quinta-feira, 4 de março de 2021

O meu segundo acidente com a scooter

 Depois da policia me ter parado para dizer que e ilegal circular na trotinete electrica, passei o que se fez sentir como uma eternidade sem a usar. 

Senti muito frio, cheguei incontaveis vezes encharcada ate aos ossos ao emprego, voltei a gastar fortunas em bilhetes de autocarro. 

Nao que a scooter teria feito diferenca no pico do inverno. Mas pelo meio existiram dias secos sem chuva nos quais teria gostado de a usar.  

Tirei-a das ferias forcadas esta semana. E soube-me Tao bem!!!

Depois da policia me mandar parar a minha confiança saiu abalada. Claro que sinto apreensao com a possibilidade do mesmo voltar a acontecer. Desta vez o risco de  ficar sem a scooter e levar uma multa e muito mais elevado. 

Adoro a minha scooter mas ela ja me fez ganhar o dinheiro que nela gastei logo nos primeiros quatro a cinco meses de uso. Ia custar-me ficar sem ela mas ia gostar menos de ficar sem uma quantia em dinheiro com o qual posso comprar outra scooter.

Querem saber o que aconteceu?

Ah... Inglaterra e aquelas "nuances" que me irritam...

Mas a culpa tambem foi minha. Ha sempre algo que podiamos ter feito diferente. Algo que teria  alterado o resultado. Assim como o resultado podia ter sido muito diferente daquele que acabou por ser. 

Para evitar colidir com uma pessoa, virei a trotinete para o estreito espaco do quadril do passeio, antevendo de antemao o que ia acontecer: a scooter descarrilou e eu fui parar ao chao. 

Como isto veio a acontecer? Uma serie de circunstancias infelizes. Mas a principal, a meu ver, depara-se com a ma colocacao, no passeio, do poste e da paragem de autocarro. 

Cada vez que tenho de passar por ali sou precavida. A visibilidade e muito reduzida. Se alguem estiver na paragem a aguardar o autocarro e subitamente se decidir mexer - nao sabes ate a pessoa, tal como o caracol, meter os "corninhos de fora". Se, no sentido oposto, vier alguem a circular numa bicicleta, tambem nao se sabe ate se chegar mesmo na paragem.

E perigoso para quem vai a passar num veiculo de duas rodas mas tambem proporciona colisoes  para o peao que esta calmamente a passar. Porque a visibilidade e praticamente nula ate se chegar a extremidade da paragem. Outra coisa que reparei é que aqui no UK as pessoas que estao numa paragem como esta nao se preocupam em espreitar se alguem vem a passar. Elas assumem que o espaco e delas. 

A paragem esta tapada de lado. Mas o pior e que, entre o canto da paragem e a berma da estrada sao dois passos de distancia e no meio mesmo perto, esta um poste. Esse poste divide o ja estreito caminho em dois. Do lado entre a paragem e o poste, ha uma distancia mesmo justa mas que da para passar com a scooter. Do lado entre a berma do passeio e o poste, o espaco reduz para metade.

E foi para esse espaco "buraco de agulha" que desviei a scooter no ultimo instante, quando avisto uma pessoa sair subitamente de dentro da paragem e passar a minha frente para se enfiar no autocarro ali parado. O veiculo nao tinha acabado de chegar. Ja estava ali parado desde que tinha feito a curva para entrar naquela rua (ainda uma distancia consideravel).

E que para piorar as coisas - tive de enfiar a scooter no estreito espaco entre o poste e a berma COM um autocarro ali parado. Quase nao havia espaco para o meu corpo passar. Mas o que nao deu mesmo tempo de fazer foi parar. Ou era desviar-me para nao colidir com a pessoa ou entao fazer uma travagem brusca que nao ia evitar a colisao e teria me projectado para fora da scooter  e ainda talvez magoar mais alguem que estivesse por perto. O mal e que entre dias fantasticos, esta noite deu para chover.

 E essa foi uma das circunstancias principais- talvez o factor chave. As pessoas abrigavam as suas cabecas dos invisiveis mas sentidos pingos da chuva debaixo da paragem e eu procurava said daquela chuva que danifica a scooter e a deixa cheia de Lama. 

Nao ia em grande velocidade.  Tinha acabado de reduzi-la exatamente para ver se alguem saia da paragem para o autocarro. E foi isso que vi. 

Enquanto me aproximava a reduzida velocidade, mirei uma mulher que saiu de dentro da paragem mas ficou parada no caminho e aguardei que se movesse. Ela entrou no autocarro e tres segundos depois ninguem mais apareceu atras dela. O mal das scooters e que nao queres realmente parar porque nao e como um carro. Nao se equilibra nas ruas todas e nao estas sentado para te equilibrares com os dois pes. Precisas de "desmontar" a scooter, apoiando um pe  o chao. Era o que devia ter feito e aqui reside a minha falha. Achando que ninguem mais Seguia o rumo da mulher e ja a perder a velocidade de equilibrio, ou parava ou arrancava. Decidi arrancar. 

Aparece entao uma pessoa na frente que hesita e para e so depois entra no autocarro. Para me desviar dela deu-se o acidente. A road da scooter saiu do passeio e a scooter caiu, levando-me junto.

Quando dei por mim um homem levantava a scooter do chao e enquanto me levantava eu, vi a roda debaixo do autocarro e temi que este arrancasse e isso causasse outro acidente. Então  disse: "um momento sr. Motorista".

Juro que quase parou de chover nesse instante. Ou assim pareceu. Subitamente aqueles pingos grossos so visiveis pela luz led dos farois dianteiros da minha scooter que estavam a fazer bem o seu trabalho de avisar os outros da minha presenca. Isso e o barulho da peca de metal que deixei solta no tubo para que com as trepidações seja possivel executar aproximacoes e ser ouvida. Aqui no UK quando estas quase a ultrapassar um peao este tende a mudar de direccao, ou vem distraido a escutar musica... toda a precaucao e pouca. 

Mas de nada me valeu nesta noite chuvosa. 

A chuva influenciou e ate causou o acidente. O peao a enfiar-se sem olhar tambem e eu confiante na minha analise tambem. O proprio autocarro ali parado influenciou o resultado.

Mas podia ser pior. Cai em cima da scooter e no passeio. O motorista do autocarro veio espreitar para se certificar que nao havia caido debaixo dele.

Isso incomodou-me. A ultima coisa que queria era causar um antecedente. Se a palavra se espalha e as pessoas comecarem a comentar que ali viram um scooter cair, os cenarios mais terriveis vao ser os imaginados. É a esse tipo de fantasia hipotetica de resto aplicavel a qualquer situacao que os conservadores se agarram para manter a estupidez de uma lei sem sentido. Uma lei que proibe a circulacao daa escooters de todo mas tambem proibe o uso de scooter normais em qualquer local publico excepto uma ESTRADA.

Sabem as criancinhas com as suas scooters de brinquedo que andam nos parques e jardins? Estao todas a cometer um crime. So podem circular nas estradas- que e para aumentar as chances de serem atropeladas e poderem ficar mais perto do ar poluido dos automoveis.

A LEI, é a mesma e dita assim.

O governo ingles decretou uma secxao experimental so em algumas localidades centrais de londres e lancou um programa de ARRENDAMENTO de scooters eletricas em julho passado. No PICO DP COVID E SEM VACINA acharam por bem impor a PARTILHA destes itensilios de deslocacao. Aos quais a maioria recorreu exatamente devido ao vírus e a sua rapida propagacao.

Enfim... sai ilesa, so com duas grandes nodoas negras, uma no joelho outra na parte superior da perna. 

Mas temo que a policia fique ali a cuscar. Vou agora sair para o emprego. Chegou novamente a hora. Ia para ir a pe mas os minutos passaram depressa e agora so conaigo chegar a tempo com a scooter.

Hoje nao chove mas queria caminhar devagar. Ja nao da. Tenho de levar a scooter. Pretendo empurra-la a pe grande parte do caminho. O que e dificil... sabendo-a Tao pratica.

Tomei como sinal de perigo um sono que tive em que um policia sem uniforme mas num carro de patrulha nina rotunda ve-me no passeio diante das passadeiras a espera de atravessar  e ele e que se atrapalha. EU paro e FICO a aguardar perceber se ele me quer abordar. Ele da outra volta a rotunda, sempre a mirar-me, para o carro, nao diz nada, vem chateado. Pega na minha scooter, levanta-a no ar e atira-a para a bagageira. 

Acordei e decidi ir a pe.

O que ja nao vou conseguir fazer. 

Beijos e torcam para que tenha a sorte e o anjo da saude comigo. 






 adecidisse se ia entrar no autocarro ou entrar na paragem. A mulher decidiu entrar no autocarro. EU aguardei tres segundos para ver se mais alguem aparecia e como nao vi ninguem atras da senhora, voltei a acelerar ligeiramente para passar entre o poste e a paragem de autocarro. Porque o problema da scooter e que nao pode parar de , se reduzir muito a velocidade, para e tens de sair dela

 ainda se pode circular. 


 como para qualquer outra  quem anda Esta tem um espaco reduzido de passeio a sua frente mas e antecedida de um passeio com o dobro de largura. 

 







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