Situação constante:
Um colega na casa termina o seu duche e depois abandona a casa-de-banho. Nisto, escuta-se o som de água a correr, sinal indescutível de que deixou a torneira da banheira aberta. O que acontece?
2) A pessoa ignora e deixa a água continuar a correr.
Pois nesta casa os colegas preferem deixar a água a correr.
É algo que me tira completamente do sério!
Agora mesmo aconteceu o seguinte: a rapariga entrou na casa-de-banho e pôs-se a escovar os dentes. Eu passei pela porta logo a seguir e consegui escutar o som da água a correr com toda a facilidade. É impossível que ela, lá dentro, não percebesse que tinha deixado a torneira aberta!
Ontem, depois de tomar banho, também deixou essa torneira aberta. E saiu de casa, deixando a água a correr.
No Domingo, o indivíduo, que só trabalha aos fins-de-semana por cerca de 12 horas, também deixou a água na banheira a correr. E para mim era impossível ele não escutar o barulho que a água faz ao cair. Principalmente sendo um quarto para as sete da manhã, altura em que a casa está mergulhada em silêncio total. Ele ainda perde tempo a passar pela porta semi-aberta umas tantas vezes, enquanto anda pelo corredor. Ficou cerca de um minuto no fundo das escadas, estando o banheiro mesmo ao cimo dos degraus. É IMPOSSÍVEL eles não darem conta dos seus próprios atos.
Impossível.
E isto está a deixar-me doida!
Ao invés de tratar da minha vida, perco tempo a desabafar sobre estes comportamentos absurdos que me estão a perturbar. Subitamente dei por mim a perceber que me impõem o papel de educadora de infância e dou por mim a presenciar comportamentos que só existem em creches. É aos miúdos de cinco anos de idade que se tem de ensinar que uma torneira não se pode deixar aberta, que eles têm de a fechar depois de terminarem de as usar e são estas educadoras de infância que têm de ir onde os meninos estiveram para organizar, limpar e arrumar a bagunça que eles deixam para trás.
Mas o que sou eu?
Vivo numa creche??
Mas o que sou eu?
Vivo numa creche??
No sábado, fechei a torneira. A muito custo e incomodada. Porque o indivíduo deixa sempre a torneira aberta, é muito enervante. Tem preferencia pelos dias em que vai trabalhar, o que significa que, não fosse estar outra pessoa em casa para se dar conta do sucedido, a água ficava a correr por 12 horas.
Uma vez irritei-me tanto por ele fazer isto duas vezes consecutivas, que decidi não fechar a água. Ele que aprendesse a girar a torneira até esta prender e fechar, caraças! Eu não sou mãe deles. Fiquei a imaginar que, eventualmente, acabaria por se dar ao trabalho de fechar a torneira ele mesmo. Mas qual quê. Não o fez. Voltou a ignorar.
Agora a rapariga fez o mesmo. Deixou a torneira a correr ontem de manhã. E eu decidi que não ia corrigir o que ela intencionalmente deixou de fazer, não ia ser a maezinha dela. Já me basta ter de andar a fechar torneiras atrás de um, agora dois??
E isso incomoda-me, porque sei o quanto a água é preciosa e que em certas partes do planeta escasseia. Por isso mesmo a revolta por eles a deixarem a correr é ainda maior! Eu sou capaz de afirmar que é um crime ecológio e humanitário mas neste país, aparentemente, o desperdício é algo que não lhes pesa na consciência. Tanto ela como ele percebem muito bem que deixaram a água a correr porque não são surdos e andam pela casa até eventualmente sairem só para regressarem horas depois. A água não está incluida nas contas que pagamos, talvez daí esta total despreocupação com o seu desperdício.
Perturba-me o estômago.
Se não permito esse comportamento às minhas filhas o que dizer de estranhos.
ResponderEliminarBfds
Os nossos educamos-nos.
EliminarOs outros é difícil.
Principalmente se não querem saber.
Bfds
Eu não sei como consegue aguentar. É preciso uma paciência de job.
ResponderEliminarAbraço e bom fim de semana
Cheguei a casa às 17.30 e ela estava a tomar banho. Agora às 20.45 desci à cozinha para comer algo. A água está a correr solta na banheira.
EliminarBom fim-de-semana.