Depois do Natal, antes de tomar conhecimento do caso do falecimento do jovem com aneurisma cerebral, vi estas publicidades na barra lateral do facebook e guardei, com intenção de fazer um post para abordar um tema sério: a saúde.
E o que é que penso disto?
O PIOR!
Primeiro, uma introdução a meu respeito: Nunca fui a um hospital. Nem sei lá ir ter, para ser sincera. Faço o tipo de pessoa que vai trabalhar doente, sai à rua para tratar de recados com uma constipação... etc. Não recebi uma boa educação sobre comportamentos de combate a doenças, desconheço os nomes de medicamentos considerados comuns e, com isso, é comum ter sintomas ou ficar doente e demorar a o perceber.
Sou o tipo de pessoa que ao ficar constipada, como aconteceu este Natal, acha que aquilo passa com repouso e melhor alimentação. Nem lhe ocorre ingerir medicamentos, nem pensa que é algo grave. Primeiro dou «tempo» para que passe por si. Se insistir, então procuro alternativas. Foi durante o próprio convívio familiar natalício, de olhos vermelhos, muitos espirros, voz fininha e tosse é que percebi, diante da insistência de terceiros, que devia atacar aquilo com medicação. E lá fui tomar um antigripe. Passado uma hora já conseguia sentir os sintomas a regredir. O que de facto veio a acontecer. Embora, até hoje, a tosse ainda dê ares da sua graça.
Portanto, sou a antítese de tudo o que estes cartazes indicam e sou também o PIOR tipo de pessoa para si mesma.
Ainda assim, não concordo com a mensagem destes cartazes.
"Não vá ao hospital", "não vá às urgências", "fique em casa", "seja antendido por um médico através da linha de telefone saúde24".
Ora esta! Se uma pessoa se dirige ao hospital, é porque acha que o deve fazer. E não devia importar que sejam 1000, 2000, 3000... os hospitais servem para isso mesmo. Para atender as pessoas, da melhor forma possível. Nunca que pensei que iam dizer às pessoas que se sentem doentes para NÃO IR a um hospital e facultar como recurso um atendimento POR TELEFONE.
Eu sei onde eles querem chegar e o que os motiva. Mas não concordo. Discordo em absoluto.
Acho ultrajante para a população e indigno da comunidade médica.