quinta-feira, 6 de abril de 2017

Assédios, inércias e oportunismo


Tanta coisa para... desabafar.

O indivíduo já saiu de casa. Mas ainda pode exercer direitos de propriedade. Descobri através da senhoria que amanhã a colega de baixo vai trazer um «friend» para ver o quarto. Não sei porquê, mas já tinha pensado que ela ia fazer exatamente isso. É o meu dedinho de adivinhação. 


Mas também vos digo: se esta atmosfera de «cada um fechado no seu quarto», que não implantei e sinto que fui forçada a seguir continuar quando aparecer o  novo ocupante do quarto - então acho que vou parar de pensar sempre mais nos outros do que em mim. Por exemplo: tenho fome não vou comer porque é tarde e não quero fazer barulho. Quando chego de madrugada não tomo banho para não fazer barulho... Não cozinho nunca porque há sempre alguém que cozinha sempre. Já chega. 


O chato vai ser se a rapariga - que parece continuar a evitar-me (mas porquê, que raio??) cá meter um amigo/a e depois dois unidos mas separados dos outros é sempre algo chato. Um encoberta o outro, torna-se os olhos e ouvidos para o outro e temo que ao invés de uma atmosfera mais leve e de convívio venha a existir outra sobrecarregada de vigilância. 

No emprego...
No emprego tenho tido horas difíceis. Não pela função, mas pelos colegas.  Um em particular, que está sempre a tentar me deixar mal vista. Ele não cessa nunca. Todos nós somos vulneráveis ao erro. Mas os dos outros são invisíveis. Os meus são criados, imaginados e inventados. Dois meses disto e já estou a ficar nervosa, ansiosa... tudo cá para dentro. Hoje era suposto estar a dividir a minha tarefa com outra pessoa - duas para a mesma função é agradável - aligeira um pouco a carga. Mas qual quê! Então não é que o rapaz não fez nenhum?? De tudo o que podia fazer - escolheu não fazer nada. Ficou mais tempo a passear pelo espaço, a falar sobre o seu jogo de futebol e a conversar com o tal que me quer deixar mal vista que a trabalhar. Depois chegou o gerente e, para meu espanto, o rapaz conversou também com este! Depois chegou a gerente-chefe que ali ficou a tratar de umas coisas e pareceu alienar-se para a inércia do rapaz. E eu que a julgava sagaz. Costuma estar quase sempre de uma forma simpática a chamar a atenção daqueles que já estão no «faz nenhum» por demasiado tempo.


3 comentários:

  1. Vida complicada por esses lados! "Ovelhas negras" existem em todo o lado. Infelizmente não existem só em Portugal e as más línguas são como uma erva daninha que espalha as suas raízes por tudo quanto é sitio.
    Muita força!
    Beijos

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  2. Pense sempre que melhores dias virão.
    Bfds

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