Metereologia 24 h

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

20 euros em Junk food e porquê

 Gastei 20 euros na compra de comidas de plástico. Aqui está o que comprei:


Primeiro trouxe uma caixa inteira de noodles. Depois, noutra loja, trouxe o resto: 



Chocolate, batatas fritas, bolos cremosos, pepsi e uvas. Falta mostrar duas embalagens de pizza ultracongelada. Num restaurante de fast-food trouxe frango com batatas fritas (pacote castanho). 

Tudo isto comprei a preços o mais reduzidos que pude encontrar. Só fiz opções económicas. Por exemplo, os noodles na totalidade custaram 4 euros. A maioria das marcas de noodles tem um valor acima de um euro por unidade. Já que vou consumir isto, mais vale não dispensar tanto dinheiro só porque parece que a qualidade melhora um bocado. Junk por Junk, vou para o barato. Mesmo assim, 20 euros voaram da carteira num piscar de olhos. E não trouxe nada!

Fiquei a pensar se esse valor - os 20 euros, teria sido melhor empregue numa refeição realmente nutritiva.

Existem duas excepções às minhas compras habituais: a pepsi - que nunca bebo e as uvas, que voltei a comprar por ter gostado muito da variante Candy Cotton, vindas da Nabimbia. Infelizmente já não tinham essa variante então trouxe outra para experimentar. Não é algo que habitualmente compre. Geralmente falando, todas as minhas escolhas pretendem ficar pela casa do 1€ por unidade. O que significa junk food de marca branca, quase do mais reles (e por vezes perigoso) que há. 

Acima desse valor só trouxe as uvas (1.45€), a cocha de frango com batatas fritas (2.50€), dois pacotes de batata frita por 1.50€ cada.  De resto tento ficar pelo limiar de 1€ a unidade. O que, hoje em dia, é difícil. Por exemplo: o tablerone tenho de o ir comprar na loja dos "300" por 1€, já que por todos os outros lados subiu 15 centimos.

Se não fizesse isso, os noodles, o tablerone, as pizzas que me custaram 1€ ou menos, teriam custado mais e em vez de gastar 20€ teria gasto 30€ ou mais. 

É a realidade da vida. Esta nunca foi barata. O preço de tudo subiu em flecha depois que o Covid terminou. Parece até que decidiram fazer-nos pagar pelos lucros que deixaram de fazer durante a pandemia. O que antes comprámos barato porque eles queriam era vender, agora compra-se inflacionado. 

Porquê compro Junk food?
Porque não tenho realmente escolha. A situação em que vivo impõe este estilo de vida. Não é aquele que gostaria para mim, não é aquele que procuro. É aquele que me é permitido. 


Fui fazer torradas à cozinha. Tinha acabado de acordar. Quase meia-noite. Entrei na cozinha, estava vazia. Mal lá coloco os pés, sai a M. da casa de banho. Com uma toalha na cabeça e de robe (a sua vestimenta habitual). Tinha reparado que o hub da internet estava fora do sítio e ia para ajeitar mas prefiro apressar-me e dirijo-me direta para o frigorifico onde tenho o pão fateado. Tiro-o para a bancada. Ela passa e sobe para o quarto. Abro o pacote e coloco o pão na torradeira. Esta não liga porque alguém sempre desliga o interruptor da tomada. Ligo-o e coloco o pão a torrar.

Volto à bancada para fechar o saco do pão e começo a escutar o ruído da M. a sair do quarto, já a descer as escadas. Foram segundos, que me levaram para colocar o pão na torradeira. E ela já vem aí. Mesmo de toalha na cabeça, acabada de sair do banho. 

Depois de ter atingido o meu limite no dia 26 de Janeiro, agora voltei a não me deixar afectar tanto pelos seus muitos comportamentos sociopatas. Ela é nacisista. E como a percebo assim e tudo se ligou na minha cabeça, a mentalidade dela não mais me vai me atingir ao mesmo nível que chegou a atingir. 

Ela entra na cozinha e sinto de imediato os seus olhos cravados nos meus. A energia dela é má, negativa. Mas a minha não é. Fico na minha paz. Ela anda de um lado para o outro que nem uma barata tonta, sempre o mais colada a mim possível. Só me mexi do frigorífico, onde arrumei o pão, para a mesa onde peguei no prato e direta para a torradeira. Estes passos foram praticamente com ela a fazer o mesmo. Fiquei parada, quieta, tranquila e em paz, à espera que o pão torrasse. Ela, que tinha algo no forno mas estava pouco se importando com isso, estava era incomodada com a minha presença. Não ligou ao forno, como qualquer pessoa normal faria. Em segundos diz-me: "Porque é que tens de estar aqui quando eu cá estou?". Não respondo. "Foi o que me disses-te" - acrescenta ela, provocando.  Não respondo. Nem me mexo. Fico a aguardar o pão torrar e os meus olhos não se desviam do pão.

Fazer torradas é uma tarefa tão corriqueira, não demora tempo algum. Nada em fazer torradas faz adivinhar motivos para situações de conflicto. No entanto, com pessoas como a M. qualquer movimento que outra pessoa faça lhe dá razões para criar um drama. Os restantes devem passar pelo mesmo, pois todos ficamos pelos quartos. Ela já torrou a paciência de TODOS. Mas tem uma coisa: sempre tem um alvo preferencial. Quando está a particularizar, faz por não ostilizar todos. Isso iria contra os seus propósitos. Que são eliminar essa pessoa. Então finge que está tudo bem, que é amiga, para depois introduzir veneno e colocar os restantes contra a pessoa que realmente quer eliminar. Quando consegue afastar a pessoa, passa para outro. 

Foi assim que fez com todos. Agora é a minha vez, tornei-me o seu alvo. Porque não concordo com o que ela faz e, do meu jeito, fiz-lhe frente. Quem ousa não concordar com um narcisista e não faz o que ela quer sobe imediatamente para a topo dos indesejados. Ao invés de se remover de uma atmosfera tóxica, porque ela é que a faz tóxica, insiste em ficar e intoxicar todos. Por mais que a situação se repita em todos os ambientes à sua volta: emprego, passadas casas, todas as pessoas no mesmo ambiente. Nunca que o Narcisista acha que o problema é ele, serão sempre os outros. E ele vai querer PROVAR isso. Para o conseguir, terá de provocar até causar uma ruptura, até obter uma reacção que, descontextualizada dos meses, anos de abuso, dá a parecer que a vítima é o carrasco e o carrasco, a vítima. Diria que é isso que a faz ter gosto pela vida. Atazanar os outros, implicar com pessoas. Dar-lhes ordens e esperar que lhe obedeçam faça o que fizer, é o sonho dela. Sabem aquele senhor feudal das histórias de terror? Que tem escravos e os tortura sem qualquer empatia? Pois ainda bem que esses tempos já passaram e melhor ainda que ela não nasceu numa família feudal. Há pessoas que, se tivessem nascido a provar o poder que o dinheiro proporciona, seriam tão más quanto Hitler. Cruéis monstros! A M., com as suas obsessões, mania das aparências e rituais estranhos envolvendo velas e rezas, faria "time" com aquela senhora feudal que matava as criadas jovens e virgens para lhes beber o sangue e se manter jovem.

Mas esperem: não acabou. Ela voltou a subir ao quarto, voltou a descer - tudo enquanto as torradas torravam. Sem propósito, que nem barata tonta, a lançar-me olhares de raiva, a ajustar a toalha que mal teve tempo de prender na cabeça já que ficou obesecada comigo, ao invés de se dar um tempo para secar o cabelo ou vestir alguma coisa! 

O pão torrado saltou da torradeira. Peguei nas duas fatias ao mesmo tempo, coloquei no pratinho e subi ao quarto. Ela tinha sentado na cadeira onde nunca quer sentar, usando-se para me intimidar e a mostrar descontentamento. Passo por ela com o prato na mão e subo as escadas. Ela não demora muito tempo, e vem atrás de mim. 

Como é que eu sei que ela olha para mim, que faz caretas, que ajusta a toalha se os meus olhos nunca olham na sua direcção? Bom, eu estou a tentar capturar estes comportamentos. Então carrego sempre o meu telemóvel comigo. Tive a boa lembrança de o colocar a gravar video antes de descer à cozinha. Apanhe bem ou mal, espero sempre que apanhe alguma coisa. Depois fui espreitar a captura e comprovei que os olhos dela estavam cravados nas minhas costas o tempo inteiro. Percebe-se o ódio, a raiva, e também a pequenes e insignificância da M. 

aqui está o "retrato" da monstra, no segundo que teve antes de se virar e voltar a cravar seu olhar na minha nuca. Como em todas as más embalagens, parece inofensiva, não é? 

Queria a cozinha só para ela, mesmo não lá estando quando eu lá entrei. Comportou-se como uma criança birrenta e mimada, com comportamentos egoístas e infantis e assim que o consegue, não o quer. Não ficou na cozinha, em paz, sozinha, como deu a entender que pretendia. Não foi sequer capaz de conjecturar AGUARDAR que o pão torrasse. Tornou esses curtos minutos num drama de novela mexicana. Subiu praticamente atrás de mim. Típico. O que realmente queria era causar uma briga. Eu não estando lá, tem de brigar sozinha. 


terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Vicissitudes numa casa partilhada

 Ontem tive um desentendimento com a M. Bom, dizer que foi um "desentendimento" é ser má para mim, visto que foi a M. que teve um dos seus "chiliques". 

Acontece que a minha decisão para este ano depois da forma como me tratou na passagem de ano foi não mais baixar a cabeça às suas mudanças de humor. Quando ontem gritou comigo: "Podes esperar?!!!?!!", sem qualquer provocação, só porque lhe é natural, pedi-lhe para não me falar nesse tom agressivo. 

Ela NEGOU ser agressiva, diz que é da paz e depois retorquiu com o habitual: "Tu foste agressiva primeiro". 

A tática dela para desviar qualquer crítica é inverter os papéis e dizer: "tu é que foste"! - tal como uma criança.  

- "Tu foste agressiva comigo a semana passada. Não te lembras o que me disseste?"  "Tu foste agressiva primeiro. Ser agressivo tambem é o comportamento". 

Por tudo o que é sagrado não me lembro de qualquer palavra ou atitude que ela pudesse distorcer para interpretar dessa maneira mas, conhecendo-a como conheço, ela só precisa de achar assim. Pode pegar em qualquer banalidade trivial e usá-la como justificação para as suas intempestividades. 

- "Não fui agressiva contigo" - respondi. 

Ela insistia. Sempre a precisar justificar a sua atitude sem justificação invertendo as coisas. Então não se calava a repetir: 

- "Remember? Remember what you said?" - disse-me. 

Aí não pude conter mais. Se ela ia buscar atitudes ficcionais eu ia mencionar bem reais e bem fáceis de lembrar. Relembrei-a:

-"Remember new's year eve? We were talking friendly and then you flip on me"?

E subi as escadas para o quarto. 


É que não há provocação, não há motivo. É só ela, emergida na sua egocentricidade e egoísmo, a reagir à sua má vontade em dividir uma casa com outras pessoas enquanto espera e exige que a deixem andar como se a casa fosse só sua. 

O que gerou esta sua reacção? Pasmem: 

 Tinha uma pizza no forno e quando desci para a buscar, a M. estava na cozinha. Com tanto espaço, ela decidiu que precisava ficar exatamente em frente ao fogão. Não estava a cozinhar no forno nem sequer tinha tachos ou panelas em cima. Ainda estava a abrir o armário e a espreitar lá dentro. Eu espreitei a pizza pelo vidro do forno, vi que estava boa e, para deixar a cozinha desimpedida e por estar com fome já que não comia nada em 24 horas, rodei os botões do forno para o desligar. 

É quando ela grita:
-"Podes esperar!??!!!"

Não é uma reacção normal. 

Todos os dias cedemos espaço, nos desviamos, para que todos possam circular. Estou a usar o lavatório alguém se aproxima para alcançar algo perto, desvio-me. É assim tão simples. Ela não. Ela foi meter-se intencionalmente na frente do fogão, sem necessidade. 

Mas a M. é tão absorvida em si mesma, que se irritou de imediato. E eu nem sequer manifestei qualquer intenção de abrir a porta do forno. Só estava ainda a rodar os botões para o desligar quando ela solta aquele grito e levanta as mãos ao ar. 

Ela, que costuma seguir as pessoas até à cozinha e tirar a vez de todos, ela que é assim, claro, interpretou um simples acto com a malícia das suas próprias acções e intenções.


O rapaz com quem sempre se deu mal e aquele que me fez bulling aqui dentro, regressou de um período de ausência. Ambos estão num braço de ferro invisível, teimosos, um a tentar fazer com que o outro saia primeiro. O rapaz quer ver nós as duas fora daqui. Só se dá bem com rapazes, tem problemas com mulheres. Já fez uma sair, agora quer ver se consegue expulsar as restantes. A casa está com um clima pesado. Ele, não é flor que se cheire. Eu sempre imagino que vai comportar-se metendo-se na sua vida e esquecendo-se da minha. Mas depois recebo sinais de que não. Continua obcecado comigo. Quer à força toda causar-me mal estar, continua com gestos mesquinhos provocatórios, tal como mexer nas minhas coisas e invadir o meu espaço no frigorífico. 

Ambos só trazem mau estar e não demostram maturidade. 

Subitamente dei por mim a perguntar-me porquê. Porquê? Porquê tenho de me submeter a isto. Porquê é esta a minha realidade?

Mereço muito mais. 
Mereço o que provavelmente o leitor tem, e nem se dá conta dessa sorte.