quinta-feira, 23 de junho de 2016

A importância da sesta


Os Espanhóis têm este estranho hábito: fazem a sesta.
Ao início da tarde fecha todo o comércio: é hora da sesta e vão todos dormir.

Na escola secundária um colega ficava incomodado quando a "stôra", para terminar a matéria, alongava a aula pelo intervalo de almoço. Para ele isso significava menos tempo para dormir e o facto era-lhe intolerável. Numa ocasião chegou mesmo a levantar-se e ir embora. Imaginem o que é andar na adolescência, ali em torno dos 18 anos, e não esconder de ninguém que vai literalmente a correr para casa à hora de almoço para ingerir a comida da mãe, meter-se rapidamente no pijama e dormir na cama. Parece que está a descrever-se como a um bebé de um aninho... Uma sesta para ele tinha de ter pelo menos duas horas, ou achava pouco e mostrava-se rabugento.

Os colegas da mesma idade estranhavam. Afinal, todos nos sentiamos logo mais energéticos quando chegava o intervalo grande... o do almoço. Tínhamos tanta energia que queríamos despendê-la em actividades variadas e não desperdiçar horas do dia a dormir. Isso era para a noite. E aquele rapaz - um dos mais inteligentes nas matérias todas - só pretendia dormir.

Mais tarde, o ano passado para ser precisa, na universidade, tive um colega com 25 anos que aparecia com cara de quem acabou de acordar, aguentava uma hora de aulas até dizer que o que mais queria era ir dormir. E algumas dessas vezes, foi! 


Dormir? 
Se há coisa que fiz pouco na vida e com a qual muito duelei foi o sono.

Deve ser por isso que agora estou a pagar a factura.


Preciso de tirar uma sesta.
E por sesta quero dizer um curto coma.

Não interessa se durmo duas ou 13 horas.
No dia seguinte ainda me sinto cansado.

Querido sono:
Sei que tivemos problemas no passado.
Mas agora amo-te muito!
A minha droga é o sono...
O meu fornecedor é a cama...
E a polícia é o despertador!




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