terça-feira, 13 de setembro de 2022

Remake de Um Anjo na Terra

 

Gosto de recordar na TV séries que já vi antes, feitas noutras épocas. Uma delas que está a represar na RTP Memória é a séria americana "Highway to Even". Tradução portuguesa: Um anjo na Terra. 

Dirigida e protagonizada por Eugene Maurice Orowitz. 

Mas o público ficou a conhecê-lo como Michael Landon. 

Sim, aquele moço de Bonanza e uma casa na Pradaria. Alguém por aí sabe do que estou a falar?

Se não tivesse deparado com o nome na lista de programas, provavelmente não me lembraria de ir ver. Mas como começaram a exibi-la, decidi rever esta série de 1984, sobre um Anjo de Deus que é posto na terra para ajudar pessoas que vão passar por momentos difíceis. Descobri que a série também se encontra inteira no Youtube. 

Pensei que ia deparar-me com algo muito meloso, realizado de uma maneira cliché, típica dos anos 80. Engane-se quem pense que isso só aconteceu nos anos 80. Todas as épocas têm estilos. Nos anos 60 era aquela representação televisiva séria, teatral, com beijos teatrais de bocas que só se tocavam. Nos anos 70 surgiu o calão, a criminalidade e a violência. Nos anos 80, as séries de "bonzinhos e vilões", com bonzinhos a falar autênticos milagres de sobrevivência e com deixas muito corny, muito lamechas. Más de ouvir hoje. E esta década? Bom, temos os self made das redes sociais, com muita animação e uso sonoro. No cinema e TV temos um padrão terrível, de perseguições, disparos, aventura mirabulante e todas as deixas são ditas corridas e à vez. Isto são estilos de direcção. 

Contava que Um Anjo na Terra fosse exibir as características da sua época. Não é que escape muito mas, para a altura, fugiu de terminar um episódio, ou colocar música num episódio, ou de meter as personagens todas a falar de um jeito típico que só aparece na TV e Cinema da sua década. 

Mas apreços técnicos à parte, Um Anjo na Terra, conseguiu cativar-me. As histórias são simples mas contadas e escritas (muito bem escritas para os padrões da altura) de forma que ainda cativa e emociona. Nossa, para uma "chorona" como eu, emociona mesmo. Mas o mais interessante, o que a torna especial, é que sentimo-nos com vontade de amar o próximo. De o compreender, de dialogar, de afastar o ódio e viver só no bem. 

E isso, meus caros, faz uma falta tremenda!


Independentemente de quem poderá ter sido o artista na vida real, no ficcional, Michael Landon preocupou-se em passar as mensagens certas para a humanidade. Com nove filhos de três mulheres seguidas -dos quais nenhum aparentemente lhe seguiu as pisadas, decerto que algo menos bom se passou na sua vida. Mas isso não interessa agora, a série, vale a pena ver. 

Um Anjo na Terra devia ter remake

Vocês viam?



6 comentários:

  1. Bom dia
    Nem todas as séries que passam na RTP memória valem a pena rever , mas a maioria delas , sim, e esta é uma das que só perco mesmo se não puder ´até porque também sou apologista das mensagens que cada episódio nos trás .

    JR

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Que bom Joaquim!
      PS: O seu comentário não se perdeu, eu é que nem sempre consigo vir ao blogue depressa para os publicar. Sempre tive comentário moderado. Publico tudo, não tenho censura. Tenho critério. Spam não publico, apelo ao like também não. Gosto que comentem o tema abordado não que passem para pescar usando anzois comuns :)
      Abraço

      Eliminar
  2. Eu vi o filme e adorei. Os filmes de hoje são de uma violência atroz e com efeitos especiais que detesto.
    Beijocas e um bom dia

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. São formuláticos como mencionei no post Fatyly. Os filmes todos seguem um guião de filmagem copiados uns dos outros: perseguição, tiroteiro, fugas milagrosas, mais tiroteiro, enfim... Existiu um filme? Não sabia! Irei pesquisar.

      Eliminar
  3. Vi alguns episódios, não muitos.
    Abraço e saúde

    ResponderEliminar

Partilhe as suas experiências e sinta-se aliviado!