quinta-feira, 20 de julho de 2017

Coisas que me causam impressão - 02


A limpeza VIRTUAL da «nova» inquilina.
Ainda me faz espécie.


Faz dois dias que estou de folga e ela, pelo que percebi, também está. 
Fica enfiada no quarto o tempo todo, só saindo da toca para meter os «corninhos» ao sol quando me sabe mais ocupada ou ausente.


Hoje saí de casa por volta da hora de almoço mais por a saber dentro do quarto e provavelmente a desejar sair sem encontrar ninguém. Por imaginar que gostaria de ter uns momentos para si... saí, para que, se desejasse, fosse almoçar tranquilamente à cozinha. Então almocei primeiro e saí de seguida.

Faço isso amiúde, sou assim. 


Saí e fui ver a grande «superfície comercial» da zona... Um local sem quaisquer atrativos, no máximo mantinha 10 lojas das quais quase todas também existem no centro da cidade. Foi aqui que voltei a ver o «futuro» do consumismo. E é este:


Uma loja onde estão sempre a dizer-me para ir toda a vez que penso em comprar um qualquer electrodoméstico dizem: Vai à Argus!

Só que a argus é um espaço físico para compras virtuais. O que as lojas Argus têm são catálogos. Vejam só a grossura dos mesmos nas fotos em baixo!! E com fotografias muito pequeninas dos artigos, sem grandes descrições.

Ora, se eu quisesse uma loja virtual, não me deslocava fisicamente a uma. Ficava em casa, sossegadinha, em frente ao meu computador, que ia dar no mesmo. Melhor ainda: ia encontrar outros sites a vender o mesmo produto, mas com valores mais baixos.

Tirei estas fotos para mostrar a tristeza do que nos espera no futuro do consumismo. Esta «loja» de fato tem de TUDO. São infinitos os artigos - desde sofás, a telemóveis, a... joalharia. Mas na foto de cima podem ver que existe um balcão, com três empregados. Então temos uma mega-estrutura que disponibiliza infinitos equipamentos e emprega um número reduzido de pessoas.

O cliente chega e é logo confrontado, ao centro da loja, com três ou mais «caixas multibanco» que permitem o pagamento imediato. Ao lado estão as mesas com os computadores onde o cliente antes de pagar, pode achar o que quer e a facilidade do pagamento é imediato e sem intervenção humana com um vendedor.

Faz-me impressão onde recai a escolha para o uso do VIRTUAL.


Nos filmes futuristas, o virtual é usado para o «bem», para criar cenários virtuais de natureza e deslumbrar o humano. Ou para lhe criar uma companhia com quem pode interagir e dialogar. Não me parece que seja essa a utilização real que o mundo virtual vai trazer para o real. 

2 comentários:

  1. Olá groselha! lol
    Não comentei o outro post mas li.
    Parece que o mundo caminha cada vez mais para o virtual. E nós temos de saber adaptar-nos a essa mudança senão somo ultrapassados. Se calhar as pessoas não contam com os analfabetos ou com pessoas com pouca instrução que não fazem ideia como se usa um computador.

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    1. eheh. Apetece-me mudar... mas dá muito trabalho. Serei também groselha, mas será uma espécie de «identidade de super-herói» - ou seja: só aparece quando lhe apetece lol.

      Entrar naquela loja e ter ao centro uma enorme estrutura a dizer: "PAGUE AQUI" é intimidante e a mensagem não podia ser mais direta: QUEREMOS O SEU DINHEIRO!!

      O resto é conversa..

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