sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Primeio no Meo, agora na 4

 

Encontrei uma série em demand no Meo e comecei a ver. Chama-se Seinfeld. Foi rodada nos anos 90, é uma comédia americana, e gosto muito de a ver. Gosto do humor, da forma como de tudo no quotidiano conseguem apontar o absurdo e a comédia, encandeando as coisas umas nas outras com uma mestria inesperada e inovadora. 

Estava a ver a sétima série e já pronta a fazer um post sobre o episódio 11 e 12 - ou algo parecido. Porque é... brilhante! 

Com o passar do tempo o guião só ganha qualidade. Como um bom vinho. Adorei que, às tantas, criticam os conteúdos televisivos de entretenimento, dizendo que só gostam de ver "quatro pessoas num apartamento a lamentar as suas relações amorosas". Além de ser fantástico - porque define a série "Friends"em toda a sua essência, não deixa de ser também uma chalaça a si próprios. Porque, a pesar do imenso conteúdo, diversidade e foco, a série mostra quatro amigos num apartamento aha.

Mas o que tem a série 7 de importante? 

Elaine começa a namorar um saxofonista. Mas tem um problema. Ele "não faz tudo". A conversa que ela tem com o amigo Jerry está brilhantemente escrita. A linguagem nunca específica do que estão a falar. Mas dizem tanto! Ela, certamente, queixava-se que no quarto ele não gostava de a satisfazer de uma certa forma. Tudo se revela no final quando ele, apaixonado, diz-se disponível para passar a "outro nível". Quando entram no bar onde ele vai actuar, ela diz-lhe: "Não, foste óptimo". Alguém o chama para actuar e quando ele coloca os lábios no saxofone, sai um som horrível, terrível, medonho. E não passa dali.

É preciso ter uma mente adulta para perceber a mensagem e a forma brilhante como mencionam sexo oral. 

No episódio seguinte, outro grande evento toma conta do tema central. Lembram-se certamente do julgamento do OJ simpson, no qual ele foi inocentado do homicídio de duas pessoas - uma das quais a sua ex-mulher por quem era obcecado e com a qual exercia violência doméstica. Um momento chave que o inocentou foi ele ter enfiado a mão na luva ensaguentada deixada na cena do crime e dizerem que "não serve". 

Seinfield, brilhantemente e sem o prevermos, mostra uma ex-colega de Elaine, rica, que gosta muito de não usar soutien. O que elouquece Elaine, pois a amiga roubou-lhe o namorado por andar sempre com as ditas salientes. Elaine decide dar-lhe uma lição e presenteá-la com um soutien. A amiga aparece-lhe no emprego a usar o soutien, sem nada por cima. Já na rua, Jerry e o amigo estão a conduzir no carro, vêm uma mulher bonita a usar soutien, distraem-se e sofrem um acidente. No passado Kramer - o amigo, já tinha tentado processar uma companhia de café. E nisso procurou a ajuda de um advogado, que até hoje é uma personagem que adoro. Este advogado, é peculiar e engraçado. Adora ouvir que o processado é milionário. No julgamento, o advogado é contra que a ré experimente o soutien para provar que elouquece os homens. Ao colocá-lo, ela diz: "não serve". 

O diálogo que se segue e que termina o episódio é brilhante. Algo do género: É claro que não serve! Foi experimentado por cima da camisola. Tem de ser experimentado sobre a pele. Como uma luva!

fazendo assim referência a todo o julgamento de OJ simpson e a meter a luva no meio. Brilhante!

Para não falar do episódio da cuspidela... 

todo baseado no filme de Kevin Costner sobre JFK.

Quem conhece a série?
Infelizmente tanto na MEO como na 4 aqui no UK, não consigo passar de duas ou três séries sem que deixem de a disponibilizar. Os royalitties devem ser exorbitantes para a tirarem constantemente do ar. Basta eu a querer ver.  


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