terça-feira, 12 de setembro de 2017

Lancei uma moda


Sem o desejar e sem os outros admitirem, acabei por lançar uma MODA no local de emprego.

A moda da trança no cabelo!!



Como o tenho longo e preciso de o prender, o mais prático e também mais saudável, é a trança. Que comecei a usar quase todos os dias, por volta de Janeiro. Os elogios não tardaram mas, como sempre fiz, dei pouca importância aos mesmos. 

Há coisa de umas três semanas é que dei conta do «fenómeno». 
Ao circular pelo emprego, fui dando conta que cada cabeça que me aparecia à frente tinha trança. No dia seguinte o mesmo, e depois o mesmo... e aí percebi que me estavam a copiar eheheh!

A este tipo de pessoa dá-se o nome de "aquela que faz os outros seguirem uma moda". A «lança-modas».

É curioso perceber que, após tantos anos, ainda tenho esta capacidade extraordinária. Sendo que o espanto está no facto de não dar qualquer importância a modas nem me envaidecer com elogios. Elogios esses que outros escutam e, na esperança de receberem também uns, vão e imitam o «elogiado».

Agora as cabeças do mulherio - excepção feita para duas - estão «infestadas» de tranças. Não importa o tamanho do cabelo, lá conseguem entrançar uns fios. 


E sei que não chegaram lá sozinhas por lhes conhecer as anteriores opiniões sobre os próprios cabelos. Uma só o queria «eriçado», porque dizia que não tinha volume então todos os dias exibia com vaidade o cabelo que mais parecia palha seca. E quando lhe diziam algo menos bom logo respondia que adorava e não ia mudar. Já o namorado dela foi dos primeiros a elogiar o meu cabelo, primeiro pela reacção de espanto e agrado que vi nos maneirismos e olhar. Dele e de outros, ao que reagi fingindo não reparar. Disse-me que gostava muito de me ver com trança e com ele solto (antes de o prender). É muito raro aparecer com ele solto mas os poucos que me viram reagiram com espanto e agrado, ficando a mirar. O que é natural, quando se convive de uniforme e cabelo apanhado. Quando calhei dizer que o pretendia cortar pareceu ficar incomodado e logo mostrou-se contra, dizendo-me que tinha um cabelo bonito de que ele gostava muito :)

Vai que há coisa de três semanas, um dos gerentes - gay, decidiu, mais uma vez, elogiar-me o cabelo. Só que o fez assim no meio de muita gente, durante o expediente. Elogiou-me numa trança e, a brincar, perguntou se «podia ficar com a minha trança» porque só lhe dava vontade de pegar numa tesoura e mo tirar. 

Depois deste instante, a «enxurrada» de cabelos entrançados não demorou a chegar, eheh.
Quase todos em cabeças de mulheres vaidosas, que tinham um estilo diferente e diziam estar satisfeitas.



O que é o poder de uma trança no cabelo certo, hei?
Ou então o poder de encantamento que o cabelo longo tem nos homens... gays ou heteros.


Mal sabem eles que o «cabelo da inveja», o cabelo inspirador de modas - este que carrego na cabeça e que não acho nada especial é somente uma amostra do que um dia chegou a ser. Está nos últimos momentos da sua vitalidade. E não sabem o quanto me entristece viver todos os dias com a sua queda irreversível.

Porém isto serve para eu descobrir que tenho de apreciar o que tenho, enquanto ainda tenho e para voltar a constatar que, mesmo algo que para nós não está bem, pode ser para outros um alvo de inveja e desejo. 

Boa semana, pessoal!!



6 comentários:

  1. Sempre gostei de tranças... nas outras cabeças, pois há muito tempo que só consigo ver-me com o cabelo quase à rapazinho.
    Um abraço

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    1. Um dia pode também vir a ser o meu caso, Elvira. Salva-me o rosto redondo... mas a queda dos fios é um desgosto diário. Um dia não vão mais olhar para a trança e achar-lhe piada. Acho mesmo que esse dia já chegou. Vejo por fotografias de há poucos meses e no presente, que a trança «emagreceu» eheh. Gostava que tivesse sido a barriga ou a cocha, mas é o cabelo.

      Grande abraço

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  2. Gosto muito do efeito.
    Quando as minhas filhas fazem ficam ainda mais LINDAS!!!

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    1. Imagino que sim, Pedro.
      É algo discreto mas que pode transmite alguma classe. E é bem prático!!

      Existe algo na cultura oriental que privilegia a trança e os cabelos longos, não é mesmo? Tenho essa leve impressão.

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  3. Apesar de ter o meu cabelo comprido, nunca tive o costume de fazer tranças. Agora que cortei pelos ombros então nem pensar. Também já fui do tempo em que tinha um cabelo elogiado e está provado que os homens gostam de mulheres com o cabelo comprido. Deve ser um fetiche qualquer...

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    1. Entendo-te perfeitamente.
      Cada vez ele é menos. Todos os dias, sai aos molhos. Estou tão atarefada com o trabalho que não dou conta, é a escova que mo mostra. E as fotografias de quando comecei a entrançar o cabelo e o cabelo entrançado que tenho agora.

      Oh vida ingrata!
      Porque não se perde gordura com a mesma facilidade com que se perde cabelo???

      Abraço

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