Metereologia 24 h

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quarta-feira, 29 de novembro de 2023

550: O número da discórdia

 
Sinto-me incomodada. 

Em Setembro do ano passado, subiram-nos a renda pelos quartos. Bastante, no meu caso. Foi uma subida de 125 libras. Mas em Janeiro, voltaram a subir. Ao todo, pago 200 libras a mais do que pagava antes. 

Está certo que a renda que pagava - 300 libras, referia-se a uma altura em que a Pandemia afugentou as pessoas quase todas e era difícil para os senhorios arrendar as casas. Muitos tiveram de descer os preços para não perder os inquilinos. Acabei por, na altura, me mudar para uma destas casas - embora também possa dizer que, há três anos, um "boxing room" ou seja, um quarto pequeno com cama de solteiro, custava por volta de 300 a 380 libras. Portanto, estava barato, mas não muito. 

Os meus colegas de casa, por quartos com o dobro e triplo do espaço do meu, pagavam 400 libras. Portanto, sempre existiu uma diferença de 100 libras por quartos. Há dois anos entrou um rapaz que passou a pagar 450. E depois um outro, que passou a pagar 500. A cada entrada, subiam 50 libras. O que é muito normal. 

Mas depois que levantaram a pandemia e "acabou" o Covid, foi o que se sabe: subida de preços por todo o lado. Agora sinto uma enorme dificuldade em poupar dinheiro. Coisa que antes conseguia fazer. Os meses passam e o valor na conta permanece estagnado. Não sobe. 

O problema em relação à renda que pago é que desconfio que todos os outros estão a pagar 550. Pelo menos é esse o valor que me estão a indicar. E isso revolta-me!! Muito. Mas muito mesmo. 

Não é decente, não é justo, não é correto - sobrecarregar tanto um indivíduo com uma subida de quase 100% enquanto a subida para os outros é uma "Migalha". Não é justo! Não é decente. Está a enervar-me. 

Estou a pensar pedir conselho jurídico. Já o tinha feito durante o primeiro aumento, há um ano. Porque lembrava perfeitamente que o contrato que assinamos de arrendamento estipulava que não podia existir um aumento de mais de 20 euros por cada seis meses. E subiram logo 125! E isto porque eu regatei - queriam que pagasse mais. Lembrei-os que devia ser um erro e estavam a confundir o meu quarto com o da M. porque me pediam exatamente o mesmo valor. 

E agora descubro - ou desconfio - que a diferença é apenas de 50 libras?? Umas míseras 50 libras???? 

Como haveria esta gente de sair desta casa, se os preços praticados continuam tão baixos para eles? Que raiva me dá! Eu fui sempre tão atenciosa com as pessoas da agência. Procurando ajudar, sendo prestativa. Cuido da casa como se fosse minha - melhor ainda do que se fosse minha. Porque sendo minha um problemita ou outro se calhar remediava de outra forma ou deixava andar, mas não sendo, tenho mais cuidado. Eles sabem da porcaria que vivi aqui dentro com a M. que, me disseram, querem expulsar daqui. Se isso fosse verdade realmente, tivessem lhe subido a renda como subiram a minha! Tem o quarto maior da casa - o de parede a parede. Devia pagar três vezes mais que eu! Já que o quarto tem três vezes mais tamanho. E depois tem o usufruto das coisas. Eu quase não uso a casa e a M. usa, abusa, danifica, estraga. Não é a única, mas é a que se destaca a olhos vistos. 

Sinto-me enganada e levada por tola. 

Percebem a minha boa índole e dela tiram proveito. 
Decidem que vou pagar mais porque trabalho mais e os calões que não trabalham têm a vida facilitada e pagam menos. 

Esta vida é tão injusta com os bons. 
A sério... 

Quero virar vilã ou que baixe em mim alguém feroz, devoradora, arrasadora. 

É que não me agrada nada nada saber que me subiram a renda de 300 para 500 desde Janeiro deste ano, enquanto os outros tiveram uma subida de 50 libras... 

Só podem estar a gozar!


sexta-feira, 15 de abril de 2016

Ver reportagens antes de dormir? É melhor não....

Devia mesmo parar de assistir a reportagens horas antes de ir dormir. Termino de vê-las e sinto revolta! Tenho agora uma imensa vontade de expor o meu ponto de vista sobre determinados temas que acabaram de me enojar e preocupar. Mas o pensamento é mais rápido que a escrita e tudo o que me passou rapidamente pela cabeça e estava tão certeiro, agora, diluiu-se no cansaço e avançado da hora.

Sempre assisti a programas, principalmente sobre homicídios (resolvidos, que os não resolvidos produzem a mesma inquietação) mas nos últimos dias deixei os de crimes para trás e comecei a assistir na panóplia de ofertas no youtube, a reportagens de casos reais numa ampla diversidade de temas, sempre controversos. Muitos são revoltantes e quase que me tiram a fé na humanidade.


Aquele que mais quero vir aqui falar, deixo para outra ocasião. Mas é sobre um assunto muito importante que se vem a manifestar na nossa sociedade cada vez mais e é muito pouco falado. Mas posso escrever sobre outros que vi esta noite. Como por exemplo, leis impostas a crianças nas escolas. Para as «educar». Numa escola algures nos EUA (claro), as crianças estavam proibidas de fazer grafitis. Uma menina de 12 anos foi pega pela professora a rabiscar a carteira com um marcador não-permanente, a polícia foi chamada e prenderam a criança. Sim, presa! Com direito a algemas e escoltada algemada até a delegacia. Fica com cadastro criminal para o resto da vida, inclusive. Pode uma coisa destas?? 

Noutra escola, desta vez um infantário, uma outra menina que estava a fazer uma birra foi também presa. Noutra escola um menino de 8 anos disse que a professora era bonita. Foi preso sobe a acusação de assédio. (!!! LOL). E outros foram presos porque... arrotaram.

Eu até pensei que por instantes já não estava a viver no planeta Terra, mas em Marte ou algures fora da realidade... Será que os adultos ficaram tão incapazes de formar as mentes durante a infância que só lhes resta apelar à violência?
Foto retirada da internet

Se me contassem que isto aconteceu na Arábia Saudita, algures na África, na Sibéria... na Coreia do Norte... Opa, eu ainda que em choque, ia entender, porque existe uma percepção de vida bem diferente da chamada vida do «mundo liberal». Mas nos EUA? 

OMD!
Não posso mesmo continuar a assistir a documentários destes!

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Rebeldia na adolescência

"Rebeldia é fruto de indecisão e insegurança"



Escutei esta definição agora e achei bonita ao mesmo tempo que me senti triste.
Não fui uma adolescente rebelde.
E acho que devia ter sido.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Santa ignorância (a minha)! REVOLTAS e REVOLUÇÕES

Vou assumir publicamente que só hoje com uma pesquisa pois gosto muito de entender como se vivia em tempos que já lá vão, é que descobri que, durante apenas 9h, existiu uma "revolução" em Lisboa, no dia 26 de Agosto de 1931. (morreram 40 pessoas, cruzes!)

Está certo que os portugueses sempre andaram um pouco de "costas voltadas" para os factos históricos, baralhando tudo. E acontecimentos de curta duração e muito localizados não ficam na memória colectiva. Mas não devia eu ter sabido desta revolta? Talvez nos bancos de escola? Ou será que ouvi mas esqueci? Pois se tinha uma vaga ideia da um "distúrbio" por volta de 1926, nos conturbados anos pós instalação da república e soube que mesmo depois do 25 de Abril de 74 existiram tentativas de derrubar o regime que tomou o poder, pelo meio parece que existiram muitas revoltas durante o regime do Estado Novo. Encontrei aqui um link com uma lista impressionante de acontecimentos - quase todos ignorados por aqueles que não estudam a história de Portugal com proximidade. Datam de 1926 e continuam até 1974! Continuamente, todos os anos, um ou mais distúrbios, revoltas por toda a parte. Com excepção apenas de dois anos: 1939 e 1940. São 46 anos contínuos de distúrbios!!

E agora pergunto eu: onde ficou o «espírito» de revolta e acção dos portugueses desde então?
É que percebi que nunca se deixou de lutar, de tentar tirar do poder um regime que não satisfaz. Vivemos agora um momento claro em que a maioria dos Portugueses não concorda e não quer ser governado por aqueles que nos governam. Mas revoltas, revoltas, pesadas, népia.