O que mais me entristeceu no dia de hoje foi ter ido para o trabalho bem disposta, feliz e contente. Até comecei a função a cantarolar baixinho. Mas depois perdi tudo isso.
Durante o trabalho escuto uma acusação muito injusta, que me mostrou que nestes meses todos de dedicação e entrega às tarefas ninguém prestou atenção à minha ética profissional. Se há uma coisa que eu sou incapaz de fazer é estender os momentos de intervalo ou a hora de almoço para além do tempo estipulado. E foi essa a acusação que me foi dirigida. Senti tanto que o estômago embrulhou e não fui capaz de comer nada. E a alegria deu lugar à decepção. O empenho lugar à quase vontade de não fazer nada bem feito, porque não merecem.
Comigo é quase patalógico, isso de cumprir a hora. Não sou muito obcecada nem rigorosa, simplesmente cumpridora. Há hora marcada é para entrar, para fazer intervalo, para almoçar e regressar. Não sou daquelas pessoas que chega ao local de trabalho uma hora antes do necessário. Posso até chegar apenas 15 minutos antes, cinco que seja, mas começo sempre a trabalhar a horas e normalmente sou das primeiras, senão a primeira a começar. Nunca me atrasei, nunca falhei. Mas se tal acontecesse não veria nisso um grave problema. Não gosto, mas sei que são coisas que podem acontecer, por imprevistos.
Também faço o género de trabalhador que aproveita as pausas do calendário para ir ao WC e não tira tempo da função para esse propósito. A menos que seja aquela altura do mês em que se torna absolutamente necessário. E mesmo assim já tive alturas em que fui mais dedicada ao trabalho do que devia. Por vezes também dispenso o intervalo e continuo a trabalhar e nesse aspecto já me prejudiquei muito no passado, onde inclusive cheguei a deixar de almoçar.
Não sou mártir, não quero ser mais que os outros. Mas também não sou aproveitadora nem aproveito toda e qualquer chance para fingir ou fugir ao trabalho. E isso, constatei hoje, é a pior coisa que me podem acusar.
A injustiça, é, sem dúvida, a coisa que mais me revolta no mundo. E quando sinto que a injustiça é gigante, seja praticada comigo ou com outros, a sensação é sempre idêntica à que senti hoje.
quinta-feira, 21 de agosto de 2014
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Tal como a ti, a injustiça é a coisa que mais me revolta no mundo. E já senti na pele, várias vezes, a injustiça... Infelizmente nem sempre podemos reagir, pelo que resta-nos continuar a ser e a agir como sempre fomos e agimos. E esperar - desejar - que o tempo se encarregue de pôr as coisas nos seus lugares...
ResponderEliminarBem vinda ao clube :\
ResponderEliminareu também sou como tu gosto de cumprir para não haver comentários mas pelos vistos há sempre, é realmente triste!
ResponderEliminarNão permitas que as pessoas sejam injustas para ti...NUNCA!
ResponderEliminarAssino por baixo. Tenho verdadeiro horror às injustiças dos mais variados tipos.
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