Tal como tecnologia obsoleta, este blogue já viu melhores dias. Mas nao e por isso que gosto menos do blogger.
Talvez ate goste mais. E nao o abandono. Embora me pareça, realmente, que esta a entrar na fase do canto do cisne e, em breve, acabe extinto pelos seus criadores.
Ultimamente tem andado muito às moscas. Posts com dois dias, tiveram 10 acessos e zero comentários. Tenho a minha meia-dúzia (menos) de fiéis comentadores que não quero de todo desmerecer. Mas no geral, o blog, assim como o blogger em si, parece estar com os dias contados. Cada vez menos pessoas parecem utiliza-lo, acabando por migrar para outras plataformas, como o instagram ou o twitter.
Tal como uma velha tecnologia. Falando nisso, precisei rever velhos hábitos. Soube tao bem!
Liguei os aparelhos que mantenho em Lisboa, mas que deixaram de ser usados com a minha ida para Inglaterra. Voltar a po-los a funcionar deixou-me com um sorriso aberto de canto a canto da boca. Senti-me feliz.
Comecei pelas cassetes de audio. Nao me lembrei de ir buscar o walkman, mas usei o deck de cassetes da aparelhagem que ha uns tempos me recusei substituir por outra entao mais moderna.
Saudade! Saudade deste simples gesto. Carregar nos botoes ate chegar a outra musica... que sensacao boa!
O som das teclas... um bálsamo.
E o outro som? O de rebobinar manualmente uma fita com... um lápis? Quem se lembra?
Quando a fita prendeu num outro deck com menos uso tive de o fazer!
Esta tecnologia antiga nunca se estraga. Um dano era recuperavel. Uma fita mastigada era novamente enrolada e esticada. E dura anos. Decadas. Ao contrario dos CDs e DVDs que a substituiu.
Depois foi a vez de ligar o rádio. Funciona muito bem!
Finalmente, os meus preciosos leitores/gravadores VHS. Aqui veio a decepção e a alegria em simultaneo. A funcionar, mas já com problemas mecânicos para ejectar ou receber a cassete. Fiquei que tempos de volta de um, depois de o abrir - como costume, para conseguir remover a cassete que parou depois de ter decidido andar para a frente com a fita.
Removi, limpei as cabeças, roldanas e todas as partes mecânicas.
Poder tocar nos botões, tal e qual como me habituei no passado. Usar uma tecnologia mais tactil e mecânica... adorei! Adorei carregar no play da cassete, andar para a frente, parar, carregar no stop e play... até encontrar a parte da música que pretendia. Super simples! E tão gratificante.
Pelo caminho, uma outra recordação:
Adiada ficou a experiencia com o gira-discos. Visto que alguém decidiu CORTAR o cabo de alimentação! Porém, discos de vinil nunca se estragam. Podem ficar armazenados por décadas! Ao contrário dos DVDs e outros suportes digitais.
Sim, sou uma apaixonada por equipamento mecânico não digital. O que fazer? Adoro uma bela fita!