Interrogo-me, por vezes, sobre a minha morte. Na Primavera, quando tudo floresce, é impossível não pensar no ciclo da vida. Nesta estação, ela começa. No Outono, termina... hoje é o primeiro dia de Outono. Acabou-se a Primavera e o Verão.
.
Quando será que vou morrer? Na verdade, não tenho nenhum pensamento mórbido em torno da ideia, nem é algo que está sempre a surgir. Mas tenho um que vou partilhar. Quando tenho de escrever uma data e vejo a minha mão a desenhar os números, ás vezes interrogo-me: será este o dia e o mês do meu óbito daqui a uns anos e nem o imagino?
Na segunda-feira passada tive esse pensamento. Não sei porquê, no preciso momento em que anotava a data, pensei na mesma como sendo de óbito. De alguém. Talvez o meu, daqui a não sei quanto tempo. O dia era 14 de Setembro. Atraida pela ideia de partilhar o que estava a pensar, com algum receio de parecer doida, perguntei aos presentes se tal ideia já lhes passou pela cabeça. Justifiquei-a também, porque a verdade é que já lidei com muitas datas e fiz estudos genealógicos, que me fizeram pensar na coincidência dos números.
Está visto, os outros não deixaram de estranhar a minha observação. Voltei a justificar, dizendo que era parvoíce para descomprimir o stress e ficámos por aí.
No dia seguinte pela manhã, os noticiários anunciavam a morte de Patrick Swayze, que ocorrera na véspera. Exactamente no dia 14.
Coincidência?
Não deve passar disso, claro está!
.
Depois reflecti sobre outras coincidências. Duas semanas antes, descia a rua quando a música "I had the time of my Life", acompanhada de alguns vislumbres da dança do filme começou a soar na minha mente. Tive de me controlar para não descer a rua a dançar, pois ia parecer uma doida! Também me lembrei da série "Fame" e pensei que ninguém ia estranhar ver uma pessoa começar a dançar e cantar na rua, se essa série ou outra parecida estivesse a dar na televisão. A crise e a tensão pede o retorno de algo parecido... há espaço na TV portuguesa para uma cópia descarada. Estamos a precisar de ver adolescentes a cantar, dançar e pular pelas ruas e cafés...
Ao fazer um zapping pelos cento e tal canais, deparei com um documentário sobre o ator Patrick Swayze no canal E!, que contava a sua história até o ponto de ter recebido o diagnóstico de cancro pancreático. O que achei extraordinário, coincidência demais, foi, após ter ouvido nos noticiários que Patrick morreu aos 57 anos de idade, no documentário disseram a mesma idade quando referiram a morte do pai de Patrick. 57 anos!
É Karma? São coincidências? Acredito que nós gostamos de achar que não há coincidências em acontecimentos onde elas existem. Especialmente em catástrofes ou desastres. "Oh! Estava escrito!" - dizem alguns. Mas em outras circunstâncias, por serem talvez bizarras, achamos que é um acaso. E essas é que não são coincidências...
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Partilhe as suas experiências e sinta-se aliviado!