Foi na noite que Salvador Sobral ganhou o Eurofestival que trouxe do supermercado, a conselho de uma colega, um produto alimentar para barrar no pão de nome hummus.
Conhecem ou sabem o que é hummus?
No meu tempo de escola, humus era o nome dado à matéria orgânica da primeira camada do solo: ou seja: todo o material decomposto da terra, os restos e fezes de insetos, animais, folhas. E recordei isso.
Mas o hummus que se come é feito com grão. Basicamente é grão cozido transformado em puré, no qual se juntam uma série de especiarias com um toque mais oriental (muito condimentado).
Não fiquei fã.
Há primeira até se gosta, mas ao consumir mais vezes o sabor do grão é muito intenso e enjoativo. Viciante são os sabores extra para lá enfiados. Então é normal, mesmo não apreciando por aí além, uma pessoa comer uma embalagem de 100g de hummus de uma tirada só.
Agora meti na cabeça que o conceito de hummus pode ser melhorado. Quero retirar o grão da receita e incluir um substituto. Pensei em feijão-frade, só porque é um sabor que gosto mais. E dentro dos condimentos tradicionais (Paprika, comilho em pó, alho, sumo de limão, azeite e Tahini- uma pasta de sementes de sésamo), mudar também os ingredientes. Ir fazendo experiências até acertar com um sabor que me agrade.
Adoro o sabor de uma simples maionese com ou sem ovo, atum ou delícias-do-mar e pickles. É um sabor delicioso. O hummus é uma versão vegan a isso, com substâncias com nomes mais pomposos.
Em inglaterra, a terra dos molhos e da comida processada, praticamente existe uma secção do supermercado exclusivamente dedicada a «dips» - molhos onde se pode espetar todo o tipo de alimento natural ou processado e usufruir do seu sabor mascarado por molhos de diferentes cores.
Curiosamente, no dia em que vos apresentei ao vloggers ingleses a viver em Portugal, visionei um vídeo deles em que se espantavam por não encontrarem hummus em nenhum lugar, nenhum supermercado, por mais que procurassem. E confesso que eu nunca reparei, nunca vi e desconheço se em Portugal o hummus é comercializado.
(Deve ser.. porque aqui encontro-o no Lidl).
(Deve ser.. porque aqui encontro-o no Lidl).
Mesmo que seja, o fazer em casa e o comprar já feito deve fazer muita diferença.
Um dia vou procurar inventar o tal hummus, mas numa de criar algo tradicional, simples, algo que provavelmente os nossos antepassados faziam com os ingredientes que cá tinham sem precisarem de dar-lhe um nome pomposo, processar pasta das sementes de sesamo ou incluir na receita um ingrediente picante com nome esquisito.
Umas simples castanhas cozidas e transformadas em puré... Humm... delícia!
Mas na versão comercial dos dias de hoje, adicionando a febre vegan, o simples puré de castanha virava algo com um nome do género frufrutu e incluiriam nesse puré de castanha paprica, pimento, gerkin e... decerto entendem onde quero chegar :) :)
Mas na versão comercial dos dias de hoje, adicionando a febre vegan, o simples puré de castanha virava algo com um nome do género frufrutu e incluiriam nesse puré de castanha paprica, pimento, gerkin e... decerto entendem onde quero chegar :) :)
Não vou com comidas industriais. Para mim não há nada que suplante a comidinha caseira.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana