Se queres qua aquela chuva que ameaca cair se retenha quando saires a rua, tudo o que precisas de fazer é transportar contigo um enorme e chato de carregar guarda-chuva.
quinta-feira, 29 de julho de 2021
quarta-feira, 28 de julho de 2021
É uma estrela? Nao, é um aviao.
Aquela luzinha branca e vermelha a piscar no ceu, que se movimenta com velocidade e logo desaparece: ja se avistam com frequencia.
sábado, 24 de julho de 2021
O segredo de um casamento duradouro
O segredo de uma relação duradoura (e feliz) parece-me ser que tem de ser a mulher a "usar as calças". O controlo e as decisões finais têm de estar nas mãos das mulheres. Concordam?
Os casais que vejo formarem-se, antes mesmo de o ser, já lhes adivinho durabilidade matrimonial com base nesta sensação que me dão. Anos se passaram e aqueles que achei que iam permanecer continuam e aqueles que achei que a maior probabilidade seria viverem a se desentender até romper, assim o foi.
Parece-me ser esse o denominador comum: a mulher tem de ser alfa.
Um homem também alfa, só se deixa levar por uma mulher se esta o deslumbrar intelectualmente, o excitar fisicamente e, principalmente, se através desta ele achar que vai ser fácil conseguir atingir os seus objectivos mais íntimos. Ele tem de concluir que ela lhe vai proporcionar as experiências que sempre desejou e não conseguiu obter sozinho. Um homem ambicioso mas que não tem muito por onde se expandir, vai procurar uma mulher que o faça sentir expandido.
Uma mulher dominadora/alfa, muito centrada nas suas necessidades, quer que um homem lhe obedeça. Não se sente atraida por nenhum outro. Não pelos galãs, pelos populares. Vai procurar um palerma virgem calmo e desesperado, que se sinta tão abençoado que acaba por passar a sua vida a lhe fazer todas as vontades e logo o começa a treinar/domesticar.
É outra forma de sucesso de uma relação duradoura. Não importa quanto tempo passe e quanto o homem perceba que faz muito mais que a sua cara-metade. Ele sempre vai recuar até à lembrança de que "nenhuma outra o queria" e que teve sorte em encontrar aquele "verdadeiro amor". Aliás, ele se transforma num defensor acérrimo de todas as atitudes da esposa. Mesmo aquelas que... não ficam bem.
Esses são os dois exemplos que sempre vi que dão certo.
Conhecem mais algum?
quinta-feira, 22 de julho de 2021
Milhares deles (que não acontecem)
Todos os dias, mais que uma vez, surgem-me conteúdos que quero escrever no blogue.
Dois, três, quatro, cinco tópicos... Mas tenho de esperar. E nessa espera, acabo por não os publicar.
São muitos, quase todos curtos (já me viram a ser sintética? Claro, mas pouquíssimas vezes) para reflectir num determinado assunto. Sendo assim, já que os dois temas de hoje já fugiram da minha lembrança, afugentados pelos afazeres, aqui fica a lápide a eles e a todos os outros que, um dia, triunfarão e acabarão por ver a luz do sol!
Aaha.
Fiquem bem.
domingo, 18 de julho de 2021
O despertar antecipado e a hiperactividade
Três minutos para as seis da manhã. O céu está nublado e a claridade ainda não chegou ao seu pico. Decido ir abrir a janela para que o ar quente que mal me deixou dormir seja substituído pela frescura deliciosa destes primeiros minutos de claridade. Já não há mosquitos, melgas, moscas, aranhas ou quaisquer outros insectos para me tirar o descanso. Por instinto algo no céu desperta-me a atenção. É um objecto voador dourado. De forma cilíndrica, movimenta-se com velocidade, da direita para a minha esquerda.
Os aviões voltaram a povoar os céus. Este foi especial porque estava a voar acima das nuvens, onde o sol já brilhava com toda a intensidade. Mas aqui na terra, sob um céu de nuvens matinais e uma chuva tão miúda que era mesmo invisível aos olhos e impercetível ao toque na pele, sobressaiu o brilho dourado, que conferiu uma cor de ouro ao metal do avião, banhado pela luz do sol. Como uma pintura, de um céu branco-cinza, com um traço de dourado.
Depressa a visão desapareceu. Mas não o som. Esse levou muito mais tempo a desaparecer. O som distinto e único dos motores do avião a ressonar pela atmosfera. Ah! Esse ruído, que por meses deixou de existir devido à pandemia mundial do virus Covid-19.
Lembram-se o quanto foi bom? O silêncio nos céus? A ausência do ruído dos motores voadores e também de motores aquáticos. Permitiram o regresso de golfinhos e outras espécies de volta ao rio Tejo e em toda a parte do mundo diminuiu a concentração de poluentes nas águas. Deram-se maiores avistamentos de animais - alguns não vistos há décadas.
Tudo tem um lado mau e um lado bom.
Já passam das seis da manhã e vou então dormir. Num quarto agora já aclimatizado pela frescura matinal. Três horas depois, às 10 da manhã, sou abruptamente acordada com três batidas da porta do WC. É a M., que há dias/noites é a única responsável por não me deixar dormir mais do que três horas seguidas. Antes de ter adormecido também ouvi o rapaz a preparar-se para ir trabalhar. Como sempre, fecha a porta do WC silenciosamente - como eu pedi, num recado que ainda está colado no interior da porta da casa de banho. Isso permite-me continuar no sono. Mas a forma como a M. se movimenta pela casa é ruidosa. Desperta-me como um som de um tiro de canhão e perpetua-se ruidosa nos seus outros movimentos, impedindo-me de os ignorar e voltar a adormecer.
Decido levantar-me. Estava desperta desde as 23h50m - altura em que a M. foi ao WC e bateu três vezes com a porta - despertando-me de um sono que tinha começado por volta das 21h45m.
E o que faço de pé às 10h da manhã?
Fecho a janela, porque verifico que há calor e o sol está quase a incidir. Mas antes, decido refrescar o exterior da janela, que verifico já estar quente. Como? Despejando água. Como tenho um telhado debaixo da janela, decidi fazer o mesmo nas telhas. E sabem que mais? A temperatura refrescou logo! Precisei de encher o cesto com água umas quatro vezes e numa dessas ocasiões, já estava na porta a segurá-la pelo manipulo para que não fechasse com um estrondo, e nisso avisto, pelo vidro da janela, vapor a emanar das telhas.
Evaporação!
Dez da manhã. Ainda não estava o sol a bater muito direto. Mas o calor que as telhas já estavam a armazenar era tal que água evaporava. Já se adivinhava que temperatura ia estar. Decidi então tomar algumas medidas. O quarto é quente. Mesmo com cortinas duplas - uma das quais feita com revestimento para o calor, o calor no quarto ia ficar insuportável. Teria de estar sempre a sair para a sala, onde o frescor é uma delícia.
Fui buscar umas placas de esferovite que, por algum motivo, guardei desde que vim da outra casa. Achei que seriam de utilidade. E não estava enganada. Coloquei-as nos vidros das janelas. Permitem a entrada de luminosidade ao mesmo tempo que travam o calor que o vidro emana. Estou agora no quarto, com as janelas cobertas com placas de esferovite, dois cortinados fechados e um débil aquecimento ligado - na parte de ventoinha sem radiador - claro.
Ao perceber que uma simples pedra que mantinha no parapeito da janela estava quente (e não estava ao sol!) achei que também seria uma boa condutora de frescura. Vai que a molhei - não funcionou muito bem porque ainda tinha o núcleo quente. Decidi colocá-la no congelador. Passou a ser uma condutora de frio. Melhor que gelo, ehehe.
Neste tempo e no espaço de duas horas, também cozinhei, lavei roupa, estendi-a, e plantei sementes de tomate no canteiro à entrada da porta (aproveitando o calor), canteiro esse que limpei ontem, também após ter sido privada de horas de sono. Arranquei ervas daninhas à mão, removi cada pedrinha decorativa, voltei a remover raízes, limpei a terra. A ver vamos o que posso fazer ali. Ideias não faltam. Falta conhecimento de algo muito importante: tipos de solo. Acho que a maior parte das pessoas desconhece que o solo desempenha um papel fulcral no sucesso da sobrevivência de plantas e ervas.
E pronto.
Não podem dizer que este blogue fala sempre das mesmas coisas. Nem mencionei quando tomei as vacinas do Covid nem essas cenas. Pode ser monótono e longo - estes meus desabafos. Mas são originais! Ahahah.
Agora imaginem-me, a atirar baldes de água para um telhado...
Naquele momento gostaria muito de ter uma mangueira. Ah, como gostaria! Ensopava o telhado inteiro. Ficaria tão fresquinho....
sábado, 17 de julho de 2021
Uma estrela de outros tempos cintila mais brilhante
Joan Collins é um dos nomes de artistas vivos, na cada vez mais reduzida lista de artistas da época de Glamour de Hollywood. Nos anos 50 ela já estava casada e a fazer filmes.
Deixo aqui uma entrevista que encontrei no youtube. Simpatizo com pessoas que dizem as coisas desta maneira. Não escondem. Não andam com rodeios. Não contam tudo, não procuram chocar, nem receber admiração. Além de actriz, ela e a irmã são autoras de livros. Joan é capaz de ser a mulher que mais biografias lançou - sendo a primeira delas feita em 1978. Não é melhor assim? Conhecer a vida da pessoa pela própria ao invés de andar a especular na boca dos outros? Já li duas obras das duas mas nunca fui ler as biografias. Uma chance única de ler sobre alguém que está vivo. Deixo uma tradução para os que não conseguirem colocar as legendas.
Tradução:
"Acho que é algo que tem vindo a acontecer pelo menos desde que eu comecei, uma jovem actriz de 16, 17 anos. Aliás, uma das razões pela qual o meu pai, que é agente teatral, não queria que eu fosse actriz, foi porque ele me avisou sobre "homens maus". Não sabia exatamente o que ele queria dizer com isso porque, sabe, como uma jovem de 16, 17 anos a começar a fazer filmes, eu tinha a inocência equivalente a uma criança de 10 anos hoje. Nós não sabiamos nada sobre nada. Certamente nada sobre a palavra começada por "s". Quando fiz os meus primeiros filmes, fui a uma audição só para representar uma empregada doméstica que tinha apenas uma fala no filme. O diretor queria que eu puxasse a minha camisa para baixo, para que pudesse ver o decote e pediu para levantar a saia, para ver as minhas pernas. Eu fiz, porque não era mostrar muito. Achei aquilo um pouco estranho mas depois acabamos por esquecer. Nesta ocasião eu também estava a trabalhar como modelo fotográfico e os fotógrafos nem pensavam duas vezes sobre tocar-te aqui (coloca a mão no seio), beliscar-te o rabo, dar-te uma chapadinha no rabo, chamarem-te querida, docinho, bonitinha, amorzinho, qualquer coisa nesse género. Tratarem-te como uma caixa de chocolates.
- Como foi em Hollywood?
-Ah, Hollywood. Bom, a primeira vez que passei por esta experiência foi com duas super, mega muito conhecidas estrelas. Foi numa festa. Era nova na cidade, tinha 21 anos mas era ainda bastante inocente. Estava a usar um top com ombros a descoberto e estes dois homens - eram tão famosos, mas não vos posso dizer quem eram porque o vosso advogado disse-me para não mencionar nomes - e eu, para meter conversa, disse: "Não gosto desta música". E um deles respondeu: "E eu não gosto disto" e ao dizê-lo agarra-me pelo top que era elástico e puxa-o. O outro ficou a rir. Senti-me humilhada. E fui embora.
-"Chegou a falar com a Marylin Monroe a respeito disso?"
- Sim, pouco tempo depois conheci a Marylin numa festa na casa do Jean Kelly. Eu estava a fazer uma personagem no "A rapariga no balouço de veludo vermelho" e ela disse-me que coagitaram-na para interpretar a personagem mas foi considerada demasiado velha - essa coisa das idades - e então ela disse-me: "Querida, presta atenção aos lobos em Hollywood". Eu respondi que fiz filmes em inglaterra por três anos e sabia lidar com "lobos". Ela disse: "Não os chefões poderosos. Se eles não receberem o que querem tiram-te o contrato. Já o fizeram a muitas raparigas".
-"Afectou a tua carreira porque perdeste papéis. E Cleópatra foi um deles".
-" Esse foi o principal. Fiz vários testes. E ambos os chefes do estúdio, que era um homem muito velho, com idade para ser meu avô, grego, ele era o CEO de toda a 20 Century Fox (empresa de cinema). Ele era o CEO e o chefe do estúdio era outro homem. Ambos andavam atrás de mim, (assédio) "a abanar a cereja" - que era o papel de Cleópatra. Eu fiz cerca de quatro testes para o papel. Numa festa estava a dançar com o cabeçilha do estúdio - que era um homem atraente na casa dos 50 mas eu era uma jovem de 24. Ele disse-me: "gostava de te colocar num pequeno apartamento e ir visitar-te duas a três vezes por semana. Garanto-te que terás primeira escolha sobre todos os guiões da 20 Century Fox". Sou um homem atraente.
- Mas é casado! - respondi.
A certa altura disse-lhe: Estou aqui com o meu agente. Vamos perguntar-lhe o que ele acha desse acordo. E afastei-me. Não ganhei o papel. Não sei se por esse motivo, se o estúdio preferiu ir com um nome mais famoso.
"- Deve ser chocante, saber que uma actriz conseguiu o papel por fazer essas coisas"
- Fiquei um pouco chocada quando ouvi falar sobre a Marylin. Aparentemente a Marylin foi extremamente abusada por homens. E fez tantas coisas que não queria ter feito para conseguir papéis. A maioria destes homens eram gordos, velhos, feios, hediondos. Quando comecei, a meio dos anos 50, estes homens andavam naquele negócio desde que eram jovens de 20 anos. Eram todos velhos por aquela altura.
-E as pessoas à volta devem ter sido complacentes. Contas-te uma história de ir ao encontro de um produtor e a secretária disse-te: "Ele está ali" e apontou para o banheiro. Ele estava na banheira. Ela devia saber que ele estava a tomar banho na banheira quanto te direccionou para lá ires.
-Sim, claro, Sim.
-"Uma mulher enviou-te para ele na banheira"
-"A primeira coisa que ele disse foi: "Entra". "Não posso, não posso, tenho um encontro" "Com quem?" "Com o meu namorado, Worren Batty". "Quem é esse?" Eu respondi: "ele é um actor novo". Ele disse: "Porquê te dares ao incómodo de andar com um ator desconhecido? Eu sou mais importante. Vá, entra na banheira. Vamos falar sobre a personagem. Queres interpretar este papel?"
Era um papel excelente. Tinha sido interpretado pela Betty Davis. "Of Human Bondage" eu sabia que ia ser perfeita no papel - porque era inglesa, mas eu disse-lhe que não ia entrar na banheira, que tinha de ir embora. Depois ele olhou-me e perguntou: "Que idade tens"? "vinte e cinco". "Vinte e cin-co. Neste meio isso já não é ser jovem". E foi aí que compreendi que também existia o factor IDADE em Hollywood. Vinte e cinco não era jovem e vinte e sete era a idade em que se desinteressavam e já não atribuiam papéis.
segunda-feira, 12 de julho de 2021
Para aqueles que só vêm VERMELHO
Confesso-vos que quando oiço esta canção gostava de a apresentar a "Ele".
Nota: a tradução está errada numa parte muito importante. Depois de "Eles estão à espera de um pouco de romance" a tradução não é "dê a eles uma chance". é: "Eles não têm chance". Tão fofo!
domingo, 11 de julho de 2021
A minha vez na fila
-Está a espera?
- nao. Estou aqui parada a ver se me crescem raizes!
Porque e que nunca respondo assim quando a pessoa que se posicionou atras de mim segundos antes me aborda com esta idiota pergunta?
O que haveria de estar a fazer na fila de uma caixa registadora se nao aguardar a minha vez para ser atendida?
Uma coisa que reparei logo que cheguei ao UK e que me incomodou é este costume de, mal se chegar, ja mostrar impaciência por alguem aguardar a frente. Ja estava ali ha um minuto. Esperei pacientemente que tres raparigas fossem atendidas. Chegou a minha vez, o caixa estava a empatar e eu aguardei. Vai a pessoa atras de mim acabada de chegar e pergunta-me se estou ali a espera de ser atendida.
O que haveria de estar ali a fazer se nao isso mesmo?
"Estou a guardar o lugar para si" é outra que posso começar a usar.
A sério que me tira do serio.
Depois se ficar para os ver a fazerem seus pedidos, esta gente demora uma eternidade. Acaba-lhes a pressa.
Vim embora. O tipo atras de mim nem pestanejou. Avancou e tomou o meu lugar. O caixa tinha pedido para que eu aguardasse so que eu tambem achei que era espera demais. O cliente toma prioridade sobre questoes menores que podem esperar.
O que nao gostei foi ver o tipo aparecer sem mascara no rosto, ajusta-la varias vezes a medida que a tirava e voltava a por no lugar. Depois pegou nuns copos de plastico e pediu agua. Com a mesma mao com que tocou na mascara.
A falta de cuidados em transmitir microbios e algo que posso tentar fechar os olhos ate tres vezes. Mas o puto puxou a mascara quatro vezes.
Nunca mais vou conseguir beber um bubble tea...