e mais imediato.

      Surgiram os CDS e depois os DVDS. Tiveram o "reinado" mais curto da história destes suportes. E o mais inútil. Os CDs apanhavam um risco, paravam de funcionar. Os aparelhos que os liam a mesma coisa. O vinil, criado décadas antes, podia também riscar, mas continuava a tocar! Ainda hoje é raro uma agulha danificar-se, já as cabeças digitais de leitura dos CDs é bastante comum. A aparelhagem que aparece no video tem leitor de CD. Parou de funcionar bem rapido.

      Trabalhei, quando jovem, numa loja de reparações de produtos eletronicos. O que mais aparecia eram aparelhagens que não liam os CDs de música. As pessoas apareciam e diziam: "esta já é a quinta reparação e comprei-a há um ano"

      É capaz de se surpreender: o rolo dentro da sua máquina fotográfica é bem capaz de ainda fotografar bem.

      Cumprimentos

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  2. lembro-me muito bem das cassetes :) obrigada pelas memórias

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  3. Ainda tenho uma aparelhagem com cassetes.
    Mas máquina de rolo, não até porque não existe já nenhuma casa no Barreiro que os revele.
    E se está em Lisboa, desejo-lhe ótimas férias.
    Abraço e saúde

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  4. Preciosidades dessas, e mais algumas, abundam na casa de Coimbra.
    Sabe o que é um gravador de fitas?
    Está lá e ainda funciona!

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    1. Gravador de fitas... acho que sim. Havia alguns. Mas se calhar esta a falar de outro. Ainda com bobines?

      Esses antigos e que sao de qualidade! Preciosidades. Adoro coisas assim, pela historia e vida que tiveram.

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