Estou a pensar fazer um convivio ca em casa, entre todos nos. Aproveitar que o Halloween esta a porta e usa-lo como pretexto para fazer uma "festa", para quebrar a monotomia e rotina domestica.
Quando para ca me mudei existiam dois aniversarios e se fez um convivio onde todos estavam receptivos em se conhecer.
Desde entao os jantares juntos sao quase inexistentes.
Comuniquei a ideia a todos. A M. disse logo que nao contassem com ela. Aos poucos vou mencionando que a coisa vai mesmo para a frente, para ver se a receptividade melhora.
Disse-me que fez uma festa ha 10 anos e chega-lhe. Expliquei-lhe que ser durante o halloween e so um pretexto para voltarmos a conviver juntos. Nao e uma celebracao da data que quero fazer. Estou é a usa-la para nos juntar a mesa, sem que depois cada um va para o seu lado.
Mas estou um pouco preocupada. Tem sido sempre a M. aquela que toma as decisoes. É a lider, o que ela diz os oitros acabam por fazer. Tendo uma vontade contraria a minha, e sendo eu menos persuasiva que ela, nao sei se os outros nao se vao deixar influenciar.
Ambos tambem querem uma festa. Acharem boa ideia. Mas nao passam dai.
O que me preocupa na realidade, é o alcool. Quero um convivio sem alcool porque temo que os rapazes nao sabiam quando parar. Gostam ambos de beber e fazem parte do grupo que nao desassocia festa do beber em demasia.
Perturbou-me o que vi ontem, quando desci a cozinha. O rapaz estava a fumar a porta e mal conseguia equilibrar-se. Conpletamente embriagado. Os olhos serrados numa expressao que me incomodou ver.
Falou comigo e, quanto olhei para ele e percebi o seu estado, o meu coraçao sentiu-se conprimido. Saiu-me da boca:
- Nao gosto de te ver assim.
- vais deixar de gostar de mim?
-claro que nao.
-mas IRAs.
- so se tu quiseres.
- eu nao quero.
Custom-me muito velo naquele estado. Mas o que me custou mais ainda foi ver a expressao da M. Tranquilamente sentada a mesa, a comer. Olhou para mim e esbocou um leve sorriso como quem diz:
-"Eu nao te disse que ele era um bebado? Nao quiseste acreditar agora ve com os teus proprios olhos!".
Senti que lhe era indiferente que ele estivesse naquele estado. E eu fiquei tao incomodada que pensei que teria de lhe falar sobre isso quando ficasse sobrio no dia seguinte. Alias, ate consegui imaginar que ele proprio ia mencionar o assunto, porque é o que sempre faz. Ja esteve bebado antes. Quando vim para esta casa disseram-me que ele tinha problemas com a bebida, que ficava bebado e nao sabia quando parar. A M. disse-me para nao colocar a garrafa de vinho que estava o oferecer-lhes no frigorifico porque ele podia bebe-la toda e para nao a partilhar num jantar com ele.
Eu gosto de ver o lado melhor das pessoas, por isso registei mas nao o descriminei. Quero conhecer as pessoas primeiro e chegar as minhas conclusoes.
No tal jantar para o qual me convidaram e que mencionei aqui, ele surpreendeu-os por recusar o alcool que a M. lhe deu e optar por sumo de laranja.
Mencionei isso aqui na ocasiao.
Ele já tentou parar de beber e de fumar, mas nao passou de dias.
É mais o tempo que esta em casa afectado do que aquele em que nao esta. E brinca com isso.
É boa pessoa e alguem facil de se gostar a primeira. É ate preocupado e atencioso, tenta nao incomodar a casa com o fumo forte do vicio, arruma atras de si, pede desculpa se acha que pode ter incomodado alguem.
Noutro dia ate o elogiei, dizendo que o achava isto tudo.
Por isso nao esperava o que aconteceu de seguida.
Foi trabalhar logo cedo e no regresso entrou logo para a sala, onde eu me encontrava.
-Ola, como estás?
Percebi que esperava que eu mencionasse a bebedeira da noite anterior.
Mas nao ia entrar ja no assunto. Ele ainda nao tinha tomado o seu duche ou sequer despido as roupas de trabalho e tirado a mochila.
Respondi que estava bem e justifiquei porque me encontrava no sofa com o computador, o telemovel e outras parnafenalhas. (A ligacao wifi esta sempre a ser interrompida e fui posicionar-me perto do router ).
Nisto aparece a rapariga mais nova e ele entra logo no tema:
- Desculpa se fiz algo ontem a noite... Estava bebado? Nao me lembro de nada.
- Se estavas bebado?? Meu.... estavas e muito. Como nao te lembras de nada? - respondeu a K.
Eu e a M. tivemos de ficar contigo para nos certificar-mos que nao te magoavas.
A conversa passou da porta para o corredor nesta altura e eu percebi que era mais entre os dois. Se ela e a M. Passaram tempo com ele, deve ter sido depois de eu o ter visto, ou antes. Mas nao deve ter sido por tanto tempo assim. Ate porque a M. nao estava nada preocupada, pide perceber. Se ficou diante da presença da K. Foi para nao parecer mal.
A conversa continuou, com ele a rir e a achar engraçado e todo aquele comportamento a ser, como tanta vez se faz, suavizado com humor. Afinal, uma pessoa bebada que mal se aguenta de pe e como um palhaço de circo: faz rir. Faz-nos querer apontar o dedo e rir da sua figura.
Foi isso que o rapaz fez no domingo, quando veio ter comigo depois de ter vindo da rua onde foi fumar. Disse-me que viu um homem totalmente bebado na rua, a querer tirar um pau de uma arvore. Riu-se e, como se a patetice de um fosse pior que a patetice de outro, comentou: eu nunca estive assim tao bebado.
Ate ontem.
Ouvindo a colega a dizer-lhe que ele estava mesmo muito bebado, ele a contar-lhe que nao se lembra dencomo chegou a casa, e, no geral, a tornarem a situacao humoristica, eu abri a boca para que ouvissem a minha voz: "you were really bad".
E nisto lembrei-me de mencionar os alcoolicos anonimos. Como de certa forma estava fora da conversa, porque fiquei no sofa e eles foram para o corredor e estavam na galhofa, decidi enviar um link dos AA por whatsapp.
Aproceitando o clima de chacota em torno do assunto mas tambem a querer ser seria. Acho wue e uma opção a ser estudada.
Ele vem ter comigo e pergunta:
-"seriously?"
- "yes"- respondo eu, recordando como me afectou o coracao ao ve-lo naquele estado.
O que me salvou de me sentir deprimida e triste nessa noite foi por casualidade ter encontrado um talkshow de entrevistas de muito humor no youtube. Acabei por gargalhar muito e aquela compressao no coracao que ganhei ao ve-lo naquele estado foi ficando em segundo plano. Se desse, no dia seguinte, ia partilhar com ele tudo isto.
Comecei a ve-lo a passar de la para ca e senti uma ma energia.
Passado um bocado regressou, de fones nos ouvidos. Mesmo aquilo que se faz quando nao se quer ser abordado por outra pessoa. Pegou na vassoura e passou no corredor onde tinha pisado com as botas da rua ( eu nao disse que era atencioso?).
Virou-se para mim e perguntou:
-Sabes quando foi a ultima vez que a empregada de limpeza apareceu?
- acho que foi a semana passada.
Continuou a zanxaguear e eu abordei o assunto. A reaccao dele foi comecar a sair dali. Chamo-o e digo:
-"Podes falar comigo?"
-"Sim... (soou a nao). Vou por a caneca no quarto"
- "Fazes sempre isso quando vou para falar contigo"
Calei-me. Foi tao rapido que ja se tinha enfiado no quarto e me deixado a falar com a parede.
Nao saiu de la. Eu comecei a sentir-me mal. O meu coracao estava novamente comprimido, mas desta vez por mim.
Saiu do quarto, passou por mim, nada disse, ignorou-me. Muito calmamente, perguntei-lhe se estava chateado comigo.
- Sim. E nao vou falar.
- OK.
Voltou a desaparecer e reaparece, para me perguntar isto:
-"Ja conheceste algum alcoolico de perto?"
-"nao".
-"porque um alcoolico e alguem que nem sai da cama e assim que acorda so pensa em beber e nao consegue funcionar". "Disseste que eu era alcoolico. Porque disseste isso".
- "para ja, isso vem de tras. Nao fui eu que disse. Quando me mudei para esta casa disseram-me isso".
Ele volta a desaparecer. E eu a pedi-lhe para que fique para conversarmos. Aquele trato estava a causar-me grande mal estar. So lhe pedia para conversarmos e todas estas palavras foram ditas as mijinhas, entre silencios e andança dela para ca, deixando-me sempre pendurada nas palavras. EU queria deixar tudo esclarecido e aquela pessoa nao queria escutar nada. Pareceu-me infantil. Se eu ficasse chateada assim que perguntei a pessoa se falava serio, ia aproveitar para saber os seus motivos. Nao existindo qualquer precedente de desentendimentos entre duas pessoas, nao vejo porque nao se estar receptivo a um dialogo.
Mas aquilo deve ter-lhe batido numa recordacao passada qualquer que, a meu ver, o fez reagir de uma forma mais intolerante comigo.
Calou-se quando lhe pedi para parar e falamos, despareceu, reapareceu, a segurar um cigarro abriu a porta das traseiras e disse: como e que te disseram que eu era alcoolatra se quando tu apareceste na casa eu so ca estava a dois ou tres dias?
Abri a boca para lhe pedir se podia parar para falamos.
Nao, vou fumar.
E fechou a porta a mais um pedido meu para dialogo.
Nas duas horas que se seguiram saiu e entrou no espaço, fez comida no forno, lavou louça, aqueceu agua e ignorou-me sempre.
Antes disso so lhe tive tempo de dizer:
- "I just want you to know that this that you are doing is upsetting me a lot".
Chorei. O primeiro dissabor na casa e vem de um nada.
Seu que entretanto ele ja deve ter desabafo algo com a M. Resta-me perceber se ela estava, de alguma forma, a desejar que algo do genero tivesse a acontecer.
Enfim. Veremos.
Se estive mal certamente nao era a minha intencao. E isso podia ter ficado claro se os meus pedido de dialogo fossem atendidos. A partir do momento em que fecham a porta a comunicacao, tens legitimidade para te sentires magoado com essa atitude.
E como pode uma pessoa sem qualquer lembranca do que fez na noite anterior julgar a percepcao de alguem que estava sobrio?
Pensar em procurar os AA para mim e como ir ao psicologo. Nao tem de se ser maluquinho. Os as podem prevenir antes que o quase vire definitivo.
- "
Refeito da bebedeira- como quase sempre pela manha sabe-se la como, s coisas mudassem como kidarsm.
as o que me fez ao chegar a casa
Custom-made maid ainda ver a M. Tranwuilamente sentada a mesa, a comer. Olhoubpara mim e esbocou umnleve sorriso como quem diz:
-"Eu nao te disse que ele era um bebado? Nao wuiseste acresitar agora ve com os teus olhos".
Ela estava a falar com ele e continuous, enquanto jantava a sua refeicao. Aquilo incomodar-me ainda mais. Ja notei que o rapaz procura a M. E parece querer a aprovado dela para alguma coisa. Mas ela rejeita-o. Nada do wue ele faca vai mudar isso. Ela nao vai ser mais simpatica do wue ja e, nem mais compreensiva. E ele tenta, ou simplesmente desiste e acaba por fazer o que ela quer. Como por exemplo, tirar as suas coisas do armario da cozinha que tinha vindo a ocupar.
A interaccao dos dois nao e positiva. Cada vez que conversam, ela critica-o, ele exaspera-se e vai a correr para o cigarro. Nao creio que a M. Se preocupe com esta causa-efeito.
EU ja me agastei- de uma conversa que comecou por ser a tres, por ser ignorada e os dois comecarem a desconversar. Nada serio oi desagradavel em termos de semantica. So ideias diferentes e teimosa. S que ele se enervate porque nao consegue que ela veja o seublado ou concordo com ele. Parece querer isso. E sai para ir fumarberva ou beber alcool.
Como fazer uma festa de convivio se a propria reuniao despoleta na mente de alguns a necessidade de consumir alcool?
Vai ser um convivio alcool free, talvez boring. Muito provavelmente o rapaz vai sair para o comprar e tudo pode descansar para o "inivitavel".
A m. Quer mais ter razao do que o evitar. Para quem e tao critica, ela tambem tem esqueletos no armario. Tambem fuma. Antes dizia que era por causa da patron, so 3 cigars por dia. Mas depois via-a a fumar mais que isso. Agora que quase largou o emprego, esta a fumar ainda mais. E o rapaz disse que ela lhe pediu para que lhe areanjasse erva.
Ele e que se recusou. E algo que muitos fumadores viciados tem: uma necessidade de impedir outros de cair na armadilha da qual nao pretendem sair.
Por isso me custa ver o rapaz assim. Ele e boa pessoa. Mas a ir por este caminho, nao se vao safar. E a M. que ae acha melhor, diferente e no controlo dos seus vicios, e menos solidaria.
Sou a unica nao fumadora da cada.
Para essa festa esrou a pensar servir pizza, umas bebidas sem alcool, e colocar umasndecoracoes. Ja estive a tsstar a minha ideia de uma festa fluorescente. Olhem o resultado:
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