domingo, 2 de janeiro de 2022

Acho que vou ter de sair

 

Acordou-me ontem as 23h da noite com imensos barulhos a porta do meu quarto. Mais uma noite em que fico acordada por 8 a 10 horas. 

Assim que me mexo no quarto comeca a vir espreitar. Se saio e vou ao WC logo a seguir vai tambem. Silenciosa como uma serpente.

O tipo de silencio que devia ter demonstrado de noite, quando me acordou de um sono profundo em que cai por pura exaustao. 

Ainda assim acordou-me. Como sempre parecendo um furacao de barulho. Abrindo e fechando portas com agressividade, deixando agua a correr, batendo com coisas nas paredes. Sem demonstrar consideracao por mais alguem. 

Tem a mania que a casa e so dela.

Quando alguem se mexe fora do seu quarto é quando lhe da vontade de ocupar as areas em comum - todas, em simultaneo.

Comporta-se como se achasse que a cozinha é só dela. Poe-se a cozinhar no fogao ocupando todos os bicos e ainda exige o uso do forno. O ultimo dia do ano foi também o primeiro, alem do Natal, em que estive de folga. Os restantes passei-os a trabalhar. Mal pude comer algo de jeito. Apeteceu-me um pão com alho, quente, por isso meti um no forno. E relaxei no sofa enquanto aguardava que aloirasse. Ela, que ja ocupava todos os bicos do fogão, tinha a maquina de roupa a lavar e estava no banheiro do andar superior, tendo sido a razão para eu ter descido a cozinha ja que estava a fazer uma algazarra descomunal que me acordou, aparece e começa a mexer nas coisas ruidosamente. Depois manda-me tirar o pão porque quer usar o forno.

Obedeço sem mostrar desagrado. Ela justifica-se dizendo que esta com pressa, dali a nada o rapaz do andar de baixo aparece para cozinhar e ela quer faze-lo antes dele. Eram 16.30 da tarde. As 20.30h ainda estava a ocupar a cozinha e o forno. Disse-me que "não tem tempo" (argumento que usa sempre) e vai sair. Naturalmente perguntei-lhe se vai festejar fora o ano novo. Algo a que pareceu dar importância no dia anterior. Nisto fica séria e nao me responde. Pergunto-lhe se vai a um pub - e ia para acrescentar que eu tinha sido convidada a ir a um - mas nisto ela, furiosa, responde: 

-"Nao me faças perguntas! Estou de mau humor! Nao fales comigo."

- OK.

É a única coisa que lhe digo. Toda a interação termina abruptamente. Fico a reflectir porquê tenho de aturar um comportamento anormal daqueles. Parece bipolar. Mas não é. Porque sabe bem o que faz e quando ocultar o que realmente é. Nem tem essa desculpa.

Porque não podia a conversa fluir normalmente? - reflecti.  Fiquei a desejar estar a dividir a casa com alguém que respondesse com naturalidade e simpatia. A pesar de ter tido o meu descanso interrompido estava tranquila e serena. Em paz. Nao deixei que a sua nuvem negra fizesse sombra em mim, como provavelmente pretendia. Mas ja estou a sentir a minha tolerancia desgastada. 

Qual o propósito de aturar isto?


Assim que eu ou o rapaz que fazemos turnos de 12h chegamos a casa, é quando ela corre para o WC e abre a torneira do chuveiro. E faz sempre isto, sabendo muito bem a que horas as pessoas regressam dos empregos precisando de um duche. Ainda tem a agravante de estar o dia todo em casa e nao lhe faltarem oportunidades para o ter feito. Assim que ouve o portao metalico a bater ou a voz de alguem a se aproximar da porta de entrada corre aquela divisao e poe a agua do chuveiro a correr. Ja deixou bem claro para todos que quando faz isso ninguem pode la entrar. Uma vez encontrei a agua da torneira do lavatorio aberta e nao e so um fiozinho de agua e com a forca toda. Ja estava assim ha uns 15 minutos! É demasiado tempo. Julguei que tinham esquecido entao fechei a torneira e fiz uso rapido da sanita.

Ela aparece-me assim que abro a porta, furiosa por eu ter usado a sanita, dizendo que o WC era dela e que devia ter entendido que deixou a agua a correr de proposito e ordena-me para nunca mais fazer aquilo, que ela nao gosta, que temos de respeitar os outros e que agora ela tinha de desinfectar tudo novamente. 

Ela, a mais porca de todos.

Incutiu na casa uma atmosfera castradora, onde todos receiam a sua fúria e não se sentem livres para circular sem que ela lhes apareça imediatamente a frente armada em senhoria para lhes exigir que sigam comportamentos que ela e a primeira a não exibir. 

Deixa a roupa na maquina por horas e horas mas ai de quem tocar nela. Se alguém a tirar para fora para poder lavar a sua roupa a M. passa-se dos miolos. Diz que tem de lavar a roupa novamente e fica realmente possessa. Proibiu todos de tocarem nas coisas dela. Que tanta vez deixa por toda a parte em locais inconvenientes. Noutro dia teve um ataque porque peguei na mala dela, que ela havia depositado em cima da cadeira onde eu estava sentada a preparar uma refeição. Chegou, interrompeu-me, tomou conta de todo o espaço, não aguardou a sua vez, atrapalha-me e ainda manda vir porque pretendia voltar a sentar-me na cadeira que estava a usar. Depois desculpa-se com "vim da rua, as malas vieram no autocarro, nunca se sabe se tem Covid". Mas se essa fosse a preocupação - que sei que não é porque age assim com tudo, não as colocava na cadeira onde nos sentamos nem a seguir teria as colocado nas outras cadeiras da casa. 

Noto que as pessoas preferem ficar pelos quartos so saindo quando ela não esta por perto. Quando o fazem e vão a cozinha preparar algo e ela lhes aparece a frente,  regressam aos quartos.

Estou cansada disso. 

Por norma a M. começa a lavar roupa pela manha mas o problema é que, tarde de noite, ainda esta a usar a maquina. Ocupa-a o dia inteiro!!! Na única vez que escolhi um programa para lavar roupa longo ela criticou-me de imediato, dando-se a si mesma como exemplo a seguir, dizendo que sempre escolhe o mais curto. Quando desci com a roupa para a meter na maquina não estava ninguém na cozinha. Ela seguiu-me até lá, depois de me ouvir sair do quarto. Não dá a ninguém espaço para se mexer. Ouve e segue as pessoas, para as espionar. Não posso nem fazer uso dos utensílios sem que ela espie e teça comentários.

Total falta de liberdade. 

Ainda se armou em perfeita, frisando que ela sempre escolhe o programa mais curto. Que isso é que é o correcto. Também eu! Mas naquele dia quis usar um diferente. Tinha bons motivos. Acabou por ser mais curto que o curto, visto que o tempo depende do peso da roupa. Mas ela tinha de estar ali a ver tudo o que faço, a aprovar ou a reprovar cada gesto. Controladora, castradora, inconveniente.

Quase que lhe disse que lhe perguntei que diferença faz o programa que ela usa se fica o dia inteiro com uso exclusivo da máquina de lavar? Muitas vezes deixando as roupas no interior no final do ciclo por horas e horas, e certamente ate o dia seguinte.  

Durante um ano soube quando estava menstruada porque existiam sempre manchas de sangue deixadas na tabua da sanita e o pior, fios de sangue a escorrer pela sanita a baixo.

Nunca lhe disse nada porque me parece desnecessário. Somos mulheres. Basta a pessoa perceber, certamente e um percalço, uma distração. Para nao se repetir. 

Mas era assíduo.

Tenho o habito de sempre deixar o tampo e assento da sanita levantados. Para que se veja que o deixo limpo. E uma casa partilhada e assim que alguém detecta algo sujo pensa que o responsável e quem acaba de sair. Mas nem sempre. Por isso deixo os tampos para cima. Ninguém parece se importar, assim sabem que o tampo esta limpo.

Ao vê-lo para baixo continuamente já adivinhava... sabia que bastava levanta-lo para ter "uma surpresa". E la estava: marcas secas de sangue debaixo do assento. Notava-se que tinha havido sangue por todo o lado e foi mal limpo. So se preocupavam com a superfície visível. 

Tipico M. !

E auto-proclama que limpa o WC inteiro, incluindo as paredes, todos os dias. 

Um dia sangrei do nariz, limpei com um pedaço de papel higiénico e despejei-o na sanita. Enfiei-me no duche e ao sair, esqueci de dar a descarga. A M. como sempre, vai enfiar o nariz no WC assim que me ouve a sair. Nisto começa a dizer que a sanita estava cheia de sangue. Eu não percebo o que ela quer dizer. Cheia de sangue? Impossível. Eu não tinha sido, não estava nessa altura do mês. E disse-me: "Quem foi? Não foi um homem". Só depois me lembrei do sangramento no nariz e disse-lhe que era um pedacinho de nada num papel higienico. Ela reage com exagero, dizendo que havia "muito sangue", que não pode ver sangue, que temos de limpar. Ao que lhe respondo: "Eu costumo ver o teu sangue aí". 

Desse dia a diante - contavam já 13 meses de casa, nunca mais vi a sanita manchada de sangue menstrual. Por isso sei que ela sabe o que faz. Sabe-o tão bem e não se importa de o fazer. Quando apanhada é que começa a ter cuidados. 

Achei muito irónico e típico da M. Só se incomoda com a visão de sangue se este não for o dela. Andamos todos os meses a ver o dela coagulado pela sanita e, excepcionalmente, um nadita de nada que estava na água sanitária, por não ter sido ela, causou-lhe repulsa e despoletou-lhe a vontade de chamar-me a atenção. Por isso ela sabe bem o que faz. Até no chão do WC cheguei a ver salpicos de sangue menstrual. Depois saí para ir buscar o telemóvel e tirar uma foto mas ela enfiou-se no WC de seguida e quando saiu o sangue no chão tinha sido removido. Isso disse-me logo que ela sabia o que tinha ali deixado. 


Quando ela faz muito barulho e depois fica silenciosa como uma serpente, é porque tem um homem enfiado no quarto.

Tanta vez ela chamou-me ao WC para que o cheirasse e concordasse com ela que cheira mal, cheira a "homem". Enojada, dava pulinhos e abanava as maos com nojo dizendo que nao podia com aquilo e eu nao cheirava nada. Ela jurava que conseguia detectar cheiro de homem. Cheiro de urina e outras coisas. A primeira vez que ca meteu um gajo foi quando notei olfativamente uma forte diferença no WC.

Mas ai ja não a incomoda. 

Ja nao tem cheiro, nao da nojo, nem tem objeções à presença de estranhos devido a poderem ser positivos para o Covid.

Estou a ficar cansada

O meu desejo de Natal e de Ano.Novo foi ver a M. abandonar esta casa para sempre. Mudar-se, ir para outro lado.

Mais ate do que voltar a ver aquele por quem um dia o meu coração palpitou freneticamente de paixão. 

Subitamente percebi que, se calhar, sou eu que tenho de sair. Nao vou fazer nada  intencionalmente para isso. Fica a constataçao.

Nao devia ser eu aquela que abandona a casa. Mas certamente não  será  ela. Aqui ela é senhora do seu Reino. Dia sim dia nao diz que ja esta farta e que procura outro lugar mas eu sei que é mentira. Talvez ate para plantar a ideia em mim. Para que eu comece a pensar em abandonar a casa. Afinal esta sempre a frisar que o meu quarto é pequeno e eu devia mudar-me para outro. Não há outro na casa, então o que ela está a insinuar? 

A M. é como um parasita. Jamais vai encontrar outra casa partilhada onde possa agir desta maneira e levar a dela adiante. Então nunca vai abandona-la.

É como um cancro. Invade e não desaparece. Aqui faz o que lhe apetece. Manda em tudo. Mete um homem no quarto sem que alguem lhe diga algo, deixa tudo sujo e ainda dá lições de moral nos outros sobre sujidade. 


Não sinto vontade de abandonar a casa. Adoro o meu quarto, a vista tranquila para o jardim e a janela de cima a baixo que abre totalmente deixando ar fresquinho entrar.

Alem disso tem o factor localização e economia. E o quarto mais barato onde alguma vez morei. Ate na primeira casa, cinco anos atrás, foi mais cara. Pagava as contas a parte. E a casa era velha, a cair aos pedaços, com problemas de humidade e correntes de ar. 

Na seguinte paguei menos 100 libras de renda, o quarto era minúsculo mas era assim que eu queria. Tinha  as contas incluídas mas a limpeza semanal tinha de ser feita por nos. 

Vou na terceira casa e tem tudo incluído, inclusive limpeza profissional semanal - coisa que antes tinha de ser eu a fazer. A renda e a mais barata de todas as tres casas e o quarto, pequeno, de longe o maior e melhor de todos. Virado para sul, que e o lado do sol e claridade. 

Os outros estavam para norte. 

Depois tem a localização: centro da cidade mas sem o reboliço dos barulhos. O bairro e pacato e ainda cá moram famílias. 

A vizinhança e silenciosa e segura- pois a porta e deixada aberta constantemente e.ate agora não houve problemas. Os vizinhos não são outros imigrantes a dividir uma casa. Sao silenciosos, simpaticos e sei que simpatizam comigo. Talvez aliviados por perceberem que tem aqui uma pessoa decente e nao uns depravados com gosto por barulhos e festas.

Nas outras casas quase todas á volta tambem eram alugadas a estrangeiros. Era um entra e sai, um desapego, nao havia realmente camaradagem de vizinhança. Gosto que esta casa tenha essa diferença.

Mas se tiver de ser...

Prefiro que se desse um milagre que metesse a M. daqui para fora. Mas ela é raposa matreira. Não da ponto sem nó. Esteve o dia inteiro no quarto a fornicar mas assim que apareceu o senhor da limpeza trocou o robe por roupa e apareceu para trocar umas impressões, dizendo-lhe que esteve muito ocupada a trabalhar como esteticista. Fez-me rir. Trabalhou tres dias e acha que isso e muito. Ele e eu provavelmente estivemos todos os dias a trabalhar com poucas exceções. Mas ela que teve sempre em casa e excepcionalmente sai para trabalhar, esteve "muito ocupada". 

Logo de seguida subiu ao quarto onde mantem o gajo para dar continuidade aos prazeres carnais. Só desceu para espionar. E para bater a porta da casa e fingir que o gajo tinha saído. Depois ficou atenta aos meus movimentos pela casa a ver se me apanhava mas nao lhe prestei atenção. Acho que quer perceber qual a minha reaccao. Porque hoje "apanhei-o"! Passados tantos meses - voltei a apanhar um gajo de roupao a sair do WC e a enfiar-se no quarto dela. Geralmente ela disfarça, anda de um lado para o outro certificando-se que ninguem o vê.

Deve acreditar que so hoje descobri o que anda a fazer nos últimos meses desde o verao. 

Por isso digo que ela e raposa matreira. 

Se tudo isto continuar a me perturbar como anda ultimamente, adeus renda econômica, quarto virado para a claridade de um jardim, vizinhanca e localizacao central. 

Ainda assim continuo a rezar para que algo serio a afaste daqui para fora. 

Ela é um perigo. Causa mau ambiente, põe as pessoas mal dispostas, fechadas no quarto e é dada a danificar tudo o que toca. Esta casa está longe de ser aquela para qual me mudei. Bagunçada mas também danificada. O frigorífico que tanto Huau! me causou, tem uma porta que ao abrir fecha sozinha. É uma das coisas que mais me irrita, não poder movimentar os produtos alimentares com ambas as mãos livres, uma tem sempre de ficar a afastar a porta para que não se feche. Foi ela, a M. que a danificou. Costuma deixar a porta do congelador e do frigorífico mal fechada. Já contei cinco vezes - o número de ocasiões em que encontrei a minha comida toda descongelada. O congelador e o frigorífico estão todos sujos de uma gosma branca - identica à que ela está sempre a usar. Caiu por ali abaixo e foi mal limpo. Partes solidificaram. A carpete do corredor esta manchada e tem um círculo castanho perto do quarto dela, onde costuma colocar coisas, como pratos de comida, etc. Quando me mudei achei a carpete do corredor tão nova que, diante do calor no meu quarto, decidi deitar-me ali. Foi muito confortável e refrescante. Agora não o repetiria. Sei que a carpete tem muita sujidade e não parece nova. Ela parte os utensílios no WC, danificou a chaleira, deixa tudo sujo... 

Oro a Jesus para que a tire desta casa e acabe com este martírio de ter de conviver com ela. Gostava de experimentar como seria a vida na casa SEM ela. Porque julgo que, a pesar das tendências de cada um para se ser mais ou menos cuidadoso,  acabariamos por nos entender. Quase que tenho a certeza que as melhorias iam ser significativas em todos os aspectos. O maior obstáculo para isso é ela. Ela não é o "pilar" que ainda mantêm alguma coisa de pé- como se acha. Ela é a razão pela qual tudo colapsa.

Rezo para que vá embora.

Rezem por isso também 🤗

Bom janeiro.





4 comentários:

  1. Portuguesinha, viver assim é um grande martírio, acho que nem é viver. Precisa do seu espaço e da sua tranquilidade. Só tem duas opções: ou se impõe corajosamente e exige com vigor que a deixem ter o espaço que e como precisa ( aí ninguém é dono de nada, tem de haver partilha com respeito) ; ou então, não reze para que ela saia: se não quer confrontos comece a procurar um lugar calmo e de respeito a que possa chamar CASA.
    Boa sorte e melhor ano para si. Maria.

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    1. Sem que tem razão, Maria.
      A experiência anterior ensinou-me isso.
      Rezar não ajudou. Foi quando saí que tudo melhorou. Passados uns meses, até eu voltei a ser quem era originalmente. É espantoso o quanto pode ser pernicioso a exposição prolongada a um mau ambiente. Quando uma pessoa começa a ter a sua paciência no limite, é mesmo a altura ideal para procurar outros pastos.

      Novo ano, novas decisões. Eu decidi que não vou aceitar mais que me maltrate como fez no final do ano. Afinal, ela sabe bem o que faz. E talvez pare de ficar por perto quando ela se introduz nos espaços. Já que não sabe aproveitar a minha presença para dizer coisas positivas, só para mandar vir e reclamar. Que refile sozinha que os meus ouvidos cansaram de ser caixote de lixo.
      Tudo de bom para si Maria e muito obrigado pelos seus recentes conselhos :)

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  2. Bom dia
    E que tal uma reunião entre todos para esclarecer essas atitudes dessa M de nariz empinado ?

    JR

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    1. É uma ideia. Embora incomodados, os outros dois não são de tomar medidas e preferem ficar pelos quartos a evitar os desmandos. O terceiro - não se sabe o seu paradeiro. Esse teve muitos atritos com a M. e acabou por os ter comigo também - mas porque o desejou. Com a M. ela provocava. Eu acordava com os gritos dos dois a chamarem-se mutuamente nomes feios. Os dois que restam jamais vão chegar a este ponto. São passivos. Tal como eu. Embora eu me irrite muito mais, não o demostro tanto. Ela consegue expulsar os menos passivos e dominar os passivos. Mas algo tem de mudar. Não estou mais para aturar as suas mudanças de humor. Num dia manda-me calar ou não me fala, no outro fala como se nada tivesse acontecido. Doida. A minha paciência está no limite.

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