quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Fui visitar o Oceanário!

 

Tenho de agradecer à Fatyly (Uma nova cubata) porque foi quem comentou que o Oceanário estava a fazer um preço especial para entradas durante a Jornada da Juventude. 

Não podia desperdiçar tal oportunidade. Eram 4 da manhã quando li o comentário e pouco depois comprei o bilhete. De tarde, lá fui ao Oceanário. Fazia muitos anos que não lá ia. 

Até dia 11 de Agosto, quem comprar o bilhete online com o codigo JMJ23OCEAN, em vez de €25 PAGA 10 euros. Ah, mas eu sou senior.... 10 euros. E eu tenho uma criança.... 10 euros. Tudo fica por 10 euros. 

Depois de o ter visitado, infelizmente, não posso dizer que o valor habitual é justo. Por 10 euros não se perde muito, mas mais do que isso julgo mesmo que não satisfaz. Quem conhece sabe que o aquário tem um tanque central, visto em todas as salas dos dois pisos, e depois quatro pequenos habitats: O Ártico, o Pacífico, o Tropical e o Atlântico.   


Queria muito ver os pinguins, mas quando lá cheguei não me pareceram muitos e quase que fiquei decepcionada com a única espécie presente no primeiro piso. Confudem-se por patos. Levei tempo até lhes detectar movimentos de pinguim. Grande parte do tempo estavam a tratar da higiene, tal como patos. Foi preciso aguardar e avistar que saltitam e nadam como... pinguins. 


Encontrei mais pinguins no piso superior mas quem chamou mais a minha atenção, tal como recordava, foram as aves que com os pinguins coabitam nesse espaço. Fantásticas criaturas, cheias de energia e de uma aparência invulgar, que vale a pena observar.

Porém achei curioso que, a determinada altura, os pinguins ficaram muito tempo de pé, imóveis, todos a olhar na mesma direcção. Como se a obedecer a um chamada só conhecido para eles. Fiquei a pensar qual o significado daquilo. Será que alguém notou?


Senti bastante a falta de aves no habitat do Pacífico. Assim como as Lontras! O tanque estava vazio. Simplesmente vazio. Este ecossistema estava bastante pobre, representado apenas por uma estrela do mar. Contudo, a estrela foi "a" estrela daquele espaço e não existiu uma pessoa a passar por ali que não tivesse tirado uma fotografia à estrela do mar agarrada ao vidro.

Olhando de perto, diria que as ventosas da estrela-do-mar são semelhantes à aparência de uma carpete. Ou melhor; uma toalha de banho, cheia de filamentos. 


Os ecossistemas mais pobres, foram, sem dúvida, o Pacífico, sem Lontras ou aves e a a Floresta Tropical. Apenas com alguns peixinhos coloridos e vegetação vazia da algazarra de qualquer ave ou insecto. A pesar de passar pelo caminho das cordas, um espaço para se caminhar entre diferentes espécies verdes, não consegui distinguir nada de muito diferente do que avisto no dia-a-dia. É um ecossistema que não me agrada pela sua humidade e calor. Respirar fica penoso e prefiro muito mais o ar fresco do Ártico, ao qual decidi regressar. 

Mas antes... não é que se via perfeitamente, no habitat dos pinguins, também peixes no fundo do aquário? Passei que tempos a observar as raias que mal se distinguiam do fundo. Com as suas pintinhas e cor idêntica à superfície na qual repousavam, eram quase invisíveis. 


Sucesso tão grande quanto a estrela do mar só mesmo a deste "amiguinho": uma espécie de tubarão. Qual não sei, porque onde o pobre decidiu repousar não existia o seu retrato e nome. 

Ficou quase imóvel, diante de centenas de pessoas que lhe esticavam o dedo em direcção à boca. De ar dócil, com olho redondo, ponderei no que pensava. Se era manso ou se a quietude disfarçava a necessidade de caçar com agressividade. Fiquei curiosa sobre a sensação de toque na sua pele. Através do vidro pareceu ser feito de... pelúcia. Deduzi que era macio como algodão.


O meu lugar favorito contudo, não foi no Aquário central, mas num aquário à parte: o japonês, que fica no segundo piso, antes de se entrar no edifício-mãe - o ventre do aquário em si. Tem uma atmosfera que me apraz. Aparentemente é o maior do género, embora eu o considere pequeno. São três paredes todas em vidro, todas um único aquário, com fauna e flora marítima. Sereno, pacífico e belo. 


Com música ambiente, uma melodia serena, que acho que combina com o que os olhos vêm e a alma sente. A exposição também conta com vídeos a demonstrar como este aquário foi construído, os materiais usados, por exemplo, 80 toneladas de areia... Se é que foi mesmo tanto. Tem também uma entrevista com o criador, que faleceu em 2015. 

Gostei de voltar ao Oceanário. Mas se considero que vale €25? Não. De todo. É um valor melhor gasto no Zoo de Lisboa, por exemplo, onde a diversidade é maior e a maioria dos animais encontra-se ao ar livre - o seu habitat natural. Tem crocodilos, girafas, macacos, ursos, aves, pinguins, leões, leões marinhos, golfinhos e muito espaço para se caminhar.   



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