Metereologia 24 h

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sábado, 25 de abril de 2020

Nunca digas Nunca


Tábua de engomar - é assim que me percebo quando vejo o reflexo do meu peito ao espelho. Calma, seus malandros! Estou vestida. Eheh.

Poucas pessoas falam sobre isto.
Eu vou falar.

Porque nunca me ocorreu que fosse acontecer comigo ou, sequer, era coisa que me preocupava a mente. Recordo tão perfeitamente as palavras que disse à minha amiga:

"Se há coisa que sei que nunca vou fazer é isso!"


Foi há vinte anos. Ela queixava-se do tamanho dos seus seios porque quase não os tinha e disse que, se pudesse, fazia implantes para os aumentar. A minha muito sincera e espontânea resposta, foi (vou repetir):

"Se há coisa que sei que nunca vou fazer é isso."


Nunca digas nunca.
Mesmo. Nunca. Mesmo que te apeteça dizer "Nunca vou assassinar alguém" e saibas que isso é verdade. Não o digas. Porque a vida dá voltas e não é preciso imaginar muito, basta pensar nos jovens que foram para a Guerra de Ultramar para se perceber que até um pacifista pode ser forçado a disparar contra um ser humano.

Adiante...


Seios. Os meus, há 20 anos, eram bem perfeitinhos. Subidos para caraças. Bem cá no alto, nunca os tive descaídos nem formados mais abaixo. Tinha colo, eles sempre se encostaram um no outro. Desconhecia o que era ter espaço entre os dois e olhava para as fotografias das modelos sem perceber porque razão os colares compridos lhes ficavam tão bem e a mim ficavam horríveis. Era porque elas eram tábuas e eu não! Ou simplesmente porque, tendo-os tinham daqueles afastados um do outro, o que deixava o "caminho livre" para os cordões. Mulheres de muito peito (que nunca foi o meu caso, eu tinha-as no tamanho ideal para o meu protipo) não usam muito colares compridos porque é como usar um medalhão que vai do pescoço até à ponta do seio e desce para ficar a balançar em frente da  barriga. Nada lisonjeador!

Mas só fui entender isso mais tarde, quando os malandros decidiram começar a esvaziar como um balão. Reduzi o número de soutien e agora não me reconheço mais. Pareço não ter mais seios. Se me despir, estão lá. Ainda no mesmo formato, bonitos. Mas... não têm o volume de antes. Falta a "carne" em cima, o contorno do seio a começar uns quatro dedos acima de onde começam no presente.

Não me incomoda envelhecer, mas acho que muitos sinais estão a aparecer de forma precoce! Isso é que me incomoda. 

Estão menores, queria-as de volta normais :)
Assusta-me o "moderado" e acho que o severo é a morte!




Tenho a minha mãe como referência do que se deve esperar das fases do envelhecimento de acordo com as idades. As nossas mães são quase sempre o reflexo do nosso futuro, ainda mais se formos anatomicamente parecidas, o que é o meu caso. 

Mas a minha mãe nos entas... parecia uma jovem! Magra, pele perfeita, nenhuma ruga. Ela sempre teve um ar muito jovial. Ainda o preserva, abençoada. Vai completar 70 anos. Os sinais de envelhecimento que ela apresenta com esta idade são os mesmos que eu, FILHA, apresento sendo 30 anos mais nova!


Não pode ser. Tirando a pele mais madura que ela tem, as rugas são mais acentuadas em mim do que nela. Nem se pode comparar os papos, que ela quase não tem. De resto, as rugas de expressão em torno da boca e a flacidez debaixo do queixo que exibe aos 70 são as mesmas que eu tenho aos 40. Então alguma coisa está mal... Porque eu sou filha da minha mãe, não sou irmã :)

Ela teve os seus seios bem formados até avançada idade. Só depois de passar pela menopausa e posteriormente lhe ser removido o útero é que notei uma ligeira diferença. Mas para quem tem 70, ainda são espetaculares. E nada de serem daqueles descaídos até à cintura. É espantoso! Se eu não me cuidar, aos 70, tenho-os nos joelhos. Mas tão vazios que mais parece um balão comprido sem ar com uma alvéola na ponta. 

Exagero?
O pior é achar que não.


Tenho a certeza que muito se deve aos níveis de stress. Mas também uma razão pode estar na alimentação. Mudou tanto de uma geração para a outra. Ambas não bebemos, não fumamos... A diferença maior é mesmo a alimentação e as horas de sono. Ela sempre foi dormir cedo e quando está cansada, tem de dormir. Eu sempre fui de estar desperta. O SONO da beleza não é uma invenção da indústria de beleza. É uma realidade do organismo. Dormir faz melhor que uma série de cosméticos. 

Bom, mas o que posso fazer eu?
Começo a aceitar a minha nova imagem. Vejo os ossos, toco-lhes e sinto-os onde antes sentia uma "almofada"... Noto a diferença de trato que uma pessoa recebe conforme o "tamanho" dos ditos. Pois é verdade!!

Nunca usei uma camisa que não fosse abotoada até acima, até ao botão do colarinho. Porque se desabotoasse o seguinte, eram os olhares todos a tentarem espreitar disfarçadamente, quando julgavam que não seriam detectados. Roupa justa, a mesma coisa. Decote em V ou em U, camisas de alças no pico do verão... não usava. Só se disfarçassem, de algum modo ou na privacidade da casa, longe de olhares. 



Uma fotografia que me tiraram num desses momentos sempre me incomodou. Só via seios grandes expostos, um rosto gordo... o desconforto foi tão grande que acabei por a rasgar em pedaços, sentindo de imediato um alivio reconfortante.  

E agora nos meus entas... sinto falta dos MEUS seios.
Daqueles seios que não deixava ninguém ver mas que eram parte da minha identidade. Quero-os de volta. 

Isso não vai acontecer, não é assim que a vida funciona. Tive uma colega que, aos 40, decidiu fazer um (novo) implante mamário. Era magra e pequena, mas muito mamuda. E vejo agora a razão de o fazer. Era sem graça... o tamanho do peito chamava mais a atenção e proporcionava-lhe momentos de muito interesse masculino. 

Sei como é o pós-operatório por ter visto incontáveis programas sobre cirurgias plásticas. Não me apetece, não tenho nenhuma queda para esse recurso MAS, aqui também entra o "NUNCA DIGAS NUNCA". 


Não gosto de ver seios falsos. Acho que dá sempre para estranhar alguma coisa ali não está bem. Acho que dá para detectar. Porque será que não dá para injectar "gordura" nessa zona e ficar tudo bem, hei? Deflectiu? Torna-se a "encher" ehehe. Tal como um pneu que vai perdendo o ar. Ah, isso seria o ideal. 

Já fui a uma consulta médica e falei deste assunto. Recomendaram-me um certo procedimento - cerca de 8.000€, dura "dois anos" e vai levantar "ligeiramente" os ditos, causando a sensação de também ficarem mais cheios. 

Não me convence porque, o que quero, é ter de volta o que tinha. O que não vai acontecer. 
E aquelas almofadas de silicone... Jesus. Terei eu de recorrer a isso??




Já não digo "NUNCA".
É só o que sei. 


Onde raio foram eles parar??



sábado, 1 de março de 2014

Algumas coisas a se saber sobre o envelhecimento que não nos dizem

Algumas coisas a se saber sobre o envelhecimento que não nos dizem:

1 - Pode acontecer de um momento para o outro. Num piscar de olhos. O «mito» de que algumas pessoas envelhecem bastante da noite para o dia tem fundamento. É verdade que se pode sofrer um trauma no organismo ou um choque emocional tão intenso que os cabelos ficam subitamente brancos, por exemplo.

2- Usar cremes anti-rugas não está comprovado em lado algum que seja eficaz ou faça o efeito pretendido. Mais vale prevenir, está certo. Mas é MENTIRA que tais cremes vão fazer desaparecer ou atenuar os sinais de envelhecimento. Pessoas com a mesma idade podem apresentar sinais diferentes de marcas de envelhecimento ainda que a mais marcada use cremes e a menos marcada não.

3- Sofrer envelhece. 

4- Usar e abusar da expressividade facial NÃO CRIA RUGAS. Não as traz mais depressa. É mentira.  Cada qual é propenso às suas. Pode dar gargalhadas até ficar com os músculos doridos e franzir a testa continuamente por quatro horas. É indiferente. 

5- A exposição ao sol ENVELHECE. É verdade. Pele e sol é bom, mas com muito protector solar. 

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Uma mão curva-se diante da outra

Frente ao monitor do computador, a aguardar que uma página carregue, ergo as mãos até ficarem duas silhuetas negras diante da luz do monitor e aproximo-as, para quase se tocarem. É aí que constato uma coisa impressionante.


A mão esquerda está totalmente vertical. A mão direita fica meio curvada. 


Enquanto que, numa mão os dedos ainda se esticam até a posição vertical sem problemas, na segunda o mesmo esforço produz uma elevação ligeiramente diferente. É preciso um impulso extra para colocar os dedos de uma mão na mesma posição que os da outra. E subitamente percebi que os velhos têm mãos curvas. E entendi como vai ser a perda da elasticidade e como será sentir as partidas da idade no corpo. 

Sou dextra. Quer isto dizer que a mão direita é a que pega no rato quando estou no computador, a que escreve com caneta, a que faz mais movimentos repetitivos. Embora com a esquerda também me saia relativamente bem, levo mais tempo. A direita, é, sem dúvida, aquela que trabalha mais. Mas estava longe de imaginar que não envelhecessem juntas e partilhassem em simultâneo as suas "misérias". Existem diferenças de "idade" entre uma mão e a outra. Tal como existem entre pessoas que trabalham muito e outras que pouco ou nada fazem. Usar é gastar. Pronto. É um facto. Numa mão os músculos parecem elásticos usados. Noutra são novinhos...

Experimentem fazer essa experiência.