quinta-feira, 2 de junho de 2016

Que venham os Ikeas, que se banem as lojas chinesas!!


Preciso de desabafar.

E no final vou deixar um sincero apelo.

Se existisse um medidor de nervos os meus indicariam neste instante um elevado nível de nervosidade. Mas depois de desabafar volto quase à serenidade.

Há momentos na minha vida em que gostaria de saber aplicar melhor as leis que praticamente não conheço e sair mais a alguns dos "meus" que me são próximos. Que fazem por reivindicar os seus direitos e protestam em circunstâncias legítimas para tal, nem que tenham de chamar a polícia. Este é um desses momentos.


Fui a uma loja chinesa trocar um produto que não estava a funcionar adequadamente. Cheguei, com a simpatia que me caracteriza, aproximei-me do balcão, apresentei o produto e expliquei ao indivíduo, que tinha sido o mesmo que mos vendera, a razão de pretender a troca. O tipo responde: "não entendo". Tenho a paciência e a calma que me caracterizam de explicar pausadamente o motivo. Ele continua a não entender. Eu mostro-lhe: tenho dois artigos iguais, um funciona bem, o outro não. 

É raro trocar objectos danificados e não me agrada ir para trás e para a frente para o fazer. Porque faço todos os percursos a pé, não ando de carrinho. Pelo que me custa e tenho de organizar bem a minha agenda. E ali estava eu. Nunca me passaria pela cabeça que ia ser um dos momentos mais desagradáveis do dia! 

O que me valeu foi a presença de um empregado que fala português e que apontou para o obvio, que nenhuma barreira linguística seria capaz de impedir de se perceber se existisse boa vontade: um objecto funcionava bem, o outro não. E eu queria dois a funcionar bem! É pedir muito?

O indivíduo, que nem se levantou quando cheguei como cliente nem põs de lado o telemóvel no qual está sempre a mexer, faz então um som de escárnio - "hum!, seguido de um aceno negativo com a cabeça. Tira-me bruscamente o objecto da frente, mete-o de lado e diz: "não pode trocar!".

Eu fico na dúvida... se não posso trocar não deveria ele ter deixado o objecto onde estava ao invés de mo tirar? É o empregado que, mais uma vez, serve de esclarecimento: "pode trocar MAS É A ÚLTIMA VEZ, não troca mais". 

Um ultimato, antecedido de escárnio de reprovação. Que maneira de atender o cliente quando este entra pela porta, jesus!

Logo ali fiquei sem fala. Achei rude. Muito rude. Ainda dava um desconto para a diferença cultural mas... diante das circunstâncias não dava para disfarçar os factos com essa desculpa. Antipatia é antipatia, seja em que cultura for e mau atendimento ao cliente também. No acto de compra fui simpática, desejei-lhe sorte, e o tipo nem um sorriso nem um olhar de jeito. Muito evasivo. E eu nem sou de fazer interrogatórios mas, com uma loja quase vazia, não resisti à vontade de saber se iam fechar. Confirmou o fecho, um pouco com má vontade e não deu mais nenhuma resposta. Então desejei-lhe sorte... Como se pessoas que fecham lojas num lado e abrem noutras precisassem de sorte quando o que fazem é fugir ao pagamento de impostos!

Bom, para encurtar a história, eu é que fui buscar um outro objecto, troquei o objecto e o indivíduo, sempre a mascar pastilha de boca aberta e já a atender outro freguês que também foi trocar um objecto que não funcionava, aproxima-se para reivindicar o objecto devolvido. Aí sinto que não posso virar as costas e ir embora sem fazer o que faria em qualquer outro estabelecimento comercial: demonstrar, com educação, o meu desagrado pela antipatia demonstrada. 

E disse-lhe: Até ia para comprar mais coisas, mas o senhor não foi muito simpático. No acto da compra não nos dão o talão, não fazem devoluções (em dinheiro) até por isso acho que deviam ser um pouco mais simpáticos no atendimento. 

- Xau! - responde-me o tipo, sem me olhar no rosto, com outro som de escárnio e a mascar aquela pastilha.

Ora, isso não é enxovalhar o freguês??
Não é nos tratar como cães?
Foi como se me expulsasse. Quer lá saber se eu volto, se fico satisfeita... está a borrifar-se!
Tenho cá para mim que ser mulher e aparecer sozinha até o deixou mais à vontade para ser desrespeitoso. 


AGORA ENTRA O APELO:


Não comprem nada em lojas chinesas. Absolutamente nada. Nem que o produto venha da china e passe pelas mãos de retalhistas que o levam para as grandes superfícies. Vamos boicotar toda e qualquer loja chinesa. 

Acho que não nos damos valor como povo quando permitimos que estes comerciantes ajam diferente dos outros, quando a lei portuguesa é uma e deve ser cumprida igual por todos. 

Estes comerciantes da china não registam as vendas, não entregam talões de compra, não fazem devoluções em dinheiro... Onde pensam que estão? Os de cá têm de o fazer sempre, ou são punidos. E até aceitam devoluções até aos 30 dias após a compra. Estes não. Podes acabar de comprar e nem passar da porta e mudar de ideias. Voltas atrás e já não te devolvem o dinheiro.


Que venham os suecos e as suas Ikeas, que são empresas respeitadoras dos indivíduos e do ambiente. Não escravizam a mão de obra nativa, como o fazem os chineses. Se estes não estão dispostos a trabalhar pelos costumes de cá, alguns ainda fazem por impor a exploração de lá e ainda tratam o freguês com desprezo, então que voltem para a china que pessoas assim não fazem falta alguma na europa. Voltem.  




Posso jurar que vi aquele indivíduo bem impregnado do pior da cultura chinesa. Com ares de superioridade masculina, menosprezando a mulher, desprezando outras culturas. Tenho cá para mim que se não aparecesse sozinha, frágil e doce, se tivesse um homem grandão ao meu lado, que o trato seria um pouco diferente. Se fosse celebridade, conhecida... aposto que também ia ser "aquela" interesseira simpatia... 

Pessoas assim jamais deviam dedicar-se ao comércio. São intragáveis. 
Só lhe desejo o mesmo Xau que me deu... mas para se por daqui para fora recambiado para de onde veio.

8 comentários:

  1. Chineses e paquistaneses proliferam por todo o lado. Acho injusto que eles não paguem impostos. Ainda se os preços fosse mais em conta... mas quando vamos lá, os produtos melhorzinhos são ao mesmo preço que noutro lado. E seguem-nos pela loja como se fossemos criminosos, prestes a fazer um assalto. Eu evito ir lá sempre que posso.

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    1. Tocas-te num ponto que não me canso de sublinhar mas acho que poucos entendem: os preços. São uma porcaria! Bem elevados para a péssima qualidade. Habituámos-nos a levar coisas de fraca qualidade e não reclamar por se estragar ao fim de uma semana. E tens toda razão: uma coisa melhorzinha é ao mesmo preço de outro lado.

      Não sei se chegaste a apanhar as lojas dos 300. No início tinham produtos realmente em conta e a maioria de qualidade. Ainda tenho objectos de cozinha e outros utensílios adquiridos nessa altura.

      Depois foram "eliminadas" pelos chineses, que apareceram com preços abaixo dos 300 em algumas coisinhas de cáca mas que agradou a muitos. As lojas dos 300 fecharam e as dos chineses aumentaram o preço dos mesmos produtos que antes vendiam por metade do valor. Eu também evito lá ir. Já não ia a uma saindo de lá com uma compra pouco antes do natal. E se depender de mim, não volto. Simplesmente por achar que isso defende o comércio tradicional, que é de maior qualidade em todos os sentidos. Quero comprar produtos com etiqueta "feito em portugal". Estou enjoada que tudo venha do país que explora jovens, crianças e velhos até à morte.

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    2. ah sim as antigas lojas dos 300! isso é que eram lojas a sério. Apesar do preço ser baixo, haviam coisas com qualidade. E quem diz que não ia lá, mente porque apareciam pessoas de todas as classes sociais. Infelizmente, com a chegada dos chineses essas lojas deixaram de existir.

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    3. É o preconceito tuga, Ana. Ninguém tem problemas em assumir que vai às lojas dos Chineses mas na altura ir a uma dos 3oo era vergonhoso para algumas pessoas. Só porque era uma loja barata. Os chineses apareceram ainda com mais barato e aí já não existiu problema, porque eram... chineses?

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  2. Penso que em todo o lado e todas as culturas têm gente bem e mal formada.
    Na minha rua, tenho três lojas de chineses, sendo que a primeira já vai a caminho dos 12 anos. Nunca fui assim atendida em nenhuma delas, as três dão talão, e numa delas já fiz uma troca sem problemas.
    Aqui na zona, só uma que apenas vende fruta e legumes, não dava talão. Comecei a pedir-lho e agora já nem preciso de o fazer que ela me dá sempre. Não sei se a diferença é porque todas estas casas são geridas por senhoras...
    Um abraço

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    1. Olá Elvira. Também não sei. Mas gostaria de acreditar que os "bons" ficam e os maus acabam por se dar mal. Aquela loja tinha muitos poucos artigos, já faz para aí um mês. Parece que vai fechar. Mas ainda tem a porta aberta e atendem mal a clientela que é um ultraje. Se for fechar por falta de clientes, não me admiraria. Se for fechar por não cumprir com regras mínimas e básicas na lei, também não me surpreenderia. Se vai fechar porque atingiu o prazo que tinha para ficar livre de impostos e vai mudar para outro lugar para continuar a não pagar, recrimino.

      Costumava perceber que abrir um estabelecimento comercial era algo muito trabalhoso, cheio de burocracia, com licença para tudo, condições específicas de áreas, arejamento, portas anti-fogo, alarmes, extintores, WCs, etc. Entro numa loja chinesa e não vejo o WC -muito menos se é para o público, não vejo um extintor nem símbolos de saída de emergência, etc. E algumas são gigantes, pois ocupam áreas anteriormente de grandes fábricas ou indústrias.

      Parece-me fácil demais o que antes era tão difícil. Mercearia chinesa... A ASAE deve andar em cima como em todas as outras, ou não?

      Quando lhe dão talão repara se registam a conta? Por vezes parecem registar num sistema à parte. Mas tem loja que parece digna e mais ajustada ao cliente que outras. E aquela onde fui parar - até por pena por a ver tão deserta e querer ajudar - não está nada inserida nos costumes de igualdade e respeito que por cá nos habituamos.

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  3. Vivo em Macau há 21 anos.
    Parte da minha família é chinesa.
    E posso dizer-lhe uma coisa com todo a frontalidade - os chineses vendem.
    Serviços pós-venda?
    Isso nem faz sentido na cabeça deles.
    Comprou, não gosta, não presta?
    Compre outro!
    É assim que pensam e que agem.

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    1. Obg Pedro pelo esclarecimento. É a ideia que tenho dessa cultura. Se estivesse na China, aceitava-a. Não estou. Não saí do meu país. Vivo em Portugal. Sob as leis portuguesas. São essas que se têm de cumprir.

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