A agenda de telefones lá de casa é velhinha, tem alguns anos mas é lá que estão os números de telefone de muitos conhecidos. Um dia fui buscá-la para encontrar um contacto e começo a folhear, folhear (porque além da «velhice» outra característica da agenda é que nem tudo surge apontado na ordem alfabética) e vou lendo os nomes. De pessoas com quem já não lidamos, de muitos que se sabem perdidos por terem falecido e que simplesmente levaram com um traço por cima, de instituições, consultórios médicos e ex-empregos que já não servem a ninguém...
Marquei o número que queria, esperando ter a sorte de estar correcto e da pessoa não o ter alterado ou dispensado. Chamou, chamou, mas ninguém atendeu. E desliguei o telefone com um só pensamento: espero não ter de lhe colocar um traço por cima!
:)
Todo este post pode ter uma mensagem subjacente (pelo que assim compreendi). Infelizmente, já risquei tanta gente que agora me custa é deixar entrar nomes na minha agenda. Se eu contasse o que me tem acontecido neste último ano... Um dia destes, em vez de escrever sobre merdas, vou escrever um pouco sobre isso. Sobre quantas pessoas cagaram e andaram para tudo.
ResponderEliminarOh, como compreendo. Sabe, agrada-me tê-los lá porque de certa forma ali ainda vivem e não são esquecidos. Uma agenda telefónica é mesmo um registo de um percurso de vida. (não surpreende que seja o que um policial logo procura numa cena de investigação :)) Escreva sobre isso sim, terei gosto em ler e comentar.
EliminarGostava de ter sido eu a escrever este texto, adorei! Apesar de relatar um acontecimento do quotidiano apela tanto aos sentimentos!
ResponderEliminarObrigada Mel! Fiquei sensibilizada.
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