terça-feira, 7 de novembro de 2017

Só quem não é apanhado é que se safa


Uma hospedeira de bordo da British Airways foi demitida após a divulgação de um vídeo onde fez uns comentários sobre os clientes que recebe no avião. 

É típico dos ingleses.
TODOS O FAZEM.
E até pior que esta jovem aqui. 


Mas não foram apanhados. Ao invés de desculpar por saberem muito bem que tudo o que é dito é verdade e não teve real malícia ou consciência de ser impróprio, como com facilidade a tudo colam o rótulo de "racismo" e foi isso que prevaleceu, mais fácil que tomar a decisão compreensiva é DEMITIR a pessoa. 

Simples porque as pessoas são números. São importantes até à altura de causarem um mínimo desconforto. Aí são descartáveis como, aliás, sempre foram. As pessoas têm de se comportar muito bem - mas só nas aparências. Podem ser os piores «terroristas» e terem crenças realmente racistas. Mas desde que não sejam apanhadas e censuradas publicamente por as expressar, é como se fossem inocentes.

A meu ver esta ex-hospedeira da BA não disse as graçolas mal intencionada. Estava a tentar ser engraçada entre amigos. Mas descobriu que amigos há poucos... Ela própria afirmou que foi ludibriada por uns colegas, que a incentivaram a dizer aquelas coisas achando-lhe graça. Quem atende clientes sabe que existem padrões comportamentais que nada têm de racismo, apenas espelham uma questão cultural. E é natural que numa rota para a Nabímbia ou algo assim, se note o padrão comportamental das pessoas naturais desse país, assim como se conhecem os padrões dos orientais para a cortesia, pela preferência pelo chá... Onde está o racismo?

Este mundo está cada vez pior.
Isto do «politicamente correcto» é um veneno que se pode espalhar perigosamente na sociedade.
E é uma hipocrisia. 


Comentários gerais:
"Não detestam que hoje em dia tudo seja considerado racismo? Mesmo quando não é."

"Tendo crescido nos anos 60, crescemos sobre o sistema de "pedras e paus". Agora, graças ao Blair e companhia (tony Blair, ex primeiro ministro) vivemos na Grã-Bretanha Orweliana (George Orwel descreveu um mundo vigiado e censurado no seu romance 1984) onde tem de se olhar acima do ombro antes de dizer seja o que for. Patético".

"Sou um negro nigeriano e não vi nada de mais nos vídeos. Aliás, até comecei a rir. Os brancos é que acham que é ofensivo".


4 comentários:

  1. Os ingleses têm a mania, citando Michael Douglas em Wall Street, que mijam em penico de ouro.

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  2. Não sei inglês nem sei o que disse a jovem. O que sei é que racistas somos todos nós, mesmo quando não temos consciência disso, nem o dirigimos a uma raça diferente.
    É o que penso.
    Um abraço

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    Respostas
    1. Temos pre-conceitos, Elvira.
      Penso que é isso. Julgamos pela aparência, pela idade, pelo género e, por vezes, pela cor da pele, pela estatura, pelas deficiencias... Enfim. Somos seres humanos. Mas o bom é que logo nos redimimos, se para isso tivermos aptidão. E qualquer que tenha sido a impressão, dura uns segundos.

      É algo ainda residual que vem dos nossos instintos de sobrevivência... Suspeitar de acções, de indivíduos com mau aspecto, manhosos, etc. Porque podemos estar em risco. Enfim... Teorias cá minhas, também! Ehehhe.

      Um forte abraço.

      PS: a jovem estava a falar que estava num voo com clientes que só sabem dizer "quero carne! Quero carne!" e queixarem-se que não têm espaço para as pernas - e acrescenta - porque têm os "coisos" muito grandes a balançar e precisam de mais espaço. Enfim, faz graçolas.

      Eu coloquei links pelo texto caso quisessem seguir. Ia para colocar um em portugues do brasil mas sinceramente, o artigo era tendencioso, escrito a criticar a rapariga e não factual. Por isso repugnou-me um pouco. Foram buscar as fotos dela no instagram e sabe como são as adolescentes de hoje: é só fotos provocadoras, de beiço para fora, peito à mostra, poses parvas mas que acham o máximo, maquilhagem qb... A notícia de texto aliada a essas imagens comuns a toda a juventude, mais as legendas estavam já a induzir o leitor a uma conclusão. E isso não é bom jornalismo, é uma praga do jornalismo. Esse link não o destaquei, mas creio tê-lo disponibilizado algures no texto.

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