E sempre que me deparo com este pop-up, ele causa-me aflição instantânea.
Sinto o impulso de mudar aquele artigo de lugar "no Portugal" para "em Portugal".
Logo em baixo surge "Ficar em Brasil" e também me apetece apagar o "em" e colocar "no".
É o jeito que eles lá em Terras de Vera Cruz têm de interpretar o português. Quem tem razão?
Neste exemplo não tenho dúvidas que eles baralharam tudo, como tanta vez fazem. Mas depois ocorreu-me tentar compreender estes equívocos. Sem ir a correr para os livros que esclarecem o que é o correto, comecei a substituir o «sujeito» da frase.
No primeiro exemplo, "Portugal" foi substituido por "Dubai".
Ambos são locais. A diferença é que Portugal é país e Dubai uma cidade. Quando nos referimos a locais como cidades, usa-se o no/na o/a. "Buscar o mesmo em Dubai" não me parece soar tão correcto quanto "Buscar o mesmo no Dubai".
Mas e então... Vilamoura? Não se diz "Buscar o mesmo na Vilamoura". O correcto é dizer "em Vilamoura". Contudo, cidades como Porto, Rio de Janeiro.. todas teriam de ser antecedidas com o artigo "no". Porquê é Vilamoura a excepção? Uma entre outros exemplos, como "Lisboa". É a feminilidade da palavra que impõe respeito? (lol).
Já o verbo "ficar" implica um local. Ficar "em Lisboa" está correto. Mas "Ficar em Brasil" está errado. Pode ficar NA Antártida, NO México, em Portugal (ups), mas não EM Brasil, e sim, NO Brasil. Portugal nunca pode receber "no" antes de si. Mas o Brasil pode - e deve.
Razões para isto?
Um livro esclareceria isto em três tempos. Eu que não decorei a lição na ponta da língua, não saberei explicar com simplicidade o que me parece claro.
Any one?