sexta-feira, 17 de agosto de 2012

SUBMARINOS



Mas para quê precisámos nós de DOIS submarinos??
Já na altura (2008) não entendi mas agora que o caso foi arquivado e ainda por cima devido à sonegação de documentos, a coisa faz-me mais espécie.


Mas para quê precisa ou alguma vez precisou PORTUGAL de DOIS SUBMARINOS?? Já tinha os que bastassem! Adquirir duas latas para enferrujar no oceano, que além de um custo ABSURDO para um país pequeno e endividado (mais de 1000 milhões de euros) é também uma compra de problemas com despesas e manutenção elevadíssimas??

Na altura entristeceu-me e ficou como uma espinha presa na garganta. E agora esta arranha ainda mais, quando como "povo" penso nos MILHARES gastos nesse supositório marítimo de sucata velha... Anda o governo a cortar nos pequenos, nos pobres, a criar leis pouco felizes para o país e a fazer listas negras das famílias que falharem o pagamento de uma mensalidade de gás ou electricidade e nisto pergunto: E os GRAÚDOS, PÁ???

Em vez de se preocuparem com 5 ou 75 euros, troquitos no total, que tal preocupem-se antes com 5 ou 75 MILHÕES?? Comprar submarinos para alimentar o quê?? Até os EUA abandonaram o programa espacial porque sabem que os milhares fazem falta e são melhores empregues noutros sectores. Submarinos de metal para "passear" no mar ou naves espaciais de metal para "passear" na estratosfera... tudo a mesma coisa.

E parem de privatizar, estão a vender até a mãe! Até uma criança entende este principio básico: se um GOVERNO começa a VENDER todos os bens que possuí,  fica sem nada!!  
Lá foi agora o Pavilhão Atlântico (Parque Nações, Lisboa), tudo o que houver é atirado à lenha...  Decerto nem será o bem mais valioso a ir para a fogueira mas fala-se em privatizar a TAP (serviço transporte aéreo) e isso já é outra coisa... Isso... vendam-se!! A China  já tem uma cota-parte da nossa dívida, já nos "invadiu" faz mais de 10 anos com as suas lojinhas de artigos rascas que tiraram negócio a muitas outras nacionais...  (e que tal ir atrás destes a ver se registam as vendas, coisa que nunca vi uma loja chinesa fazer e ver se não fazem fuga de impostos??) O que por aí se mantém é feito na China ou noutro país qualquer que EXPLORA crianças e miseráveis... ESTE não é o RUMO no qual queria ver o meu lindo PORTUGAL.


Decerto que não sou só eu que sabe que nasceu num país maravilhoso. Já Camões O sabia e O celebrizou em verso em 10 poéticos e estonteantes cantos, Tomás Ribeiro dedicou-Lhe um inspirado poema onde O dizia um jardim à beira-mar plantado... Os estrangeiros que cá vivem depressa Lhe reconhecem as características ÚNICAS e cada vez mais raras desta proximidade de vida, deste saber... PAREM DE VENDER PORTUGAL AOS LOTES!!!

A JUSTIÇA dos homens pode ser estupidamente ineficaz, mas a de DEUS nunca fecha os olhos... Estes submarinos, se razão houver, ainda vão servir de supositório a quem de direito!

Governantes, ganhem brio. Tomem tento, sacrifiquem-se pelo país ao ponto de lhes darem sangue se a isso for... Não é para ficar parado no tempo, é para manter a IDENTIDADE e a LIBERDADE. Este país e este povo tem uma identidade que aos poucos parece estar a ser roubada por uma comunidade internacional... Se nos COMPRAREM, não seremos nada nem ninguém. Seremos uma miragem no deserto, um povo conquistado que mantém o lugar mas já não reina porque não é reino...

Tomem tento nestas palavras:

Heróis do Mar, 
Nobre POVO,
NAÇÃO valente 
E imortal...

Levantai HOJE de novo 
o ESPLENDOR de PORTUGAL!


(ver versão completa neste link PT-UK)

Pelas brumas...  
da memória...
Ó PÁTRIA, sente-se a voz,
Dos teus egrégios avós
que há de guiar-te à vitória.

Ás armas! Ás armas!
Sobre a terra, sobre o mar.
Ás armas! Ás armas!
Pela PÁTRIA lutar!
Contra os canhões, marchar, marchar!



BRUTAL!!!

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Degelo da Gronelândia, uma catástrofe?

Vou partilhar convosco um dos meus maiores "sonhos" que gostava de realizar ainda com alguma juventude: conhecer o Ártico e o Antárctico, o polo Norte e o polo Sul. Estas ou qualquer outras regiões onde o gelo seja praticamente o único protagonista da paisagem. Deve ser catártico, pacífico.... 

Sinto-me de luto quando leio notícias devastadoras como o recente degelo da Gronelândia que, em apenas QUATRO dias perdeu 97% de tudo o que lá existia!!!! Não sentem o mesmo? Uma perda desmesurável, um incómodo de luto, algo assim que assusta muito e deixa-nos preocupados? 

Imagens-satélite da NASA, captadas nos dias 8 e 12 de Julho, altura de Verão na região.
Um fenómeno de degelo até então nunca antes observado.
.
E no dia 16 de Julho o glaciar de Petermann, na Gronelândia soltou uma ilha de gelo duas vezes maior que a cidade de Lisboa. São 120Km2 de gelo que fica à deriva no oceano ameaçando as rotas marítimas do Atlântico Norte.
Imagem satélite do momento da separação do glaciar Petermann

Quando era mais nova e sabia que ia gostar de visitar um lugar assim, pensei sempre que teria tempo, porque para sempre o gelo ia continuar a estar onde sempre tem estado: nos pólos. Mas em apenas uns dias, uma catástrofe destas parece deixar uma mensagem muito clara sobre a forma como tomamos tudo por garantido. Em apenas meia-vida ou 2 dezenas de anos, aquilo que sempre lá esteve está a deixar de estar e se não me apressar não restará NADA para ser visto.

(Video of an icebergue breaking appart.  Ps: no, that is not "pretty cool") .
Até me informei sobre as recentes expedições turísticas à Antárctica, local onde cada vez mais se tenta levar turistas. Porque só assim, não é? Os preços vão de uns mínimos 15000€ a 35000€, por baixo, por alguns 6 ou 7 dias, em que as roupas e tudo o demais que suponho necessário para aguentar temperaturas muito abaixo de zero não estão incluídas no preço, como é óbvio. E estudei alternativas. Graças ao canal de tv myZen, que me mostrou o Pepito Moreno Glaciar, na Argentina (que julgava calorosa), na região da Patagónia, percebi que se calhar este "sonho" pode realizar-se em outra escala, de outra forma... até um dia, quem sabe, chegar aos pólos. O problema de algumas regiões onde se podem observar belos glaciares é que existem conflitos e guerrilha, uma ameaça de instabilidade ou pobreza social que não tão poucas vezes como gostaríamos de julgar, conduzem a raptos de estrangeiros e assassinatos. No parque Nacional dos Glaciares, onde entre outros se encontra o "Pepito", julgo que é possível fazer escalada no gelo, fazem-se passeios (trekking) pelo glaciar, pelo interior de seus túneis naturais, pesca desportiva e passeios de barco (apinhados de turistas). .
(Glaciar Pepito Moreno)

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Nova lei do Trabalho

Segundo o telejornal da SIC de hoje, heis o novo código Penal de Trabalho, datado de 25 de Julho de 2012. A lei nº23 entra em vigor já na próxima quarta-feira. O que pensam?

1) Facilidade de despedimentos de um empregado por parte da empresa (ex: inadaptação ou quebra de produtividade)
2) Direito da empresa em reduzir o período normal de trabalho do trabalhador ou suspender o contracto de trabalho por motivos de "crise" empresarial
3) Indemnizações com direito ao salário de 20 dias por cada ANO de trabalho
4) Base de cálculo não pode ultrapassar 20 salários mínimos
5) Faltar sai do bolso do empregado e se este faltar em dias que servem para esticar o fim de semana pode CUSTAR ao trabalhador o valor de 4 dias de ordenado
6) Mais DUAS horas de trabalho por dia
7) Cortes para pagamento das horas extraordinárias para METADE do agora efectuado
8) Mais DUAS horas de trabalho por dia possíveis de ser exigidas e até 150h de trabalho POR ANO
9) Deixa de ser obrigatório o ENVIO por parte das empresas para a AUTORIDADE da CONDIÇÕES DE TRABALHO do mapa de horários
10) 22 dias de Férias ao invés 25 e MENOS 4 dias de feriados a gozar

O que EU acho disto?
Acho que é tudo muito bonitinho mas não vai adiantar de nada. Pessoalmente, e já o havia dito, estas alterações alguma vez fariam mossa naquele que até agora tem sido o meu percurso laboral. Assim como muitos outros portugueses, tratam-se de cortes em direitos e regalias que nunca tive ou delas fiz uso. 

Mas em relação ao que isto vai ajudar o país, acho que muito pouco ou NADA. Porque acredito piamente que o que faz o país AVANÇAR é o incentivo ao TRABALHADOR. Este  tem de ir feliz para o trabalho. Não pode ser o lado fragilizado de todo este processo, porque sem POVO, não existem trabalhadores. Por muito valor que tenham os graúdos, os pequeninos são a força de braço. E a exploração, a insegurança, o impedir as pessoas a iniciar-se na vida activa de poder constituir família em segurança económica, só PREJUDICA o PAÍS, faz diminuir a taxa de natalidade entre aqueles com mais formação e algum poder económico, vai transformar-nos num país com uma grande população de VELHOS E POBRES. 

Fico triste com estas perspectivas. 
Fico ainda mais triste por perceber que o governo perdoou dívidas milionárias a empresas milionárias mas não perdoa tostões ao trabalhador.
Fico triste porque vi e vivi em situações laborais em que os que faziam gazeta e detestavam trabalhar eram beneficiados e estavam garantidos e os que trabalhavam e eram bem dispostos iam para a rua.
Não creio que alguma lei altere isso.

Recado:
INCENTIVO ao TRABALHADOR  = PRODUTIVIDADE

PS: Atenção para o PRIMEIRO parágrafo das leis. É que isto permite às entidades empregadoras fazer o que quiserem. ESPERO QUE A MEDIDA CONTEMPLE o DIREITO À PALAVRA do trabalhador, pois   vi muitos exemplos de pessoas trabalhadoras a serem coagidas a abandonar a empresa e vi demasiados corpos-moles com lugar vitalício garantido. A questão que coloco é: se a entidade patronal DESPEDIR um trabalhador por INADAPTAÇÃO, que é um CONCEITO, e um muito VASTO, o trabalhador poderá argumentar que se trata de uma mentira da empresa, uma injustiça porque não lhe foi dado um tempo de adequação ou aprendizagem, ou até que lhe impediram de exercer funções devidamente?

É que já vi e já vivi algumas coisas... Numa delas a pessoa encarregue de me orientar o trabalho nunca disponibilizava tempo para me despender os recursos indispensáveis para executar a tarefa. O prazo para a mesma a aproximar-se do fim e nem houve forma de dar início ao trabalho por não poder dispor das máquinas próprias. Na altura em que me dirigi à direcção para pedir que me cessassem o contrato de trabalho, esta nem pestanejou e até avançou que tinham existido problemas com o responsável. Ao que me abstive de comentar. Ou seja: eles todos sabiam bem o que se estava a passar. Era tudo fictício.