sexta-feira, 9 de maio de 2014

A importância de ter BONS MÉDICOS

Eu tenho um médico de família. Mas desconfio que não é lá grande coisa como profissional, embora seja simpático. Demorou muitos anos até me mandar fazer um exame que detectou problemas na tiróide. De lá para cá, anos se passaram e nada mudou para melhor. Uma vez tentei doar sangue e só de olhar para mim a médica fez-me perguntas que nunca ouvi o meu médico me fazer. E isso me fez perceber que existem médicos mais instigadores, que percebem para além daquilo que nós conseguimos identificar. Nós só conseguimos estranhar e intuir as coisas, mas não temos os estudos para as identificar e perceber.

Gostava de poder ir a um médico, apresentar o que me preocupa e saber que este vai fazer de tudo para encontrar os «culpados» e apresentar os muitos caminhos para restituir a saúde danificada. Não tenho dúvidas que se a medicina quisesse, podia facilitar muito mais a vida a cada um de nós. Mas por vezes acredito que uma boa medicina, do género que idealizo, é coisa que só está acessível aos ricos. E não tem necessariamente de ser pelo dinheiro - embora seja relevante. Julgo que falta também conhecimento.

Já pedi ao meu médico de família para ter uma consulta de especialidade, mas ele acha que é desnecessário. No entanto cruzo-me com pessoas que, não sendo médicas, estranham isto e discordam. Fui às páginas amarelas e fiz uma lista de médicos especialistas e telefonei à vez, noutra fui aos consultórios... Acreditem se quiserem mas comigo este processo não deu em nada. Telefones que tocam sem ninguém atender e portas fechadas que ninguém vem abrir ou o que é pior: especialidade que «desapareceu» daquele consultório. Portanto não é só dinheiro que faz falta.

Gravura retirada da net que apresenta sintomas associados à falta ou excesso da produção de hormonios da tiroide, alguns dos quais entendo bem o que são


4 comentários:

  1. Eu sei o que isso é, pois acabei por ter sorte. Também tenho problemas na tiróide, detetados desde os 14 anos, e posso dizer que se não fosse a minha médica assistente e a sua grande persistência, não tinha sido devidamente medicada e tratada. Ainda hoje, de vez e quando, vou tendo algumas alterações, mas nada que não seja resolvido imediatamente por ela. Pelo que já vou sabendo, com o lidar com isto, os problemas da tiróide devem ser tidos muito em atenção, porque afetam todo o nosso corpo.
    Não sou rica, nem nada lá perto, mas lá está, também não vou aos serviços públicos e não tenho nada de errado a apontar.
    Boa sorte!

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    1. Espero que continue com essa sorte. Um bom médico faz diferença na vida de muitos pacientes.

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  2. Em tudo na vida é preciso sorte!

    Quando o meu pai faleceu, eu emagreci, o que foi natural; o que não foi normal foi começar a cair-me o cabelo. O meu médico de família mandou-me fazer análises a tudo! Estava tudo normal, excepto a parte hormonal; não sendo a especialidade dele, ele encaminhou-me logo para um endocrinologista. Ao calhas, calhou-me um médico cinco estrelas, que me seguiu durante 10 anos. [ele é angolano e, entretanto, decidiu voltar para Angola, com muita pena de todos os doentes dele!] Agora sou seguida por uma colega dele, não é má médica, também é preocupada, mas eu gosto mais de homens médicos! :-)

    Não conheço, mas já ouvi falar bem de um colega do meu ex endocrinologista que trabalha no Hospital da Luz, em Lisboa, Dr. António Garrão.

    BOA SORTE!

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    1. Agradeço o relato e a dica. É bom perceber a experiência dos outros que passam por algo parecido.
      Mesmo só tendo consultado o médico de família todos estes anos, tenho a melhor das impressões dos médicos estrangeiros. Se o melhor dos nossos profissionais emigra é natural que os de lá também venham para cá :) Mas o que contribuiu para essa impressão foi mesmo a médica que me atendeu quando tentei doar sangue. Tinha sotaque tão carregado que mal entendi o seu português. Mas o que recordo até hoje não foi a barreira linguística e sim o sua aparente sabedoria e profissionalismo. Foi nesse instante que as dúvidas muitas vezes levantadas ao longo dos anos sobre o médico de família começaram a ganhar mais consistência.

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