Ao longo da minha vida percebi que algumas pessoas que me rodeavam não me conheciam bem de todo. Nunca dei importância porque à minha maneira sempre soube quem sou como pessoa e não poucas vezes percebi que elas é que ainda não sabiam quem eram e precisavam de se afirmar desesperadamente. Mas ainda assim, algumas dessas vezes me surpreendi muito.
Surpreendi-me por perceber o imediatismo com que as pessoas estabelecem juízos de valor. E a facilidade com que «decretam» uma «lei» sobre os próprios preconceitos. Por vezes a última pessoa a vir a descobrir quem "tu és" aos olhos alheios é mesmo capaz de seres tu. E então te surpreendes, porque és uma pessoa totalmente diferente, praticamente ficcionária.
Pessoalmente o que eu penso disto tudo é que as pessoas - principalmente na sua juventude e ao entrar na casa dos 20, são muito precipitadas a julgar os outros. Julgam-se, contudo, muito correctos e detentores de uma mentalidade muito aberta. Não fossem jovens a descobrir o mundo! (o seu). Mas comportam-se e agem seguindo um raciocínio estereotipado.
Basta um minuto com uma pessoa para tomar este tipo de decisões definitivas e relevantes. Surpreende-me a muralha que erguem de imediato, a «etiqueta» que colam no indivíduo e que o rotula como alguém de zero interesse ou de elevado interesse. E assim a deixam por anos, não vá um acaso qualquer os fazer pensar que podem ter estado errados todo aquele tempo. Coisa que descobririam mais cedo se não fossem rápidos demais a «catalogar» tudo e todos. E resistem a essa percepção, à admissão de erro. Negando o que é evidente para não dar o braço a torcer e arranjando novos ou repetidos argumentos para justificarem o mesmo erro. Ou seja, não satisfeitos em ter feito um juízo de valor errado ainda se recusam a corrigi-lo.
terça-feira, 15 de abril de 2014
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