quinta-feira, 10 de outubro de 2013

A propósito da Casa dos Segredos (não, não é outro post sobre o programa)

Introdução: 
(totalmente dispensável mas pronto)
Já que por toda a comunidade bloguista parece surgir um post dedicado ao reality show "Casa dos Segredos IV", deixem-me cá falar também do programa, para não me sentir irreparavelmente angustiada por ficar excluída da "moda".  (brincadeira ahaha, nunca dei um bãh para as modas).

Texto:
Já que dizem que o programa Casa dos Segredos IV serve para observar e reflectir sobre os comportamentos humanos, vou usá-lo exatamente para isso. Ao menos terá finalmente essa utilidade. 

A propósito dos concorrentes, em particular de uma situação de algum atrito entre Aníbal e duas raparigas - uma de 37 anos outra provavelmente de 24, ficou notório que a primeira se submeteria aos tratos e maus tratos da figura masculina, enquanto a segunda, a mais nova, mostrou saber argumentar sem ser conflituosa mas também sem ser subserviente. 

Isto fez reflectir. O que faz algumas mulheres "baixarem a cabeça" a desmandos, a tentativas de agressão verbal, a provocações e terrorismo psicológico? Porquê a mais velha tinha essa vulnerabilidade e a mais nova não, sendo que outras na casa, também elas novitas, revelaram a mesma vulnerabilidade?  

Calhei dizer que o que leva algumas mulheres a se mostrarem submissas e subservientes a determinados comportamentos agressivo-passivos de certos homens (aka Aníbal) tem explicação lá no passado, com a sua história de vida e com a presença do autoritarismo. Supostamente se diz que a concorrente mais velha é a que tem o segredo: "fui agredida pela minha mãe" e se assim for, vejo nessas suas raízes uma explicação. Porque a moça parece-me porreira, do bem. Se me parecesse agressiva, daquelas que odeiam o mundo e querem que todos neles se lixem, a infância também podia ter a sua influência. Mas já não a veria, talvez, como uma mulher submissa a desmandos - embora tantas com um passado desses e uma postura dessas o façam.

A questão reside nas carências afectivas. Ou nas agressões afectivas. Com origem na infância e juventude. 
Com o que está por trás, com a forma como foi criada e educada, pelos pais ou outra figura que os substitua.


Foi então que me foi dito que uma mulher "p" faz o que faz e a responsabilidade não é dos pais. A concorrente em questão sabe-se, por já terem sido divulgadas imagens, que fez parte de um site de venda do corpo onde tudo fica à mostra. Ou seja, trabalhou, entre tantas coisas, como acompanhante/prostituta.

Mas sabem que mais? Isso não me influencia minimamente a julgar de imediato quem a pessoa é. O ofício não diz tudo. A pessoa é que tem de dizer mais. Estão para ali umas meninas de pouco mais de 20 anos, e também meninos, provenientes de lares aparentemente de famílias clássicas, com pai e mãe que lhes tentam dar uma vida com todas as comodidades, direitos e liberdades. E no entanto estas jovens só não são "p" por isso. Por terem uma casa com pais para onde regressar. Porque de resto, pelas histórias que muitas contam, a postura diante da vida e os comportamentos sexuais são até bem promíscuos. 

A questão então levantada, comigo dizendo uma coisa e outra pessoa outra é:
Eu acho que os pais têm sim muita responsabilidade nas escolhas de vida que os filhos fazem. 
Ou por serem demasiado permissivos, ou por serem castradores. Ou até por saberem ser de tudo um pouco na medida certa. Só isso e principalmente isso é que influencia o tipo de vida e de pessoa que uma criança virá a ser ou o tipo de oportunidades que conseguirá agarrar. Mas achar que uma mulher que se torna prostituta o faz somente porque tem inclinação para a má vida, é errado. Quem diz que o abandono emocional dos progenitores que tanta vez deixa um filho nas ruas, não é a auto-estrada para esse caminho?


1 comentário:

  1. Apenas te posso dizerr que tenho um "conhecido" na casa, o Diogo. *****estrelas, e ele garan-to que não está a jogar. Vejo de vez em quando por ele...mai nada

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